Medina considera "fora de tempo” discutir continuidade de Costa na Câmara de Lisboa

23-09-2015
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Medina considera "fora de tempo” discutir continuidade de Costa na Câmara de Lisboa

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Inês Boaventura

03/06/2014 - 18:29

Fernando Medina poderá assumirá a presidência da câmara, se António Costa chegar à liderança do PS.

Rui Gaudêncio




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PS
PSD
António Costa
Câmara de Lisboa
Autárquicas 2013

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Líderes distritais marcam reunião à revelia da direcção do PS

O vice-presidente da Câmara de Lisboa diz que discutir a continuidade de António Costa na presidência do município é “uma questão que não tem relevância, nem oportunidade, e é imiscuir-se na vida interna do PS”. Fernando Medina acusa o PSD de “tentar criar um número político” ao levantar esta questão na Assembleia Municipal. “Não terá resposta”, avisou.

O autarca socialista reagia assim a uma moção, apresentada pelo líder da bancada social-democrata, na qual se perguntava se António Costa mantinha a ideia (por si defendida em 2013) de que a liderança do PS era “incompatível” com a presidência da câmara e se iria manter-se neste cargo até ao final do mandato. Sérgio Azevedo questionava ainda se, caso tal não acontecesse, o executivo camarário teria “a mesma legitimidade” para concretizar o programa sufragado nas últimas autárquicas.“É uma questão fora de tempo. Não há sequer eleições marcadas no PS”, afirmou Fernando Medina. O número dois de António Costa, e seu previsível sucessor na presidência do município, defendeu ainda que o executivo “não só tem legitimidade, como tem obrigação de cumprir o seu programa eleitoral”.Já Sérgio Azevedo sustentou que “não é aceitável que uma câmara como a de Lisboa seja governada por uma liderança a prazo” e que a cidade esteja “sujeita aos calendários eleitorais internos de qualquer partido político”.Para o líder da bancada do PSD, a saída de António Costa da Câmara de Lisboa representará “uma quebra do contrato celebrado com os lisboetas”. Sérgio Azevedo terminou a sua intervenção considerando que o facto de o autarca ter estado ausente da reunião desta terça-feira da Assembleia Municipal e de ter delegado no seu vice-presidente a resposta a esta moção “reveste de total oportunidade” as perguntas nela colocadas.A iniciativa dos deputados municipais sociais-democratas foi mal recebida pelos partidos à esquerda. Recordando os casos de Carmona Rodrigues e de Santana Lopes (que saíram da Câmara de Lisboa para assumir, respectivamente, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação e o cargo de primeiro ministro), o socialista Rui Paulo Figueiredo classificou a moção como “manifestamente incoerente”.Referindo-se a esses episódios, o deputado municipal sublinhou que “nunca o PS colocou em causa a legitimidade de funcionamento da câmara, e o PSD também não”. Quanto a António Costa, Rui Paulo Figueiredo considerou que aquilo que está em causa são “questões internas” do seu partido, mas deixou uma garantia: “Fique o PSD descansado. O presidente António Costa continua a trabalhar e continuará”. “Temos uma câmara a funcionar”, concluiu o líder da bancada socialista.Tanto Ricardo Robles (BE) como Modesto Navarro (PCP) criticaram também a moção assinada por Sérgio Azevedo, observando que o PSD até tem apoiado António Costa nalguns dos momentos mais marcantes dos seus mandatos como presidente da Câmara de Lisboa, nomeadamente na reorganização administrativa.PS, PCP, BE, PEV, PAN e os deputados independentes dos Cidadãos por Lisboa votaram contra esta moção. CDS, MPT e PNPN (Parque das Nações Por Nós) abstiveram-se e o PSD foi o único partido a votá-la favoravelmente.    




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Rui Gaudêncio




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O vice-presidente da Câmara de Lisboa diz que discutir a continuidade de António Costa na presidência do município é “uma questão que não tem relevância, nem oportunidade, e é imiscuir-se na vida interna do PS”. Fernando Medina acusa o PSD de “tentar criar um número político” ao levantar esta questão na Assembleia Municipal. “Não terá resposta”, avisou.

O autarca socialista reagia assim a uma moção, apresentada pelo líder da bancada social-democrata, na qual se perguntava se António Costa mantinha a ideia (por si defendida em 2013) de que a liderança do PS era “incompatível” com a presidência da câmara e se iria manter-se neste cargo até ao final do mandato. Sérgio Azevedo questionava ainda se, caso tal não acontecesse, o executivo camarário teria “a mesma legitimidade” para concretizar o programa sufragado nas últimas autárquicas.“É uma questão fora de tempo. Não há sequer eleições marcadas no PS”, afirmou Fernando Medina. O número dois de António Costa, e seu previsível sucessor na presidência do município, defendeu ainda que o executivo “não só tem legitimidade, como tem obrigação de cumprir o seu programa eleitoral”.Já Sérgio Azevedo sustentou que “não é aceitável que uma câmara como a de Lisboa seja governada por uma liderança a prazo” e que a cidade esteja “sujeita aos calendários eleitorais internos de qualquer partido político”.Para o líder da bancada do PSD, a saída de António Costa da Câmara de Lisboa representará “uma quebra do contrato celebrado com os lisboetas”. Sérgio Azevedo terminou a sua intervenção considerando que o facto de o autarca ter estado ausente da reunião desta terça-feira da Assembleia Municipal e de ter delegado no seu vice-presidente a resposta a esta moção “reveste de total oportunidade” as perguntas nela colocadas.A iniciativa dos deputados municipais sociais-democratas foi mal recebida pelos partidos à esquerda. Recordando os casos de Carmona Rodrigues e de Santana Lopes (que saíram da Câmara de Lisboa para assumir, respectivamente, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação e o cargo de primeiro ministro), o socialista Rui Paulo Figueiredo classificou a moção como “manifestamente incoerente”.Referindo-se a esses episódios, o deputado municipal sublinhou que “nunca o PS colocou em causa a legitimidade de funcionamento da câmara, e o PSD também não”. Quanto a António Costa, Rui Paulo Figueiredo considerou que aquilo que está em causa são “questões internas” do seu partido, mas deixou uma garantia: “Fique o PSD descansado. O presidente António Costa continua a trabalhar e continuará”. “Temos uma câmara a funcionar”, concluiu o líder da bancada socialista.Tanto Ricardo Robles (BE) como Modesto Navarro (PCP) criticaram também a moção assinada por Sérgio Azevedo, observando que o PSD até tem apoiado António Costa nalguns dos momentos mais marcantes dos seus mandatos como presidente da Câmara de Lisboa, nomeadamente na reorganização administrativa.PS, PCP, BE, PEV, PAN e os deputados independentes dos Cidadãos por Lisboa votaram contra esta moção. CDS, MPT e PNPN (Parque das Nações Por Nós) abstiveram-se e o PSD foi o único partido a votá-la favoravelmente.    




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