Da Literatura: MOZARTIANOS

20-01-2012
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Nas últimas 24 horas, o prato de resistência da televisão tem sido o affaire Secretas: conferências de imprensa em directo por causa dos relatórios da deputada social-democrata Teresa Leal Coelho; divulgação de “segredos de Estado” à margem do governo; eventual filiação de Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, à loja maçónica Mozart, etc. O imbróglio começou há seis meses, com a revelação de que teriam sido feitas escutas telefónicas a um jornalista do Público, escândalo entre todos. Afinal, o tipo de coisa que os serviços secretos americanos, ingleses, franceses, alemães, espanhois, italianos, etc., nunca fazem.

Tudo apimentado com a possibilidade de Jorge Silva Carvalho, director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa até Dezembro de 2010, continuar a jogar em dois tabuleiros: no SIED, informava a Ongoing; a partir do momento em que foi trabalhar com Nuno Vasconcellos, passou a informar o SIED.

No Verão passado, os jornais rivalizaram entre si para ver qual descobria os episódios mais escabrosos relacionados com o antigo patrão dos espiões. Jorge Silva Carvalho foi mesmo chamado ao Parlamento. Em Agosto, anunciou-se com estrondo a hipotética demissão de Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República. A história foi vendida como peça da campanha anti-Sócrates, factor-Viagra da opinião trauliteira, tendo como pano de fundo a guerra entre a Ongoing e a Impresa. (O grupo de Balsemão: Expresso, SIC, Visão, Caras, Exame, Blitz, etc.) Agora que a poeira assentou, está à vista o resultado da tranquibérnia: Júlio Pereira continua no cargo, tendo visto os seus poderes reforçados com as mudanças operadas no SIRP, e foram afastados os operacionais que tentaram tramar Jorge Silva Carvalho, em quem a Ongoing mantém toda a confiança. Cadê as “práticas ilegais”...?

Sobra a revelação de que Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, pertencerá à loja maçónica Mozart, a mesma de Jorge Silva Carvalho. E daí? Salvo meia-dúzia de excepções, quem em Portugal foi alguém (nos últimos 120 anos) à revelia da Maçonaria?Etiquetas: Secretas

Nas últimas 24 horas, o prato de resistência da televisão tem sido o affaire Secretas: conferências de imprensa em directo por causa dos relatórios da deputada social-democrata Teresa Leal Coelho; divulgação de “segredos de Estado” à margem do governo; eventual filiação de Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, à loja maçónica Mozart, etc. O imbróglio começou há seis meses, com a revelação de que teriam sido feitas escutas telefónicas a um jornalista do Público, escândalo entre todos. Afinal, o tipo de coisa que os serviços secretos americanos, ingleses, franceses, alemães, espanhois, italianos, etc., nunca fazem.

Tudo apimentado com a possibilidade de Jorge Silva Carvalho, director do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa até Dezembro de 2010, continuar a jogar em dois tabuleiros: no SIED, informava a Ongoing; a partir do momento em que foi trabalhar com Nuno Vasconcellos, passou a informar o SIED.

No Verão passado, os jornais rivalizaram entre si para ver qual descobria os episódios mais escabrosos relacionados com o antigo patrão dos espiões. Jorge Silva Carvalho foi mesmo chamado ao Parlamento. Em Agosto, anunciou-se com estrondo a hipotética demissão de Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República. A história foi vendida como peça da campanha anti-Sócrates, factor-Viagra da opinião trauliteira, tendo como pano de fundo a guerra entre a Ongoing e a Impresa. (O grupo de Balsemão: Expresso, SIC, Visão, Caras, Exame, Blitz, etc.) Agora que a poeira assentou, está à vista o resultado da tranquibérnia: Júlio Pereira continua no cargo, tendo visto os seus poderes reforçados com as mudanças operadas no SIRP, e foram afastados os operacionais que tentaram tramar Jorge Silva Carvalho, em quem a Ongoing mantém toda a confiança. Cadê as “práticas ilegais”...?

Sobra a revelação de que Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, pertencerá à loja maçónica Mozart, a mesma de Jorge Silva Carvalho. E daí? Salvo meia-dúzia de excepções, quem em Portugal foi alguém (nos últimos 120 anos) à revelia da Maçonaria?Etiquetas: Secretas

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