País em suspenso à espera de Cavaco

21-10-2015
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O Presidente da República já ouviu os partidos com representação parlamentar, mas ainda não é certo que diga hoje ao País o que decidiu fazer perante a indefinição da situação política. Em Belém, a palavra de ordem é cautela e, além das conversas que Cavaco teve com os partidos, há outros elementos que importa ter em conta.

Cavaco Silva tinha todos os cenários estudados antes das legislativas de 4 de Outubro, mas os resultados das eleições trouxeram um dos quadros políticos mais indefinidos dos últimos anos - a vitória da coligação à direita, sem maioria no Parlamento, e uma esquerda com a maioria dos deputados e disposta a exibir um acordo.

Foi isso mesmo que resultou da ronda de audiências com os partidos que terminou hoje, 17 dias depois das legislativas. Costa saiu de Belém a afirmar ter um acordo de esquerda - o entendimento parlamentar que Cavaco tanto pediu, ao qual impôs a condição de ser feito no respeito pelas regras do euro e da Nato. Passos terminou o encontro a defender que deve ser indigitado primeiro-ministro.

O acordo, de que Costa falou, ainda está a ser fechado - as equipas negociais ainda estão a tomar decisões. E quando saíram dos encontros com Cavaco, nem Catarina Martins, nem Jerónimo de Sousa, nem os Verdes se comprometeram com a aprovação do Orçamento de Estado para 2016, apesar de mostrarem vontade que o PS lidere o próximo Governo.

Mais. Cavaco ainda não sabe qual o mandato que Costa tem do PS para avançar com um acordo à esquerda. A reunião da comissão política nacional está marcada apenas para quinta-feira à noite.

Costa quer levar a esta reunião uma definição da estratégia a seguir. E nos últimos dias várias vozes do partido têm mostrado dúvidas sobre os próximos passos. Terça-feira à noite, o socialista António Vitorino defendeu na Sic Notícias que neste processo "não devem ser queimadas etapas", contrariando assim Costa que defendeu junto de Cavaco que devia ser indigitado já. Mais. Vitorino deixou outro aviso: "Se há acordo, quero ver para crer". Sérgio Sousa Pinto, membro do secretariado nacional do PS e escolhido por Costa, demitiu-se do cargo por não concordar com a estratégia seguida.

É por isso que em Belém todas as cautelas são poucas. É preciso saber que acordo existe na verdade e, por isso, escuta-se com atenção o que os líderes dizem à saída dos encontros, lê-se e ouve-se o que militantes destacados vão escrevendo e dizendo nos meios de comunicação social. Além disso, pondera-se esperar pelo resultado da comissão política do PS para avaliar o mandato que o partido dará a Costa. Isto apesar de ser quase unânime que Cavaco não queimará etapas e indigitará Passos Coelho.

O Presidente da República já ouviu os partidos com representação parlamentar, mas ainda não é certo que diga hoje ao País o que decidiu fazer perante a indefinição da situação política. Em Belém, a palavra de ordem é cautela e, além das conversas que Cavaco teve com os partidos, há outros elementos que importa ter em conta.

Cavaco Silva tinha todos os cenários estudados antes das legislativas de 4 de Outubro, mas os resultados das eleições trouxeram um dos quadros políticos mais indefinidos dos últimos anos - a vitória da coligação à direita, sem maioria no Parlamento, e uma esquerda com a maioria dos deputados e disposta a exibir um acordo.

Foi isso mesmo que resultou da ronda de audiências com os partidos que terminou hoje, 17 dias depois das legislativas. Costa saiu de Belém a afirmar ter um acordo de esquerda - o entendimento parlamentar que Cavaco tanto pediu, ao qual impôs a condição de ser feito no respeito pelas regras do euro e da Nato. Passos terminou o encontro a defender que deve ser indigitado primeiro-ministro.

O acordo, de que Costa falou, ainda está a ser fechado - as equipas negociais ainda estão a tomar decisões. E quando saíram dos encontros com Cavaco, nem Catarina Martins, nem Jerónimo de Sousa, nem os Verdes se comprometeram com a aprovação do Orçamento de Estado para 2016, apesar de mostrarem vontade que o PS lidere o próximo Governo.

Mais. Cavaco ainda não sabe qual o mandato que Costa tem do PS para avançar com um acordo à esquerda. A reunião da comissão política nacional está marcada apenas para quinta-feira à noite.

Costa quer levar a esta reunião uma definição da estratégia a seguir. E nos últimos dias várias vozes do partido têm mostrado dúvidas sobre os próximos passos. Terça-feira à noite, o socialista António Vitorino defendeu na Sic Notícias que neste processo "não devem ser queimadas etapas", contrariando assim Costa que defendeu junto de Cavaco que devia ser indigitado já. Mais. Vitorino deixou outro aviso: "Se há acordo, quero ver para crer". Sérgio Sousa Pinto, membro do secretariado nacional do PS e escolhido por Costa, demitiu-se do cargo por não concordar com a estratégia seguida.

É por isso que em Belém todas as cautelas são poucas. É preciso saber que acordo existe na verdade e, por isso, escuta-se com atenção o que os líderes dizem à saída dos encontros, lê-se e ouve-se o que militantes destacados vão escrevendo e dizendo nos meios de comunicação social. Além disso, pondera-se esperar pelo resultado da comissão política do PS para avaliar o mandato que o partido dará a Costa. Isto apesar de ser quase unânime que Cavaco não queimará etapas e indigitará Passos Coelho.

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