O país do Burro: Sem título

06-07-2011
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“Fui constituído arguido porque sou advogado de uma das empresas de Aveiro, a SCI. Acrescento que a empresa presta vários serviços de consultoria jurídica a diversas empresas, entre as quais à PT”. Esta foi a explicação de Paulo Penedos, o filho do também arguido presidente da REN José Penedos, que se viu enredado em mais um daqueles mega processos com forte odor a corrupção e a tráfico de influências, cujos desfechos, segundo a tradição, são sobejamente conhecidos de todos. Será agora defendido por Ricardo Sá Fernandes, um valente que, pelo visto, não teme ser constituído arguido pelo mesmo novo crime de ser advogado da pessoa errada, descoberto pelo seu cliente no ordenamento jurídico português.Ainda no âmbito do ordenamento da esfera socialista, Armando Vara é outro dos treze arguidos neste processo, que conta apenas com um detido, um sucateiro sem dimensão política conhecida. E Vara, Ao contrário de Penedos filho, não sustentou qualquer explicação para repetir a condição de arguido num processo com estas características. Tenho para mim que por “inveja social” ou “campanha negra”, outros dois crimes tão em voga ultimamente, mas não sei ao certo. A Justiça portuguesa anda em processo de aperfeiçoamento permanente. Aliás, como podemos verificar pelas justificações de Paulo Penedos, as leis penais estão sempre a mudar. Claro que nem todos temos Ferraris para poder acompanhar-lhes a pedalada. Mas podemos e devemos confiar em quem pode.


“Fui constituído arguido porque sou advogado de uma das empresas de Aveiro, a SCI. Acrescento que a empresa presta vários serviços de consultoria jurídica a diversas empresas, entre as quais à PT”. Esta foi a explicação de Paulo Penedos, o filho do também arguido presidente da REN José Penedos, que se viu enredado em mais um daqueles mega processos com forte odor a corrupção e a tráfico de influências, cujos desfechos, segundo a tradição, são sobejamente conhecidos de todos. Será agora defendido por Ricardo Sá Fernandes, um valente que, pelo visto, não teme ser constituído arguido pelo mesmo novo crime de ser advogado da pessoa errada, descoberto pelo seu cliente no ordenamento jurídico português.Ainda no âmbito do ordenamento da esfera socialista, Armando Vara é outro dos treze arguidos neste processo, que conta apenas com um detido, um sucateiro sem dimensão política conhecida. E Vara, Ao contrário de Penedos filho, não sustentou qualquer explicação para repetir a condição de arguido num processo com estas características. Tenho para mim que por “inveja social” ou “campanha negra”, outros dois crimes tão em voga ultimamente, mas não sei ao certo. A Justiça portuguesa anda em processo de aperfeiçoamento permanente. Aliás, como podemos verificar pelas justificações de Paulo Penedos, as leis penais estão sempre a mudar. Claro que nem todos temos Ferraris para poder acompanhar-lhes a pedalada. Mas podemos e devemos confiar em quem pode.

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