Notas Verbais: Caso exemplar de abnegação: 4.592,43 €

27-01-2012
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Os bons exemplos são para serem destacados, sobretudo os de abnegação. Decidiu o governo publicar nomeações e remunerações no site oficial e assim tem procedido. Até poderá parecer que só por curiosidade mórbida ou exercício conventual de inveja se passa os olhos por lá mas também pode acontecer que o propósito seja fazer jus a casos de evidente abnegação pela causa pública. E será este o caso do chefe de gabinete do primeiro-ministro, Francisco Ribeiro de Menezes, que trocou o excelente posto de embaixador em Estocolmo, o que quer dizer, trocou o vencimento de escalão e abonos compensatórios num total muito acima pelo que passou a auferir, pelo declarado vencimento mensal bruto de 4.592,43 €.

Os embaixadores recebem em função de três escalões (escalão 1 - 3674,46 euros; escalão 2 - 3852,26 euros e escalão 3 - 4039,05 euros) mas o bolo é acrescido pelos abonos compensatórios de representação e residência elevando-se as quantias recebidas a valores entre os os 10 e 15 mil euros, conforme as capitais (Madrid à cabeça), numa pirâmide que, além dos diplomatas, beneficia igualmente adidos e conselheiros. Tais abonos de residência e de educação que gozam de isenção fiscal, acrescendo que os diplomatas ficaram isentos do corte salarial previsto já no Orçamento do Estado para 2011 - há diplomatas que recebem 12, 13, 14 mil euros isentos só em abonos.

Ora trocar o vencimento e abonos de Estocolmo por menos de metade em Lisboa é um evidente caso de abnegação a não ser que nesse exercício de transparência, o site do governo apenas conte da missa a metade o que também não seria de estranhar dado perfil dos modernos franciscanos descalços. Agora saber-se!


Os bons exemplos são para serem destacados, sobretudo os de abnegação. Decidiu o governo publicar nomeações e remunerações no site oficial e assim tem procedido. Até poderá parecer que só por curiosidade mórbida ou exercício conventual de inveja se passa os olhos por lá mas também pode acontecer que o propósito seja fazer jus a casos de evidente abnegação pela causa pública. E será este o caso do chefe de gabinete do primeiro-ministro, Francisco Ribeiro de Menezes, que trocou o excelente posto de embaixador em Estocolmo, o que quer dizer, trocou o vencimento de escalão e abonos compensatórios num total muito acima pelo que passou a auferir, pelo declarado vencimento mensal bruto de 4.592,43 €.

Os embaixadores recebem em função de três escalões (escalão 1 - 3674,46 euros; escalão 2 - 3852,26 euros e escalão 3 - 4039,05 euros) mas o bolo é acrescido pelos abonos compensatórios de representação e residência elevando-se as quantias recebidas a valores entre os os 10 e 15 mil euros, conforme as capitais (Madrid à cabeça), numa pirâmide que, além dos diplomatas, beneficia igualmente adidos e conselheiros. Tais abonos de residência e de educação que gozam de isenção fiscal, acrescendo que os diplomatas ficaram isentos do corte salarial previsto já no Orçamento do Estado para 2011 - há diplomatas que recebem 12, 13, 14 mil euros isentos só em abonos.

Ora trocar o vencimento e abonos de Estocolmo por menos de metade em Lisboa é um evidente caso de abnegação a não ser que nesse exercício de transparência, o site do governo apenas conte da missa a metade o que também não seria de estranhar dado perfil dos modernos franciscanos descalços. Agora saber-se!

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