ABNEGADO: TELHADOS DE VIDRO (corrigido)

01-07-2011
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Enquanto o senhor Portas se encontra (em recato) procurando formar uma opinião (logo ele que tanto gostou de vestir a pele do Torquemada da política portuguesa, apresentando-se de dedo em riste, com vozinha afectada, com escritos ofendidos em editoriais à direita, logo ele que garantia – sem rir – estar ali no seu partido a fina-flor da competência e do rigor), enquanto nos recordamos da promessa de combate aos interesses que Luís Guedes (com ar sério) havia prometido no Ministério do Ambiente, será interessante determo-nos na enigmática frase do senhor Telmo Correia quando garantiu que se fosse hoje não teria assinado o despacho polémico. Ora, na sua candura de menino em fuga ante o perigo, o que o senhor Telmo nos disse permite uma de duas conclusões (acaso as duas): o senhor assinava de cruz o que lhe pediam, ou lamenta (apenas) o conhecimento público do despacho em questão.

Em dois anos e meio de presença no “arco da governação” o partido popular deixou-se envolver nestas rocambolescas aventuras que a justiça haverá de esclarecer.

Eis, no seu máximo esplendor a fina-flor que o senhor Portas prometeu.

Atirar pedras aos vizinhos, quando se tem telhados de vidro, é sempre uma prática pouco avisada.

Enquanto o senhor Portas se encontra (em recato) procurando formar uma opinião (logo ele que tanto gostou de vestir a pele do Torquemada da política portuguesa, apresentando-se de dedo em riste, com vozinha afectada, com escritos ofendidos em editoriais à direita, logo ele que garantia – sem rir – estar ali no seu partido a fina-flor da competência e do rigor), enquanto nos recordamos da promessa de combate aos interesses que Luís Guedes (com ar sério) havia prometido no Ministério do Ambiente, será interessante determo-nos na enigmática frase do senhor Telmo Correia quando garantiu que se fosse hoje não teria assinado o despacho polémico. Ora, na sua candura de menino em fuga ante o perigo, o que o senhor Telmo nos disse permite uma de duas conclusões (acaso as duas): o senhor assinava de cruz o que lhe pediam, ou lamenta (apenas) o conhecimento público do despacho em questão.

Em dois anos e meio de presença no “arco da governação” o partido popular deixou-se envolver nestas rocambolescas aventuras que a justiça haverá de esclarecer.

Eis, no seu máximo esplendor a fina-flor que o senhor Portas prometeu.

Atirar pedras aos vizinhos, quando se tem telhados de vidro, é sempre uma prática pouco avisada.

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