2012 Janeiro 07 – Aventar

20-01-2012
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A obsessão dos actuais ministros com o envio de portugueses para a emigração começa a ganhar foros de política oficial de governo.

Agora foi Miguel Relvas a elogiar a “juventude bem preparada” que emigra. Apenas esta frase seria suficiente para escrever um tratado sobre a realidade nacional, a política de desenvolvimento, o investimento educativo e o desinvestimento no país. De passagem, poderia aflorar-se para a forma desprezível como estes governantes olham os cidadãos que tiveram o azar de nascer em solo doméstico, o esquecimento a que votam os que emigram, o que historicamente acontece aos portugueses que se fixam noutras paragens e seus descendentes (raramente voltam – a descolonização é uma excepção e por circunstâncias de falta de alternativas – e ao fim de duas ou três gerações cortam qualquer relação com a terra dos pais/avós).

Além disso – e eu sei que os tempos andam maus para patriotismos – ouvir de um ministro da república portuguesa que ficou agradado

só pode dar uma certeza aos portugueses: morram ou desapareçam, este país só conta convosco lá longe, aqui estão a mais e não fazem falta nenhuma, este governo ou não tem soluções, ou tem coisas mais importantes em que pensar.

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A obsessão dos actuais ministros com o envio de portugueses para a emigração começa a ganhar foros de política oficial de governo.

Agora foi Miguel Relvas a elogiar a “juventude bem preparada” que emigra. Apenas esta frase seria suficiente para escrever um tratado sobre a realidade nacional, a política de desenvolvimento, o investimento educativo e o desinvestimento no país. De passagem, poderia aflorar-se para a forma desprezível como estes governantes olham os cidadãos que tiveram o azar de nascer em solo doméstico, o esquecimento a que votam os que emigram, o que historicamente acontece aos portugueses que se fixam noutras paragens e seus descendentes (raramente voltam – a descolonização é uma excepção e por circunstâncias de falta de alternativas – e ao fim de duas ou três gerações cortam qualquer relação com a terra dos pais/avós).

Além disso – e eu sei que os tempos andam maus para patriotismos – ouvir de um ministro da república portuguesa que ficou agradado

só pode dar uma certeza aos portugueses: morram ou desapareçam, este país só conta convosco lá longe, aqui estão a mais e não fazem falta nenhuma, este governo ou não tem soluções, ou tem coisas mais importantes em que pensar.

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