Nesta altura do ano, muito se escreve sobre os fogos florestais. Todos são especialistas. É todos os anos a mesma coisa: chega o verão e começam os incêndios, os jornalistas fazem reportagens em directo à frente das chamas, os bombeiros queixam-se da falta de meios, os comentadores perguntam como é possível que ninguém se tenha lembrado de limpar as florestas e há sempre um parvo que assinala que é todos os anos a mesma coisa. O aspecto mais intrigante dos incêndios de verão é a aparente surpresa com que acolhemos um fenómeno que é recorrente e pontual. Não há nada mais previsível do que os fogos em Agosto, e no entanto continuam a abrir telejornais.Toda a gente está preparada para a Volta a Portugal em Bicicleta, mas ninguém espera a Volta a Portugal em Carro de Bombeiros, que decorre todos os verões exactamente na mesma altura.LeiaAQUIa crónica de Ricardo Araújo Pereira, na Visão.
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Nesta altura do ano, muito se escreve sobre os fogos florestais. Todos são especialistas. É todos os anos a mesma coisa: chega o verão e começam os incêndios, os jornalistas fazem reportagens em directo à frente das chamas, os bombeiros queixam-se da falta de meios, os comentadores perguntam como é possível que ninguém se tenha lembrado de limpar as florestas e há sempre um parvo que assinala que é todos os anos a mesma coisa. O aspecto mais intrigante dos incêndios de verão é a aparente surpresa com que acolhemos um fenómeno que é recorrente e pontual. Não há nada mais previsível do que os fogos em Agosto, e no entanto continuam a abrir telejornais.Toda a gente está preparada para a Volta a Portugal em Bicicleta, mas ninguém espera a Volta a Portugal em Carro de Bombeiros, que decorre todos os verões exactamente na mesma altura.LeiaAQUIa crónica de Ricardo Araújo Pereira, na Visão.