"Todos os cidadãos têm interesses privados"

12-10-2015
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Os maçons são iguais aos outros cidadãos e não devem ser penalizados por isso. É o que defende a deputada social-democrata Teresa Leal Coelho

A vice-presidente da bancada do PSD Teresa Leal Coelho considerou hoje que os titulares de cargos públicos que pertençam a uma sociedade secreta não o devem declarar como registo de interesse, mas "afastar todos os interesses privados" dos processos decisórios.

"A minha perspetiva é de que a nossa matriz de democracia deve sustentar-se no princípio da liberdade/responsabilidade. Todos aqueles que desempenham cargos públicos devem exercê-lo com liberdade e com responsabilidade e sempre que estão no processo decisório em matéria pública, política, devem ponderar, desde logo, o interesse público e afastar todos os interesses privados que todos nós cidadãos temos", afirmou aos jornalistas no Parlamento.

Para Teresa Leal Coelho, aquela é "uma matéria de ética individual", afastando, assim, que os titulares de cargos públicos tenham que declarar no seu registo de interesses que pertencem a uma sociedade secreta, como a Maçonaria.

A vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata frisou que "todos os cidadãos têm interesses privados" e "não são só alguns que têm outros interesses que são contrários e divergentes do interesse público".

"Isso que fique bem claro. Não é porque se é membro de uma loja maçónica ou porque se está ligado a uma qualquer corporação que há outros interesses envolvidos. Todas as pessoas têm outros interesses envolvidos na sua vida, portanto, esta questão não deve ser ponderada exclusivamente para alguns", afirmou.

Líderes na Maçonaria

A questão foi colocada à deputada social-democrata após ter sido noticiado que o líder da bancada do PSD Luís Montenegro e outros deputados, nomeadamente o líder da bancada do PS Carlos Zorrinho, pertencem à Maçonaria.

O Expresso noticiou terça-feira que Montenegro pertence à mesma loja maçónica do antigo diretor do SIED Jorge Silva Carvalho, cuja alegada passagem de informações a empresas privadas e o acesso ao registo telefónico de um antigo jornalista do Público foram discutidos na comissão de Assuntos Constitucionais.

Montenegro não desmentiu nem confirmou pertencer à mesma loja maçónica de Jorge Silva Carvalho.

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, afirmou hoje que a sua vida é "absolutamente pautada pela transparência", depois de interrogado se pertence a alguma das obediências maçónicas portuguesas.

Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, os líderes parlamentares do PS e do PSD pertencem a "obediências maçónicas", dirigindo os dois "182 deputados" num total de 230.

Os maçons são iguais aos outros cidadãos e não devem ser penalizados por isso. É o que defende a deputada social-democrata Teresa Leal Coelho

A vice-presidente da bancada do PSD Teresa Leal Coelho considerou hoje que os titulares de cargos públicos que pertençam a uma sociedade secreta não o devem declarar como registo de interesse, mas "afastar todos os interesses privados" dos processos decisórios.

"A minha perspetiva é de que a nossa matriz de democracia deve sustentar-se no princípio da liberdade/responsabilidade. Todos aqueles que desempenham cargos públicos devem exercê-lo com liberdade e com responsabilidade e sempre que estão no processo decisório em matéria pública, política, devem ponderar, desde logo, o interesse público e afastar todos os interesses privados que todos nós cidadãos temos", afirmou aos jornalistas no Parlamento.

Para Teresa Leal Coelho, aquela é "uma matéria de ética individual", afastando, assim, que os titulares de cargos públicos tenham que declarar no seu registo de interesses que pertencem a uma sociedade secreta, como a Maçonaria.

A vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata frisou que "todos os cidadãos têm interesses privados" e "não são só alguns que têm outros interesses que são contrários e divergentes do interesse público".

"Isso que fique bem claro. Não é porque se é membro de uma loja maçónica ou porque se está ligado a uma qualquer corporação que há outros interesses envolvidos. Todas as pessoas têm outros interesses envolvidos na sua vida, portanto, esta questão não deve ser ponderada exclusivamente para alguns", afirmou.

Líderes na Maçonaria

A questão foi colocada à deputada social-democrata após ter sido noticiado que o líder da bancada do PSD Luís Montenegro e outros deputados, nomeadamente o líder da bancada do PS Carlos Zorrinho, pertencem à Maçonaria.

O Expresso noticiou terça-feira que Montenegro pertence à mesma loja maçónica do antigo diretor do SIED Jorge Silva Carvalho, cuja alegada passagem de informações a empresas privadas e o acesso ao registo telefónico de um antigo jornalista do Público foram discutidos na comissão de Assuntos Constitucionais.

Montenegro não desmentiu nem confirmou pertencer à mesma loja maçónica de Jorge Silva Carvalho.

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, afirmou hoje que a sua vida é "absolutamente pautada pela transparência", depois de interrogado se pertence a alguma das obediências maçónicas portuguesas.

Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, os líderes parlamentares do PS e do PSD pertencem a "obediências maçónicas", dirigindo os dois "182 deputados" num total de 230.

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