1. Novo discurso e novos protagonistasUma entrevista lúcida de Paulo Rangel (Público, 17.2.2008: 10-1). Na travessia do deserto em que se encontra o PSD, Rangel é uma das poucas vozes que vale a pena escutar.2. Festa da democraciaJosé Sócrates reagiu incomodado aos protestos junto à sede do PS. Valorizou aquilo que não deveria valorizar, independentemente de ter ou não razão.3. Efeito de contágioAníbal Cavaco Silva expressou a sua preocupação perante a hipótese de o Kosovo declarar unilateralmente a independência. Ficou por esclarecer, caso aconteça, o que deve fazer a UE e Portugal em particular: reconhece o novo Estado soberano, ou recusa o fait accompli?4. Santana, Telmo e o CasinoO jornal Público revela na sua edição de hoje novos dados sobre o processo à volta do Casino. Ninguém me tira da cabeça que isto é o Belmiro a dar ordens ao Zé Manel com o intuito de fazer as pazes com o Sócrates depois de ter perdido a OPA sobre a PT...5. Carne assada vs. peixe grelhado com ervas aromáticasA reacção de Marco António Costa à notícia de que Paula Teixeira da Cruz estava a organizar um círculo de reflexão ilustra bem a violência verbal e a intolerância com que os Menezistas reagem a qualquer sinal de dissensão interna. Confesso que não percebo esta intranquilidade da carne assada face aos políticos de gabinete.6. Os despachos da discórdiaTelmo Correia teria assinado «cerca de três centenas de despachos como ministro do Turismo na madrugada do dia em que o novo executivo, liderado por José Sócrates, foi empossado» (António Arnaldo Mesquita, Público, 3.2.2008: 5).Telmo Correia afirma que encontrou apenas 18 despachos assinados na véspera da tomada de posse de Sócrates e que enquanto esteve no Governo assinou apenas 55 despachos (TSF, 16.2.2008).Em suma, há aqui uma divergência profunda entre aquilo que foi noticiado pelo Público e o que Telmo Correia diz que é a verdade. Estou seguro que o Público certamente revisitará esta matéria. De duas uma: ou Telmo Correia está a faltar à verdade, ou alguém enganou deliberadamente o Público. De uma maneira ou de outra, impõe-se um esclarecimento.
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1. Novo discurso e novos protagonistasUma entrevista lúcida de Paulo Rangel (Público, 17.2.2008: 10-1). Na travessia do deserto em que se encontra o PSD, Rangel é uma das poucas vozes que vale a pena escutar.2. Festa da democraciaJosé Sócrates reagiu incomodado aos protestos junto à sede do PS. Valorizou aquilo que não deveria valorizar, independentemente de ter ou não razão.3. Efeito de contágioAníbal Cavaco Silva expressou a sua preocupação perante a hipótese de o Kosovo declarar unilateralmente a independência. Ficou por esclarecer, caso aconteça, o que deve fazer a UE e Portugal em particular: reconhece o novo Estado soberano, ou recusa o fait accompli?4. Santana, Telmo e o CasinoO jornal Público revela na sua edição de hoje novos dados sobre o processo à volta do Casino. Ninguém me tira da cabeça que isto é o Belmiro a dar ordens ao Zé Manel com o intuito de fazer as pazes com o Sócrates depois de ter perdido a OPA sobre a PT...5. Carne assada vs. peixe grelhado com ervas aromáticasA reacção de Marco António Costa à notícia de que Paula Teixeira da Cruz estava a organizar um círculo de reflexão ilustra bem a violência verbal e a intolerância com que os Menezistas reagem a qualquer sinal de dissensão interna. Confesso que não percebo esta intranquilidade da carne assada face aos políticos de gabinete.6. Os despachos da discórdiaTelmo Correia teria assinado «cerca de três centenas de despachos como ministro do Turismo na madrugada do dia em que o novo executivo, liderado por José Sócrates, foi empossado» (António Arnaldo Mesquita, Público, 3.2.2008: 5).Telmo Correia afirma que encontrou apenas 18 despachos assinados na véspera da tomada de posse de Sócrates e que enquanto esteve no Governo assinou apenas 55 despachos (TSF, 16.2.2008).Em suma, há aqui uma divergência profunda entre aquilo que foi noticiado pelo Público e o que Telmo Correia diz que é a verdade. Estou seguro que o Público certamente revisitará esta matéria. De duas uma: ou Telmo Correia está a faltar à verdade, ou alguém enganou deliberadamente o Público. De uma maneira ou de outra, impõe-se um esclarecimento.