PS acusa Passos de "mentir" quando nega ter atingido os cidadãos mais vulneráveis

23-06-2015
marcar artigo

Esta acusação foi transmitida aos jornalistas pela vice-presidente da bancada socialista Sónia Fertuzinhos, numa alusão às posições assumidas na sexta-feira passada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República, durante o último debate quinzenal.

Sónia Fertuzinhos referiu para o efeito os mais recentes dados da Segurança Social, segundo os quais o número de beneficiários de apoios em situação de desemprego voltou a cair em maio deste ano, para as 281.059 pessoas, sendo preciso recuar até janeiro de 2009 para encontrar um número mais baixo.

Pelos mesmos dados, desde janeiro que há menos 25.003 trabalhadores a beneficiar destas prestações do que havia no final de 2014, uma queda de 8,2 por cento.

"O PS considera incompreensível e inaceitável que o Governo não reconheça que há de facto uma redução na proteção do desemprego, porque não apenas hoje temos metade dos desempregados sem qualquer tipo de apoio, como o próprio valor do subsídio de desemprego é atualmente mais baixo do que há quatro anos. Estes factos demonstram que o primeiro-ministro mentiu mais uma vez ao país e aos portugueses quando, na sexta-feira, em plenário da Assembleia da República, disse que os mais vulneráveis não tinham visto reduzidos os seus apoios nos últimos quatro anos", sustentou a "vice" da bancada socialista.

Pelo contrário, segundo Sónia Fertuzinhos, com o "aumento dramático" do desemprego registado nos últimos anos, o PS apresentou várias medidas para aumentar a proteção no desemprego.

"Ainda no âmbito do Orçamento do Estado para 2015, o PS propôs a prorrogação em seis meses do prazo do subsídio social de desemprego, mas o Governo e a maioria PSD/CDS chumbou a medida", disse.

Confrontada com a tese do PSD de que a redução do valor e da duração do subsídio de desemprego foi uma das medidas que constou no memorando da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) assinado pelo anterior executivo socialista, Sónia Fertuzinhos contrapôs que os sociais-democratas fizeram desse memorando o seu próprio programa.

"Todos nos recordamos que [o antigo ministro das Finanças] Eduardo Catroga disse que o memorando de entendimento tinha sido muito beneficiado pela intervenção do PSD nas negociações e todos nos recordamos também que o primeiro-ministro disse que não havia diferença entre o programa do Governo e o memorando da 'troika'. Por outro lado, o Governo renegociou e não cumpriu várias disposições do memorando e, como tal, se quisesse, poderia ter alterado aquilo com que não concordava", alegou a deputada socialista.

No caso específico do subsídio de desemprego, segundo a deputada socialista, "o atual Governo nada alterou e até rejeitou todas as propostas do PS" para aumentar a proteção social das pessoas desempregadas.

PMF // SMA

Lusa/fim

Esta acusação foi transmitida aos jornalistas pela vice-presidente da bancada socialista Sónia Fertuzinhos, numa alusão às posições assumidas na sexta-feira passada pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República, durante o último debate quinzenal.

Sónia Fertuzinhos referiu para o efeito os mais recentes dados da Segurança Social, segundo os quais o número de beneficiários de apoios em situação de desemprego voltou a cair em maio deste ano, para as 281.059 pessoas, sendo preciso recuar até janeiro de 2009 para encontrar um número mais baixo.

Pelos mesmos dados, desde janeiro que há menos 25.003 trabalhadores a beneficiar destas prestações do que havia no final de 2014, uma queda de 8,2 por cento.

"O PS considera incompreensível e inaceitável que o Governo não reconheça que há de facto uma redução na proteção do desemprego, porque não apenas hoje temos metade dos desempregados sem qualquer tipo de apoio, como o próprio valor do subsídio de desemprego é atualmente mais baixo do que há quatro anos. Estes factos demonstram que o primeiro-ministro mentiu mais uma vez ao país e aos portugueses quando, na sexta-feira, em plenário da Assembleia da República, disse que os mais vulneráveis não tinham visto reduzidos os seus apoios nos últimos quatro anos", sustentou a "vice" da bancada socialista.

Pelo contrário, segundo Sónia Fertuzinhos, com o "aumento dramático" do desemprego registado nos últimos anos, o PS apresentou várias medidas para aumentar a proteção no desemprego.

"Ainda no âmbito do Orçamento do Estado para 2015, o PS propôs a prorrogação em seis meses do prazo do subsídio social de desemprego, mas o Governo e a maioria PSD/CDS chumbou a medida", disse.

Confrontada com a tese do PSD de que a redução do valor e da duração do subsídio de desemprego foi uma das medidas que constou no memorando da 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional) assinado pelo anterior executivo socialista, Sónia Fertuzinhos contrapôs que os sociais-democratas fizeram desse memorando o seu próprio programa.

"Todos nos recordamos que [o antigo ministro das Finanças] Eduardo Catroga disse que o memorando de entendimento tinha sido muito beneficiado pela intervenção do PSD nas negociações e todos nos recordamos também que o primeiro-ministro disse que não havia diferença entre o programa do Governo e o memorando da 'troika'. Por outro lado, o Governo renegociou e não cumpriu várias disposições do memorando e, como tal, se quisesse, poderia ter alterado aquilo com que não concordava", alegou a deputada socialista.

No caso específico do subsídio de desemprego, segundo a deputada socialista, "o atual Governo nada alterou e até rejeitou todas as propostas do PS" para aumentar a proteção social das pessoas desempregadas.

PMF // SMA

Lusa/fim

marcar artigo