A Ilusão da Visão: Euro2004, esse desígnio imobiliário nacional

01-07-2011
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Hoje, quatro anos depois e porque o relvado do estádio novo não tem condições, o Beira-Mar vai jogar no estádio velho para contentamento de grande parte dos sócios.Ora, ambos os estádios são propriedade municipal, e ainda hoje e sem manutenção o estádio velho tem condições para receber o Beira-Mar... então, porque raio é que a Câmara Municipal [PS] decidiu construir um estádio novo para o Euro2004? Para receber dois míseros jogos? A decisão é tanto mais incompreensível já que o estádio custou 64 milhões de euros, a CMA gasta 800 mil euros/anos na sua manutenção e este, com 30 mil lugares, está sempre às moscas.Uma das razões apontadas é que permitiu criar uma nova centralidade na cidade. E o que quer isto dizer? Quer dizer que aquilo que era um pinhal à entrada da cidade será no futuro próximo um campo de golfe, hotéis e vivendas de luxo! Tudo isto em terrenos comprados pela autarquia por uma bagatela (média de € 7.00/m2) e que agora, quase por artes mágicas, pertencem a uma empresa de capital maioritariamente privado sem que a CMA [PSD-CDS] tenha recebido qualquer dinheiro pelos terrenos e no processo ainda perdeu a maioria de capital dessa empresa, sem concurso público e sem receber nada em troca. Os privados ficam com o lombo, o público com o osso: o Parque Desportivo de Aveiro (leia-se empreendimento imobiliário) já é maioritariamente privado, o estádio novo é todo ele público.Etiquetas: Aveiro, negócios fantásticos

Hoje, quatro anos depois e porque o relvado do estádio novo não tem condições, o Beira-Mar vai jogar no estádio velho para contentamento de grande parte dos sócios.Ora, ambos os estádios são propriedade municipal, e ainda hoje e sem manutenção o estádio velho tem condições para receber o Beira-Mar... então, porque raio é que a Câmara Municipal [PS] decidiu construir um estádio novo para o Euro2004? Para receber dois míseros jogos? A decisão é tanto mais incompreensível já que o estádio custou 64 milhões de euros, a CMA gasta 800 mil euros/anos na sua manutenção e este, com 30 mil lugares, está sempre às moscas.Uma das razões apontadas é que permitiu criar uma nova centralidade na cidade. E o que quer isto dizer? Quer dizer que aquilo que era um pinhal à entrada da cidade será no futuro próximo um campo de golfe, hotéis e vivendas de luxo! Tudo isto em terrenos comprados pela autarquia por uma bagatela (média de € 7.00/m2) e que agora, quase por artes mágicas, pertencem a uma empresa de capital maioritariamente privado sem que a CMA [PSD-CDS] tenha recebido qualquer dinheiro pelos terrenos e no processo ainda perdeu a maioria de capital dessa empresa, sem concurso público e sem receber nada em troca. Os privados ficam com o lombo, o público com o osso: o Parque Desportivo de Aveiro (leia-se empreendimento imobiliário) já é maioritariamente privado, o estádio novo é todo ele público.Etiquetas: Aveiro, negócios fantásticos

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