Defender o Quadrado

16-09-2014
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de entretenimento, e não de informação

Ontem vi um pedaço do programa abrilhantado por Jaime Nogueira Pinto, em que traçava um Salazar muito à maneira dele, muito patriótico, muito honesto, muito modesto, muito missionário, muito ditador, mas isso até era bom, sem dúvida, mas este povo até gosta, enfim, nunca mais fomos os mesmos, o que era preciso era mesmo outro Salazar para meterna ordem.Há uma ou duas semanas vi um pedaço do mesmo programa, desta vez abrilhantado pela dramática Odete Santos, toda ela em cores de encarnado, com grandes gestos e emocionado semblante, traçando o perfil do herói mais heróico que tivemos a sorte de ter em Portugal, que lutou contra a longa noite do fascismo, com determinação e coragem.Estes programas, como muito bem disse A. Teixeira , são. Por isso acho absurdas as posições estremadas, de louvor extremo ao programa até à acusação de neosalazarismo encapotado , que se lê pela blogosfera.Apesar de saber que Álvaro Cunhal defendia um regime idêntico àquele que combatia, não posso deixar de ter alguma simpatia pela sua figura. De facto era inteligente, aventureiro, artista, enfim um herói romântico, que só o foi porque nunca conseguiu chegar ao poder.Relativamente a Salazar, para mim ele era tudoum grande português. Foi um homem que moldou o país à sua imagem e semelhança, sem grandeza de qualquer espécie. A partir do pós guerra, não vejo qualquer justificação para o aprisionamento das pessoas e das ideias, para o empobrecimento, para o enquistamento do conservadorismo e do provincianismo, para a rejeição das novidades na política e na sociedade.

de entretenimento, e não de informação

Ontem vi um pedaço do programa abrilhantado por Jaime Nogueira Pinto, em que traçava um Salazar muito à maneira dele, muito patriótico, muito honesto, muito modesto, muito missionário, muito ditador, mas isso até era bom, sem dúvida, mas este povo até gosta, enfim, nunca mais fomos os mesmos, o que era preciso era mesmo outro Salazar para meterna ordem.Há uma ou duas semanas vi um pedaço do mesmo programa, desta vez abrilhantado pela dramática Odete Santos, toda ela em cores de encarnado, com grandes gestos e emocionado semblante, traçando o perfil do herói mais heróico que tivemos a sorte de ter em Portugal, que lutou contra a longa noite do fascismo, com determinação e coragem.Estes programas, como muito bem disse A. Teixeira , são. Por isso acho absurdas as posições estremadas, de louvor extremo ao programa até à acusação de neosalazarismo encapotado , que se lê pela blogosfera.Apesar de saber que Álvaro Cunhal defendia um regime idêntico àquele que combatia, não posso deixar de ter alguma simpatia pela sua figura. De facto era inteligente, aventureiro, artista, enfim um herói romântico, que só o foi porque nunca conseguiu chegar ao poder.Relativamente a Salazar, para mim ele era tudoum grande português. Foi um homem que moldou o país à sua imagem e semelhança, sem grandeza de qualquer espécie. A partir do pós guerra, não vejo qualquer justificação para o aprisionamento das pessoas e das ideias, para o empobrecimento, para o enquistamento do conservadorismo e do provincianismo, para a rejeição das novidades na política e na sociedade.

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