Marginalizante: O Presidente da República ainda existe

01-07-2011
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O Presidente da República resolveu, contra todas as expectativas, mostrar que ainda exerce o cargo, anunciando a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas. Não fez mais do que pagar-nos aquilo que nos devia desde 9 de Julho, quando resolveu não convocar eleições. Santana Lopes não gostou de ter ficado sem o cargo de primeiro-ministro, que é um posto sempre importante para esgrimir em técnicas de engate.
No domingo, Santana comparara o próprio Governo a um bebé. Hoje, fez uma birra. Disse não compreender a dissolução do Parlamento devido à demissão do ministro Chaves. Como se essa fosse a única causa. O Lopes esquece-se que a legislatura agora interrompida pela decisão presidencial começou em 2002 e não quando tomou posse como primeiro-ministro. Esquece-se que o primeiro-ministro legitimamente saído das eleições, Durão Barroso, demitiu-se; esquece-se do caso Marcelo em que ficou patente a sanha anti-liberdade de expressão do Executivo; esquece-se das trapalhadas em que se metia constantemente, dizendo uma coisa e desdizendo-a no dia seguinte, alegando que apenas tinha revelado aos jornalistas uns pensamentos que lhe iam pela cabeça e não uma decisão; esquece-se da tomada de posse do Governo, quando a secretária de Estado Teresa Caeiro estava indicada para a Defesa, porque tinha família de tradição militar, e acabou na Cultura, talvez por ser prima de algum acordeonista de um rancho folclórico.
Só espero que o povo, entidade de quem devemos sempre desconfiar, se lembre do que tem sofrido com a governação da coligação de Direita.

O Presidente da República resolveu, contra todas as expectativas, mostrar que ainda exerce o cargo, anunciando a dissolução da Assembleia da República e a convocação de eleições antecipadas. Não fez mais do que pagar-nos aquilo que nos devia desde 9 de Julho, quando resolveu não convocar eleições. Santana Lopes não gostou de ter ficado sem o cargo de primeiro-ministro, que é um posto sempre importante para esgrimir em técnicas de engate.
No domingo, Santana comparara o próprio Governo a um bebé. Hoje, fez uma birra. Disse não compreender a dissolução do Parlamento devido à demissão do ministro Chaves. Como se essa fosse a única causa. O Lopes esquece-se que a legislatura agora interrompida pela decisão presidencial começou em 2002 e não quando tomou posse como primeiro-ministro. Esquece-se que o primeiro-ministro legitimamente saído das eleições, Durão Barroso, demitiu-se; esquece-se do caso Marcelo em que ficou patente a sanha anti-liberdade de expressão do Executivo; esquece-se das trapalhadas em que se metia constantemente, dizendo uma coisa e desdizendo-a no dia seguinte, alegando que apenas tinha revelado aos jornalistas uns pensamentos que lhe iam pela cabeça e não uma decisão; esquece-se da tomada de posse do Governo, quando a secretária de Estado Teresa Caeiro estava indicada para a Defesa, porque tinha família de tradição militar, e acabou na Cultura, talvez por ser prima de algum acordeonista de um rancho folclórico.
Só espero que o povo, entidade de quem devemos sempre desconfiar, se lembre do que tem sofrido com a governação da coligação de Direita.

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