“O Brasil pode comprar dívida soberana portuguesa”

17-08-2015
marcar artigo

De visita oficial a Portugal e a completar 100 dias à frente dos destinos de uma das maiores potências económicas e políticas do Mundo, a Presidenta Dilma Rousseff, salienta a importância do País para o Brasil. "É a porta de entrada na Europa". Uma frase que permite compreender a aposta estratégica do Brasil quando refere que pretende "aumentar a presença de capitais em Portugal", numa entrevista realizada por escrito. Aliás, não deixa de dar a mão à economia lusa ao admitir a compra de dívida pública ou quando refere que está a estudar a melhor maneira de participar na recuperação do País.

Está prestes a completar 100 dias de mandato. Qual o balanço que faz da sua gestão?

Tomei posse a 1 de Janeiro de 2011, plenamente consciente dos desafios que me esperavam. Durante o governo do presidente Lula, no qual tive o orgulho de servir como Ministra de Minas e Energia e, posteriormente, como Ministra-Chefe da Casa Civil, aprendi muito sobre os grandes temas do meu país. A experiência que tivemos na administração anterior mostrou que é possível compatibilizar uma política macroeconómica responsável com programas orientados para reduzir a imensa dívida social brasileira e superar os seus estrangulamentos históricos em infraestruturas.

Ou seja, existe uma política de continuidade?

Estamos a avançar bem na consolidação de um modelo económico e social sólido e consistente, baseado no aumento da produtividade, com geração de emprego de boa qualidade, maiores investimentos e maior capacidade de inovação tecnológica.

Mas com uma clara aposta no investimento nas áreas sociais?

Estou cada dia mais convencida de que o investimento social é fundamental para um crescimento económico sustentável. Será nesse rumo que iremos perseverar, porque não estamos a lidar com a frieza dos números, mas com o destino e a felicidade de milhões de seres humanos dos quais não se podem exigir sacrifícios sem a contrapartida de esperanças palpáveis. Temos consciência de que ainda há muito por fazer.

O Brasil está disposto a ajudar Portugal, investindo em títulos de dívida pública portuguesa? Quais as razões para isso?

Estamos a estudar a melhor maneira de participarmos do processo de recuperação económica de Portugal. As nossas equipas económicas têm mantido um diálogo permanente e fluido sobre esse assunto. Uma das possibilidades é a compra de parte da dívida soberana portuguesa. Também examinamos outras alternativas, como a recompra antecipada de títulos brasileiros na posse do governo português.

Faça login, como assinante, para ler esta notícia na integra subscreva já

Garanta e acompanhe toda a informação do Diário Económico, actual, rigorosa e independente.

Escolha a modalidade que mais se adapta às suas necessidades.

De visita oficial a Portugal e a completar 100 dias à frente dos destinos de uma das maiores potências económicas e políticas do Mundo, a Presidenta Dilma Rousseff, salienta a importância do País para o Brasil. "É a porta de entrada na Europa". Uma frase que permite compreender a aposta estratégica do Brasil quando refere que pretende "aumentar a presença de capitais em Portugal", numa entrevista realizada por escrito. Aliás, não deixa de dar a mão à economia lusa ao admitir a compra de dívida pública ou quando refere que está a estudar a melhor maneira de participar na recuperação do País.

Está prestes a completar 100 dias de mandato. Qual o balanço que faz da sua gestão?

Tomei posse a 1 de Janeiro de 2011, plenamente consciente dos desafios que me esperavam. Durante o governo do presidente Lula, no qual tive o orgulho de servir como Ministra de Minas e Energia e, posteriormente, como Ministra-Chefe da Casa Civil, aprendi muito sobre os grandes temas do meu país. A experiência que tivemos na administração anterior mostrou que é possível compatibilizar uma política macroeconómica responsável com programas orientados para reduzir a imensa dívida social brasileira e superar os seus estrangulamentos históricos em infraestruturas.

Ou seja, existe uma política de continuidade?

Estamos a avançar bem na consolidação de um modelo económico e social sólido e consistente, baseado no aumento da produtividade, com geração de emprego de boa qualidade, maiores investimentos e maior capacidade de inovação tecnológica.

Mas com uma clara aposta no investimento nas áreas sociais?

Estou cada dia mais convencida de que o investimento social é fundamental para um crescimento económico sustentável. Será nesse rumo que iremos perseverar, porque não estamos a lidar com a frieza dos números, mas com o destino e a felicidade de milhões de seres humanos dos quais não se podem exigir sacrifícios sem a contrapartida de esperanças palpáveis. Temos consciência de que ainda há muito por fazer.

O Brasil está disposto a ajudar Portugal, investindo em títulos de dívida pública portuguesa? Quais as razões para isso?

Estamos a estudar a melhor maneira de participarmos do processo de recuperação económica de Portugal. As nossas equipas económicas têm mantido um diálogo permanente e fluido sobre esse assunto. Uma das possibilidades é a compra de parte da dívida soberana portuguesa. Também examinamos outras alternativas, como a recompra antecipada de títulos brasileiros na posse do governo português.

Faça login, como assinante, para ler esta notícia na integra subscreva já

Garanta e acompanhe toda a informação do Diário Económico, actual, rigorosa e independente.

Escolha a modalidade que mais se adapta às suas necessidades.

marcar artigo