Classe de Piano do Conservatório Regional de Setúbal: A imprevisibilidade de Zimerman

03-07-2011
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O pianista polaco Krystian Zimerman é, como sabemos, imprevisível. E esta imprevisibilidade começa logo no facto de nunca sabermos se vai aparecer para tocar.Sendo assim, neste recital de que falaremos hoje (em Maio de 2008 no Royal Festival Hall), a primeira surpresa foi ele ter realmente aparecido.A segunda foi logo depois de ter acabado de tocar a Partita No.2 em Dó menor de J.S. Bach. Enquanto agradecia os aplausos, um técnico de pianos retirou todo o mecanismo do piano e introduziu outro diferente em poucos segundos. Zimerman é conhecido por modificar os instrumentos onde toca de acordo com as suas especificações, nomeadamente até com a utilização de alguns químicos nos martelos do piano, mas não é todos os dias que se vê um Steinway ser transformado mesmo à frente do nosso nariz. Ele inclusivamente concebeu um sistema muito específico de transporte dos seus pianos.O resultado foi logo óbvio assim que começou a tocar a Sonata No.32 em Dó menor, Op.111 de Beethoven: o volume sonoro era muito maior bem como o brilho. O registo agudo era agora bem mais luminoso e os graves mais potentes. Nada como tinha sido o seu som (quase de Cravo) na Partita de Bach.A surpresa final estava reservada mais para a frente: a sua recusa em tocar qualquer encore que fosse, isto mesmo com uma ovação em pé da parte do público presente.


O pianista polaco Krystian Zimerman é, como sabemos, imprevisível. E esta imprevisibilidade começa logo no facto de nunca sabermos se vai aparecer para tocar.Sendo assim, neste recital de que falaremos hoje (em Maio de 2008 no Royal Festival Hall), a primeira surpresa foi ele ter realmente aparecido.A segunda foi logo depois de ter acabado de tocar a Partita No.2 em Dó menor de J.S. Bach. Enquanto agradecia os aplausos, um técnico de pianos retirou todo o mecanismo do piano e introduziu outro diferente em poucos segundos. Zimerman é conhecido por modificar os instrumentos onde toca de acordo com as suas especificações, nomeadamente até com a utilização de alguns químicos nos martelos do piano, mas não é todos os dias que se vê um Steinway ser transformado mesmo à frente do nosso nariz. Ele inclusivamente concebeu um sistema muito específico de transporte dos seus pianos.O resultado foi logo óbvio assim que começou a tocar a Sonata No.32 em Dó menor, Op.111 de Beethoven: o volume sonoro era muito maior bem como o brilho. O registo agudo era agora bem mais luminoso e os graves mais potentes. Nada como tinha sido o seu som (quase de Cravo) na Partita de Bach.A surpresa final estava reservada mais para a frente: a sua recusa em tocar qualquer encore que fosse, isto mesmo com uma ovação em pé da parte do público presente.

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