Funes, el memorioso: O dia seguinte

03-07-2011
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Não acompanhei, não vi, não ouvi o que se disse na Assembleia da República, a propósito das tradicionais e pungentes cerimónias fúnebres de comemoração do 25 de Abril. Também não visitei os sites das rádios e televisões onde normalmente se podem encontrar os discursos do dia. O que sei, li-o no "Público" de hoje e num ou noutro blogue de ontem.Tanto quanto me posso aperceber, Paulo Rangel, Teresa Caeiro e Marques Júnior, pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, respectivamente, cumpriram com zelo e proficiência a sua missão. Os dois primeiros brilhando; Marques Júnior asneando.Cavaco Silva, por sua vez, foi igual a si próprio, desde que se tornou Presidente da República: uma rotunda e absoluta nulidade. Apelou ao voto. Teria sido mais útil se se tivesse limitado a ir, calado, em romagem ao cemitério de não sei onde, depor flores nas campas de Spínola e Costa Gomes. Pelo menos, não nos incomodava nem fazia perder tempo.Os dados estão lançados. A entrevista de Sócrates à RTP e a prestação de Vital Moreira no "Prós e Contras" correram mal. A canção "sem eira nem beira", dos "Xutos", começa a fazer o seu percurso e a tornar-se um hino. A máquina de propagando do governo revela já muita dificuldade em conter e limitar os danos.A prodigiosa e desmesurada incompetência de Sócrates é comparável à prodigiosa e desmesurada incompetência de Guterres. Guterres era humilde, Sócrates um oceano de arrogância; Guterres, um arrependido pecador, Sócrates, um despudorado mentiroso. Em termos eleitorais, a humildade favorecia Guterres, a falta de vergonha na cara beneficia Sócrates.No estado em que o país se encontrava em 2001, com um caixote de lixo a dirigi-lo, o PSD teria obtido uma maioria absoluta histórica. O PSD tinha Durão Barroso. Obteve uma maioria relativa.Hoje, o Partido Social Democrata é um cadáver cujos restos apodrecidos os vermes disputam diante do rosto convenientemente sombrio e fechado da sua líder. Não conta, para ganhar ou perder eleições.Paulo Rangel vale por si. É essa a nossa esperança.


Não acompanhei, não vi, não ouvi o que se disse na Assembleia da República, a propósito das tradicionais e pungentes cerimónias fúnebres de comemoração do 25 de Abril. Também não visitei os sites das rádios e televisões onde normalmente se podem encontrar os discursos do dia. O que sei, li-o no "Público" de hoje e num ou noutro blogue de ontem.Tanto quanto me posso aperceber, Paulo Rangel, Teresa Caeiro e Marques Júnior, pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, respectivamente, cumpriram com zelo e proficiência a sua missão. Os dois primeiros brilhando; Marques Júnior asneando.Cavaco Silva, por sua vez, foi igual a si próprio, desde que se tornou Presidente da República: uma rotunda e absoluta nulidade. Apelou ao voto. Teria sido mais útil se se tivesse limitado a ir, calado, em romagem ao cemitério de não sei onde, depor flores nas campas de Spínola e Costa Gomes. Pelo menos, não nos incomodava nem fazia perder tempo.Os dados estão lançados. A entrevista de Sócrates à RTP e a prestação de Vital Moreira no "Prós e Contras" correram mal. A canção "sem eira nem beira", dos "Xutos", começa a fazer o seu percurso e a tornar-se um hino. A máquina de propagando do governo revela já muita dificuldade em conter e limitar os danos.A prodigiosa e desmesurada incompetência de Sócrates é comparável à prodigiosa e desmesurada incompetência de Guterres. Guterres era humilde, Sócrates um oceano de arrogância; Guterres, um arrependido pecador, Sócrates, um despudorado mentiroso. Em termos eleitorais, a humildade favorecia Guterres, a falta de vergonha na cara beneficia Sócrates.No estado em que o país se encontrava em 2001, com um caixote de lixo a dirigi-lo, o PSD teria obtido uma maioria absoluta histórica. O PSD tinha Durão Barroso. Obteve uma maioria relativa.Hoje, o Partido Social Democrata é um cadáver cujos restos apodrecidos os vermes disputam diante do rosto convenientemente sombrio e fechado da sua líder. Não conta, para ganhar ou perder eleições.Paulo Rangel vale por si. É essa a nossa esperança.

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