Não se compreende como é que, passados mais de 30 anos de Democracia, ainda não exista uma Lei que proíba aos Governantes e os Autarcas, de assinarem Diplomas-Legais relevantes, depois de terem sido derrotados em Eleições.
Será que não existe Partido nenhum suficientemente honesto, que prescinda desta “sacanagem “, de deixarem o terreno-minado para os seus sucessores ? Desafiemos este Governo, enquanto tem maioria-absoluta no Parlamento, a fazer aprovar essa Lei.
Vem tudo isto a propósito de, só agora se ter sabido, que Telmo Correia (do CDS/P.P.), terá assinado 300 despachos, na madrugada da sua substituição . Mas, a nível do Poder-Autárquico também se podem encontrar destes exemplos (como o sobreendividamento das gestões da dupla Santana/Carmona na C.M.L., por exemplo), deixando os seus sucessores numa penúria tal, que não lhes permite executarem Projectos (novos, ou mesmo pendentes), nem sequer pagarem as dívidas a Fornecedores, ou os vencimentos ao Pessoal.
Sempre que existam Eleições, os Processos mais importantes deveriam ser previamente selados e guardados em cofres, por Entidades Suprapartidárias e, em caso de mudança do sentido de voto, os Responsáveis até então (dos Ministérios, Autarquias, etc.), ficariam impedidos de lhes terem acesso (limitando-se a fazer uma gestão-corrente até à sua substituição, que deveria ser o mais rápida possível) :
Se, quando há remodelações-ministeriais, os Ministros e Secretários-de-Estado são substituídos de um dia para o outro e, os novos, tomam posse logo no dia seguinte, porque é que, aquando de Eleições, são necessárias tantas burocracias para as tomadas de posse dos novos Responsáveis ? (Mesmo que só tomem posse, oficialmente, depois da ractificação dos resultados das Eleições, deveriam poder ter um período de acumulação com os anteriores Respon- sáveis, até para melhor se poderem inteirar dos Processos-pendentes).
Ou então, que todos os Despachos assinados nessas circunstâncias sejam, de imediato, considerados nulos e de nenhum efeito e que, as pessoas que os assinaram, sejam reponsabilizadas, quer política quer judicialmente. É que, não são só os Partidos que se prejudicam uns aos outros : Somos todos Nós, que saímos prejudicados com estas guerrilhas-partidárias.
Os Partidos-Políticos e a Assembleia-da-República só ganharão em moralizarem as suas Actividades pois, o continuar desta interminável sucessão de escândalos e abusos, está a afastar os Eleitores desses Órgãos, o que é muito mau para a Democracia.
Picareta Escribante
.
TERRAS DE SOL
.
Maria Leonor II
.
“Numa tarde de Janeiro
largámos lá de Lisboa…
Nos olhos de quem partia
eram mais fundas as mágoas
que fundas eram as águas
por onde o vapor corria.
E a gente dos nossos campos,
tomada embora de medo,
escondia-o como um segredo
olhando o mar a sorrir.
- E só nisso consistia
toda a nossa valentia ! -
Três dias depois chegámos,
entre sustos e baldões,
às terras frias de França,
e foi durante a viagem,
que apertei as relações
de boa camaradagem
com o Manuel da Apariça
que eu conhecera, anos antes,
na tiragem da cortiça
do lavrador dos “Outeiros”
- Ai, era um cara direita
e um camarada leal ! -
No país dos nevoeiros,
fomos dois bons companheiros,
irmãos na mesma saudade
do Sol do nosso Alentejo
e do céu de Portugal !
(Continua)…
Manuel Fragoso
.
Diário (Fotográfico) de Bordo
.
Fotos de Viagens – Suíça (Lagos e Montanhas)
.
Categorias
Entidades
Não se compreende como é que, passados mais de 30 anos de Democracia, ainda não exista uma Lei que proíba aos Governantes e os Autarcas, de assinarem Diplomas-Legais relevantes, depois de terem sido derrotados em Eleições.
Será que não existe Partido nenhum suficientemente honesto, que prescinda desta “sacanagem “, de deixarem o terreno-minado para os seus sucessores ? Desafiemos este Governo, enquanto tem maioria-absoluta no Parlamento, a fazer aprovar essa Lei.
Vem tudo isto a propósito de, só agora se ter sabido, que Telmo Correia (do CDS/P.P.), terá assinado 300 despachos, na madrugada da sua substituição . Mas, a nível do Poder-Autárquico também se podem encontrar destes exemplos (como o sobreendividamento das gestões da dupla Santana/Carmona na C.M.L., por exemplo), deixando os seus sucessores numa penúria tal, que não lhes permite executarem Projectos (novos, ou mesmo pendentes), nem sequer pagarem as dívidas a Fornecedores, ou os vencimentos ao Pessoal.
Sempre que existam Eleições, os Processos mais importantes deveriam ser previamente selados e guardados em cofres, por Entidades Suprapartidárias e, em caso de mudança do sentido de voto, os Responsáveis até então (dos Ministérios, Autarquias, etc.), ficariam impedidos de lhes terem acesso (limitando-se a fazer uma gestão-corrente até à sua substituição, que deveria ser o mais rápida possível) :
Se, quando há remodelações-ministeriais, os Ministros e Secretários-de-Estado são substituídos de um dia para o outro e, os novos, tomam posse logo no dia seguinte, porque é que, aquando de Eleições, são necessárias tantas burocracias para as tomadas de posse dos novos Responsáveis ? (Mesmo que só tomem posse, oficialmente, depois da ractificação dos resultados das Eleições, deveriam poder ter um período de acumulação com os anteriores Respon- sáveis, até para melhor se poderem inteirar dos Processos-pendentes).
Ou então, que todos os Despachos assinados nessas circunstâncias sejam, de imediato, considerados nulos e de nenhum efeito e que, as pessoas que os assinaram, sejam reponsabilizadas, quer política quer judicialmente. É que, não são só os Partidos que se prejudicam uns aos outros : Somos todos Nós, que saímos prejudicados com estas guerrilhas-partidárias.
Os Partidos-Políticos e a Assembleia-da-República só ganharão em moralizarem as suas Actividades pois, o continuar desta interminável sucessão de escândalos e abusos, está a afastar os Eleitores desses Órgãos, o que é muito mau para a Democracia.
Picareta Escribante
.
TERRAS DE SOL
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Maria Leonor II
.
“Numa tarde de Janeiro
largámos lá de Lisboa…
Nos olhos de quem partia
eram mais fundas as mágoas
que fundas eram as águas
por onde o vapor corria.
E a gente dos nossos campos,
tomada embora de medo,
escondia-o como um segredo
olhando o mar a sorrir.
- E só nisso consistia
toda a nossa valentia ! -
Três dias depois chegámos,
entre sustos e baldões,
às terras frias de França,
e foi durante a viagem,
que apertei as relações
de boa camaradagem
com o Manuel da Apariça
que eu conhecera, anos antes,
na tiragem da cortiça
do lavrador dos “Outeiros”
- Ai, era um cara direita
e um camarada leal ! -
No país dos nevoeiros,
fomos dois bons companheiros,
irmãos na mesma saudade
do Sol do nosso Alentejo
e do céu de Portugal !
(Continua)…
Manuel Fragoso
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Diário (Fotográfico) de Bordo
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Fotos de Viagens – Suíça (Lagos e Montanhas)
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