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O PCP alertou para as «consequências dramáticas» das alterações às regras de financiamento do transporte de doentes em ambulâncias, com os utentes a serem obrigados a faltar a consultas e tratamentos indispensáveis.
«O memorando da troika, a que o PS, PSD e CDS aceitaram amarrar a governação do país, prevê uma redução de um terço dos gastos com transportes de doentes em ambulância. E, se a troika manda, o Governo executa e o PS assobia para o lado», afirmou o deputado do PCP António Filipe, numa declaração política no plenário da Assembleia da República.
Recordando que, de acordo com as alterações introduzidas, só os doentes com prescrição médica do transporte em ambulância e que não tenham um rendimento superior ao Indexante dos Apoios Sociais terão direito ao transporte gratuito e que os centros de saúde receberam ordens para reduzir «drasticamente» a requisição de transporte de doentes, o deputado António Filipe lamentou que «milhares de doentes» tenham deixado de ser transportados para consultas e tratamentos «indispensáveis à sua saúde ou mesmo à sua sobrevivência».
«As consequências humanas que daí decorrem são terríveis. Os danos causados às populações mais carenciadas são incalculáveis», frisou o deputado comunista.
O deputado António Filipe lembrou ainda que, no âmbito das mesmas alterações, a comparticipação do Estado aos bombeiros pelo custo da deslocação também foi reduzida e hoje fica «muito abaixo do preço de custo, tornando os corpos de bombeiros em financiadores do Estado».
«O Governo instalou o caos a mando da troika. As receitas dos bombeiros com o transporte de doentes caíram a pique, devido à redução drástica dos pedidos e à escassez das comparticipações, pondo irremediavelmente em causa a prestação desse serviço e mesmos a própria viabilidade financeiras das corporações», acrescentou o deputado comunista.
Juntando-se ao protesto do PCP, o deputado do BE João Semedo condenou igualmente a «política de cortes cegos» seguida pelo Governo na área da saúde, corroborando a ideia de que o executivo está a «asfixiar» as corporações de bombeiros.
Para inverter esta situação, João Semedo deixou duas propostas, defendendo a revisão dos critérios de comparticipação do transporte de doentes e a revisão da remuneração que é dada aos bombeiros pela prestação desse serviço.
Contrariando as críticas deixadas pela oposição, as bancadas do PSD e do CDS-PP optaram por enfatizar o «diálogo» que está já a ser feito entre o Governo e os bombeiros, com a deputada social-democrata Teresa Leal Coelho a lembrar que o executivo já mostrou ser «bastante eficaz em matéria de diálogo», nomeadamente com os resultados alcançados na concertação social.
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O PCP alertou para as «consequências dramáticas» das alterações às regras de financiamento do transporte de doentes em ambulâncias, com os utentes a serem obrigados a faltar a consultas e tratamentos indispensáveis.
«O memorando da troika, a que o PS, PSD e CDS aceitaram amarrar a governação do país, prevê uma redução de um terço dos gastos com transportes de doentes em ambulância. E, se a troika manda, o Governo executa e o PS assobia para o lado», afirmou o deputado do PCP António Filipe, numa declaração política no plenário da Assembleia da República.
Recordando que, de acordo com as alterações introduzidas, só os doentes com prescrição médica do transporte em ambulância e que não tenham um rendimento superior ao Indexante dos Apoios Sociais terão direito ao transporte gratuito e que os centros de saúde receberam ordens para reduzir «drasticamente» a requisição de transporte de doentes, o deputado António Filipe lamentou que «milhares de doentes» tenham deixado de ser transportados para consultas e tratamentos «indispensáveis à sua saúde ou mesmo à sua sobrevivência».
«As consequências humanas que daí decorrem são terríveis. Os danos causados às populações mais carenciadas são incalculáveis», frisou o deputado comunista.
O deputado António Filipe lembrou ainda que, no âmbito das mesmas alterações, a comparticipação do Estado aos bombeiros pelo custo da deslocação também foi reduzida e hoje fica «muito abaixo do preço de custo, tornando os corpos de bombeiros em financiadores do Estado».
«O Governo instalou o caos a mando da troika. As receitas dos bombeiros com o transporte de doentes caíram a pique, devido à redução drástica dos pedidos e à escassez das comparticipações, pondo irremediavelmente em causa a prestação desse serviço e mesmos a própria viabilidade financeiras das corporações», acrescentou o deputado comunista.
Juntando-se ao protesto do PCP, o deputado do BE João Semedo condenou igualmente a «política de cortes cegos» seguida pelo Governo na área da saúde, corroborando a ideia de que o executivo está a «asfixiar» as corporações de bombeiros.
Para inverter esta situação, João Semedo deixou duas propostas, defendendo a revisão dos critérios de comparticipação do transporte de doentes e a revisão da remuneração que é dada aos bombeiros pela prestação desse serviço.
Contrariando as críticas deixadas pela oposição, as bancadas do PSD e do CDS-PP optaram por enfatizar o «diálogo» que está já a ser feito entre o Governo e os bombeiros, com a deputada social-democrata Teresa Leal Coelho a lembrar que o executivo já mostrou ser «bastante eficaz em matéria de diálogo», nomeadamente com os resultados alcançados na concertação social.