Secretas: aprovada audição dos diretores

15-09-2011
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A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais aprovou hoje a audição dos atuais diretores do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), no âmbito da alegada 'espionagem' a um jornalista.

Os responsáveis do SIED, Casimiro Morgado, e do SIRP, Júlio Pereira só serão, contudo, ouvidos em sede de comissão parlamentar após a conclusão dos inquéritos internos que estão a decorrer naquelas instituições.

A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias aprovou ainda a audição de responsáveis da TMN e da Optimus, também requeridas no âmbito do mesmo caso.

A votação das audições, solicitadas pelo BE, apenas contou com a abstenção do deputado socialista Jorge Lacão.

Na apresentação do requerimento, a deputada do BE Cecília Honório justificou as audições de Casimiro Morgado e Júlio Pereira com "os dados e elementos novos" que surgiram e defendeu que as mesmas deveriam realizar-se-ia ainda antes dos inquéritos internos que estão em curso, porque "não há necessidade de arrastamento do prazo" das audições.

Inquéritos concluídos em breve

Já durante a discussão do requerimento, e depois do PS ter afirmado que viabilizará todas as propostas de audição relativas a este caso, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho referiu que seu partido considera "muito importante ouvir qualquer das entidades aqui mencionadas", mas apenas "após a conclusão do inquérito em curso".

"É absolutamente essencial que venham após conclusão investigação, sob pena não podermos avançar diligentemente", salientou, acrescentando que existe a indicação que os inquéritos internos "estarão brevemente concluídos".

Pelo CDS-PP, o deputado Telmo Correia disse que os democratas-cristãos também estão "disponíveis para viabilizar todos os pedidos", mas corroborou a posição do PSD de que as audições só devem ocorrer "depois e após a conclusão dos inquéritos".

Já depois do BE ter concordado que as audições dos responsáveis do SIRP e do SIED apenas se realize após a conclusão dos inquéritos internos, o requerimento dos bloquistas foi então aprovado com o voto favorável de todos os deputados, com exceção do socialista Jorge Lacão, que se absteve.

Já depois da votação, o deputado António Filipe deu nota da alteração de posição do PSD, lembrando que na semana passada um requerimento dos comunistas que propunha igualmente a audição dos responsáveis do SIRP e do SIED "foi rejeitado com o mesmo argumento com que este vai ser aprovado".

Na resposta, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho reconheceu que os sociais-democratas "reconsideraram", justificando a alteração de posição com a necessidade de "pacificar", "tranquilizar" e dar "uma imagem inequívoca e consensual" que leve o país e os próprios serviços de informações a perceber que todos os partidos estão concertados nesta matéria.

PSD quer audições após os inquéritos

"Percebemos que haja alguma ansiedade e alguma desconfiança relativamente às nossas posições e resolvemos tomar posições que sejam inequívocas nesta matéria", acrescentou, insistindo na necessidade de "esclarecer cabalmente tudo aquilo que haverá a ser esclarecido".

Contudo, notou, o PSD continua a considerar prematuro realizar as audições antes da conclusão dos inquéritos, daí que tenha insistindo para que as mesmas apenas ocorram na sequência dos relatórios que venham a ser elaborados.

Na semana passada, a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais já ouviu o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho.

A audição realizou depois de, no último mês e meio, terem sido divulgadas notícias pelo semanário Expresso que dão conta do alegado fornecimento de informações de Silva Carvalho à Ongoing, empresa que mais tarde o contratou, e de alegados atos de "espionagem" ao ex-jornalista do Público e atual diretor de informação adjunto da agência Lusa, Nuno Simas, e ao empresário madeirense Humberto Jardim. Já durante a discussão do requerimento, e depois do PS ter afirmado que viabilizará todas as propostas de audição relativas a este caso, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho referiu que seu partido considera "muito importante ouvir qualquer das entidades aqui mencionadas", mas apenas "após a conclusão do inquérito em curso"."É absolutamente essencial que venham após conclusão investigação, sob pena não podermos avançar diligentemente", salientou, acrescentando que existe a indicação que os inquéritos internos "estarão brevemente concluídos".Pelo CDS-PP, o deputado Telmo Correia disse que os democratas-cristãos também estão "disponíveis para viabilizar todos os pedidos", mas corroborou a posição do PSD de que as audições só devem ocorrer "depois e após a conclusão dos inquéritos".Já depois do BE ter concordado que as audições dos responsáveis do SIRP e do SIED apenas se realize após a conclusão dos inquéritos internos, o requerimento dos bloquistas foi então aprovado com o voto favorável de todos os deputados, com exceção do socialista Jorge Lacão, que se absteve.Já depois da votação, o deputado António Filipe deu nota da alteração de posição do PSD, lembrando que na semana passada um requerimento dos comunistas que propunha igualmente a audição dos responsáveis do SIRP e do SIED "foi rejeitado com o mesmo argumento com que este vai ser aprovado".Na resposta, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho reconheceu que os sociais-democratas "reconsideraram", justificando a alteração de posição com a necessidade de "pacificar", "tranquilizar" e dar "uma imagem inequívoca e consensual" que leve o país e os próprios serviços de informações a perceber que todos os partidos estão concertados nesta matéria."Percebemos que haja alguma ansiedade e alguma desconfiança relativamente às nossas posições e resolvemos tomar posições que sejam inequívocas nesta matéria", acrescentou, insistindo na necessidade de "esclarecer cabalmente tudo aquilo que haverá a ser esclarecido".Contudo, notou, o PSD continua a considerar prematuro realizar as audições antes da conclusão dos inquéritos, daí que tenha insistindo para que as mesmas apenas ocorram na sequência dos relatórios que venham a ser elaborados.Na semana passada, a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais já ouviu o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho.A audição realizou depois de, no último mês e meio, terem sido divulgadas notícias pelo semanário Expresso que dão conta do alegado fornecimento de informações de Silva Carvalho à Ongoing, empresa que mais tarde o contratou, e de alegados atos de "espionagem" ao ex-jornalista do Público e atual diretor de informação adjunto da agência Lusa, Nuno Simas, e ao empresário madeirense Humberto Jardim.

A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais aprovou hoje a audição dos atuais diretores do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), no âmbito da alegada 'espionagem' a um jornalista.

Os responsáveis do SIED, Casimiro Morgado, e do SIRP, Júlio Pereira só serão, contudo, ouvidos em sede de comissão parlamentar após a conclusão dos inquéritos internos que estão a decorrer naquelas instituições.

A comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias aprovou ainda a audição de responsáveis da TMN e da Optimus, também requeridas no âmbito do mesmo caso.

A votação das audições, solicitadas pelo BE, apenas contou com a abstenção do deputado socialista Jorge Lacão.

Na apresentação do requerimento, a deputada do BE Cecília Honório justificou as audições de Casimiro Morgado e Júlio Pereira com "os dados e elementos novos" que surgiram e defendeu que as mesmas deveriam realizar-se-ia ainda antes dos inquéritos internos que estão em curso, porque "não há necessidade de arrastamento do prazo" das audições.

Inquéritos concluídos em breve

Já durante a discussão do requerimento, e depois do PS ter afirmado que viabilizará todas as propostas de audição relativas a este caso, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho referiu que seu partido considera "muito importante ouvir qualquer das entidades aqui mencionadas", mas apenas "após a conclusão do inquérito em curso".

"É absolutamente essencial que venham após conclusão investigação, sob pena não podermos avançar diligentemente", salientou, acrescentando que existe a indicação que os inquéritos internos "estarão brevemente concluídos".

Pelo CDS-PP, o deputado Telmo Correia disse que os democratas-cristãos também estão "disponíveis para viabilizar todos os pedidos", mas corroborou a posição do PSD de que as audições só devem ocorrer "depois e após a conclusão dos inquéritos".

Já depois do BE ter concordado que as audições dos responsáveis do SIRP e do SIED apenas se realize após a conclusão dos inquéritos internos, o requerimento dos bloquistas foi então aprovado com o voto favorável de todos os deputados, com exceção do socialista Jorge Lacão, que se absteve.

Já depois da votação, o deputado António Filipe deu nota da alteração de posição do PSD, lembrando que na semana passada um requerimento dos comunistas que propunha igualmente a audição dos responsáveis do SIRP e do SIED "foi rejeitado com o mesmo argumento com que este vai ser aprovado".

Na resposta, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho reconheceu que os sociais-democratas "reconsideraram", justificando a alteração de posição com a necessidade de "pacificar", "tranquilizar" e dar "uma imagem inequívoca e consensual" que leve o país e os próprios serviços de informações a perceber que todos os partidos estão concertados nesta matéria.

PSD quer audições após os inquéritos

"Percebemos que haja alguma ansiedade e alguma desconfiança relativamente às nossas posições e resolvemos tomar posições que sejam inequívocas nesta matéria", acrescentou, insistindo na necessidade de "esclarecer cabalmente tudo aquilo que haverá a ser esclarecido".

Contudo, notou, o PSD continua a considerar prematuro realizar as audições antes da conclusão dos inquéritos, daí que tenha insistindo para que as mesmas apenas ocorram na sequência dos relatórios que venham a ser elaborados.

Na semana passada, a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais já ouviu o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho.

A audição realizou depois de, no último mês e meio, terem sido divulgadas notícias pelo semanário Expresso que dão conta do alegado fornecimento de informações de Silva Carvalho à Ongoing, empresa que mais tarde o contratou, e de alegados atos de "espionagem" ao ex-jornalista do Público e atual diretor de informação adjunto da agência Lusa, Nuno Simas, e ao empresário madeirense Humberto Jardim. Já durante a discussão do requerimento, e depois do PS ter afirmado que viabilizará todas as propostas de audição relativas a este caso, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho referiu que seu partido considera "muito importante ouvir qualquer das entidades aqui mencionadas", mas apenas "após a conclusão do inquérito em curso"."É absolutamente essencial que venham após conclusão investigação, sob pena não podermos avançar diligentemente", salientou, acrescentando que existe a indicação que os inquéritos internos "estarão brevemente concluídos".Pelo CDS-PP, o deputado Telmo Correia disse que os democratas-cristãos também estão "disponíveis para viabilizar todos os pedidos", mas corroborou a posição do PSD de que as audições só devem ocorrer "depois e após a conclusão dos inquéritos".Já depois do BE ter concordado que as audições dos responsáveis do SIRP e do SIED apenas se realize após a conclusão dos inquéritos internos, o requerimento dos bloquistas foi então aprovado com o voto favorável de todos os deputados, com exceção do socialista Jorge Lacão, que se absteve.Já depois da votação, o deputado António Filipe deu nota da alteração de posição do PSD, lembrando que na semana passada um requerimento dos comunistas que propunha igualmente a audição dos responsáveis do SIRP e do SIED "foi rejeitado com o mesmo argumento com que este vai ser aprovado".Na resposta, a deputada do PSD Teresa Leal Coelho reconheceu que os sociais-democratas "reconsideraram", justificando a alteração de posição com a necessidade de "pacificar", "tranquilizar" e dar "uma imagem inequívoca e consensual" que leve o país e os próprios serviços de informações a perceber que todos os partidos estão concertados nesta matéria."Percebemos que haja alguma ansiedade e alguma desconfiança relativamente às nossas posições e resolvemos tomar posições que sejam inequívocas nesta matéria", acrescentou, insistindo na necessidade de "esclarecer cabalmente tudo aquilo que haverá a ser esclarecido".Contudo, notou, o PSD continua a considerar prematuro realizar as audições antes da conclusão dos inquéritos, daí que tenha insistindo para que as mesmas apenas ocorram na sequência dos relatórios que venham a ser elaborados.Na semana passada, a comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais já ouviu o ex-diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho.A audição realizou depois de, no último mês e meio, terem sido divulgadas notícias pelo semanário Expresso que dão conta do alegado fornecimento de informações de Silva Carvalho à Ongoing, empresa que mais tarde o contratou, e de alegados atos de "espionagem" ao ex-jornalista do Público e atual diretor de informação adjunto da agência Lusa, Nuno Simas, e ao empresário madeirense Humberto Jardim.

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