“A principal tentação é a de fazer do imobiliário a árvore das patacas da fiscalidade portuguesa”

19-08-2015
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Quais os factores que levaram ao crescimento das vendas de imóveis no semestre?

A qualidade do nosso património construído, a relação preço qualidade desse património, a existência de muito património com história a carecer de reabilitação e a começar a ser reabilitado, num diálogo com o turismo residencial, são alguns factores. Mas a amenidade climatérica e social do país também contribuíram para que o imobiliário português - há muito livre de qualquer bolha - pudesse reassumir-se como um dos pilares do renascimento económico. [CORTE_EDIMPRESSA]

Quais as perspectivas para o sector até ao final do ano?

O sector tem por onde continuar a ser a âncora do crescimento económico que tem sido, o que não significa que possa entrar em euforias como se tudo o que de bom está a acontecer possa ser dado como adquirido. É preciso consolidar esta retoma com uma atitude inteligente face a promoção do imobiliário português e sem as tentações que deitam tudo a perder. Também é preciso criar confiança, interna e externa, suficiente para que o sector não seja surpreendido negativamente.

A que tentações ou a que surpresas negativas se refere?

A principal tentação é a de fazer do imobiliário a árvore das patacas da fiscalidade portuguesa. Castigando, com excessos de impostos, quem poupou para adquirir casa própria ou quem investiu no sector, recuperando património que se degradava e que a ninguém aproveitava. O património construído que se destina ao investimento e gera riqueza deve ser alvo de impostos, mas com bom senso. O património para uso próprio também deverá ser alvo da máquina fiscal, mas neste caso devia ser muito menos pesado, quase simbólico. Quem compra um imóvel para habitação própria está a aliviar o Estado da obrigação de proporcionar essa mesma habitação - castigá-lo fiscalmente é um exagero imperdoável. As surpresas negativas são sempre imprevisíveis, mas o passado recente tem sido fértil em surpresas que abalam os mercados e a confiança. Tenho esperança de que não haja mais situações menos claras que possam retirar a confiança que o imobiliário português requer para ser o pilar da Economia que tem sido.

Quais os factores que levaram ao crescimento das vendas de imóveis no semestre?

A qualidade do nosso património construído, a relação preço qualidade desse património, a existência de muito património com história a carecer de reabilitação e a começar a ser reabilitado, num diálogo com o turismo residencial, são alguns factores. Mas a amenidade climatérica e social do país também contribuíram para que o imobiliário português - há muito livre de qualquer bolha - pudesse reassumir-se como um dos pilares do renascimento económico. [CORTE_EDIMPRESSA]

Quais as perspectivas para o sector até ao final do ano?

O sector tem por onde continuar a ser a âncora do crescimento económico que tem sido, o que não significa que possa entrar em euforias como se tudo o que de bom está a acontecer possa ser dado como adquirido. É preciso consolidar esta retoma com uma atitude inteligente face a promoção do imobiliário português e sem as tentações que deitam tudo a perder. Também é preciso criar confiança, interna e externa, suficiente para que o sector não seja surpreendido negativamente.

A que tentações ou a que surpresas negativas se refere?

A principal tentação é a de fazer do imobiliário a árvore das patacas da fiscalidade portuguesa. Castigando, com excessos de impostos, quem poupou para adquirir casa própria ou quem investiu no sector, recuperando património que se degradava e que a ninguém aproveitava. O património construído que se destina ao investimento e gera riqueza deve ser alvo de impostos, mas com bom senso. O património para uso próprio também deverá ser alvo da máquina fiscal, mas neste caso devia ser muito menos pesado, quase simbólico. Quem compra um imóvel para habitação própria está a aliviar o Estado da obrigação de proporcionar essa mesma habitação - castigá-lo fiscalmente é um exagero imperdoável. As surpresas negativas são sempre imprevisíveis, mas o passado recente tem sido fértil em surpresas que abalam os mercados e a confiança. Tenho esperança de que não haja mais situações menos claras que possam retirar a confiança que o imobiliário português requer para ser o pilar da Economia que tem sido.

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