A Nossa Candeia: Novos Modelos Familiares e Velhas Tácticas Políticas

01-07-2011
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Incongruente e, porque não dizê-lo?, incompreensível... refiro-me ao que o DN designou por "braço-de-ferro" entre o Primeiro-Ministro e a Direcção do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. A incongruência resulta de 2 postulados (a saber: 1- aprovação como parte integrante do programa eleitoral do PS e do programa de Governo, do casamento entre pessoas do mesmo sexo; 2- a questão da adopção de crianças por casais homossexuais não integrou a agenda político-partidária eleitoral ou governativa do PS) que, no contexto das propostas parlamentares, são objecto de posições diversas e antagónicas, conforme o previsto... Cumprindo-se o compromisso de legislar sobre o casamento homossexual, fica assegurada, no essencial, a política de combate às discriminações e de eliminação de estereotipos, razão pela qual, atendendo à dimensão ética de carácter individual inerente ao juízo sobre práticas comportamentais, se torna, de certo modo, inútil e contraproducente a imposição da disciplina de voto na condenação da adopção a este modelo familiar que agora se institucionaliza. De facto, o PS seria muito mais coeso (ao contrário do que possa pensar quem considera que a unanimidade forçada vale mais que a liberdade de expressão) se permitisse liberdade de voto aos seus deputados... mais ainda quando deixa aberta duas excepções: a de Miguel Vale de Almeida e a de Sérgio Sousa Pinto, a primeira das quais perfeitamente compreensível e a segunda, apenas, verdadeiramente discriminatória em relação aos restantes deputados. De facto, incongruente... de facto, incompreensível. ... como aliás o foi também a extemporaneidade da proposta de "união civil registada" do PSD que, tanto tempo depois do problema estar na agenda política vem, ostensiva e gratuitamente, apresentar uma proposta que poderia ter feito sentido em tempo próprio mas que, agora, é meramente um instrumento de oposição político-partidária esvaziado do próprio conteúdo que poderia manifestar.


Incongruente e, porque não dizê-lo?, incompreensível... refiro-me ao que o DN designou por "braço-de-ferro" entre o Primeiro-Ministro e a Direcção do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. A incongruência resulta de 2 postulados (a saber: 1- aprovação como parte integrante do programa eleitoral do PS e do programa de Governo, do casamento entre pessoas do mesmo sexo; 2- a questão da adopção de crianças por casais homossexuais não integrou a agenda político-partidária eleitoral ou governativa do PS) que, no contexto das propostas parlamentares, são objecto de posições diversas e antagónicas, conforme o previsto... Cumprindo-se o compromisso de legislar sobre o casamento homossexual, fica assegurada, no essencial, a política de combate às discriminações e de eliminação de estereotipos, razão pela qual, atendendo à dimensão ética de carácter individual inerente ao juízo sobre práticas comportamentais, se torna, de certo modo, inútil e contraproducente a imposição da disciplina de voto na condenação da adopção a este modelo familiar que agora se institucionaliza. De facto, o PS seria muito mais coeso (ao contrário do que possa pensar quem considera que a unanimidade forçada vale mais que a liberdade de expressão) se permitisse liberdade de voto aos seus deputados... mais ainda quando deixa aberta duas excepções: a de Miguel Vale de Almeida e a de Sérgio Sousa Pinto, a primeira das quais perfeitamente compreensível e a segunda, apenas, verdadeiramente discriminatória em relação aos restantes deputados. De facto, incongruente... de facto, incompreensível. ... como aliás o foi também a extemporaneidade da proposta de "união civil registada" do PSD que, tanto tempo depois do problema estar na agenda política vem, ostensiva e gratuitamente, apresentar uma proposta que poderia ter feito sentido em tempo próprio mas que, agora, é meramente um instrumento de oposição político-partidária esvaziado do próprio conteúdo que poderia manifestar.

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