Da Literatura: ACERTAR O PASSO

03-07-2011
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O Parlamento aprovou hoje, com os votos do PS, BE, PCP e Verdes, o projecto de lei do governo que permitirá o casamento entre pessoas do mesmo sexo. As propostas do BE e dos Verdes, ambas prevendo a possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais, foram chumbadas. Também chumbada foi a proposta do PSD de instituir uniões civis registadas. A petição popular, da PCC, visando um referendo, foi rejeitada.Sócrates abriu o debate com um discurso forte. Silva Pereira fechou. A pior intervenção de todas foi a de Ribeiro e Castro, do CDS-PP. O speech que fez seria reaccionário mesmo na Assembleia Nacional de 1973. Hoje envergonhou muita gente. Miguel Vale de Almeida esteve à altura das suas responsabilidades. Louçã lembrou que as votações de hoje, as primeiras de 2010, ocorrem no ano do centenário da República. Coube ao líder do BE a frase da sessão: «Felicito-o [disse, dirigindo-se ao primeiro-ministro] por ter vindo aqui defender a lei e escusa de fazer caretas.»Aqui chegados, é altura de parabenizar os movimentos associativos LGBT que se empenharam nesta luta, em particular a ILGA, bem como os deputados do Partido Socialista que há cerca de dez anos se vêm distinguindo na defesa dos direitos dos homossexuais: Ana Catarina Mendes e Sérgio Sousa Pinto.Na galeria dos convidados, os laptops não paravam. Ao pé de mim, os mais activos eram Paulo Côrte-Real, Ana Matos Pires, Fernanda Câncio, Isabel Moreira e Maria João Pires. As galerias do público estavam cheias. A varanda do Salão Nobre era território de fumadores e mulheres decotadas ao sol.Decididamente, Portugal começa a acertar o passo.Etiquetas: Casamento gay

O Parlamento aprovou hoje, com os votos do PS, BE, PCP e Verdes, o projecto de lei do governo que permitirá o casamento entre pessoas do mesmo sexo. As propostas do BE e dos Verdes, ambas prevendo a possibilidade de adopção por parte de casais homossexuais, foram chumbadas. Também chumbada foi a proposta do PSD de instituir uniões civis registadas. A petição popular, da PCC, visando um referendo, foi rejeitada.Sócrates abriu o debate com um discurso forte. Silva Pereira fechou. A pior intervenção de todas foi a de Ribeiro e Castro, do CDS-PP. O speech que fez seria reaccionário mesmo na Assembleia Nacional de 1973. Hoje envergonhou muita gente. Miguel Vale de Almeida esteve à altura das suas responsabilidades. Louçã lembrou que as votações de hoje, as primeiras de 2010, ocorrem no ano do centenário da República. Coube ao líder do BE a frase da sessão: «Felicito-o [disse, dirigindo-se ao primeiro-ministro] por ter vindo aqui defender a lei e escusa de fazer caretas.»Aqui chegados, é altura de parabenizar os movimentos associativos LGBT que se empenharam nesta luta, em particular a ILGA, bem como os deputados do Partido Socialista que há cerca de dez anos se vêm distinguindo na defesa dos direitos dos homossexuais: Ana Catarina Mendes e Sérgio Sousa Pinto.Na galeria dos convidados, os laptops não paravam. Ao pé de mim, os mais activos eram Paulo Côrte-Real, Ana Matos Pires, Fernanda Câncio, Isabel Moreira e Maria João Pires. As galerias do público estavam cheias. A varanda do Salão Nobre era território de fumadores e mulheres decotadas ao sol.Decididamente, Portugal começa a acertar o passo.Etiquetas: Casamento gay

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