OEIRAS LOCAL: O MENINO DO TELEMÓVEL

06-07-2011
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Há bastante tempo que se vinha sabendo de casos graves de indisciplina nas escolas e pedindo medidas drásticas contra aqueles que os praticam. Mas os tais ratios com que nos querem enganar, têm facilitado comportamentos e medidas intoleráveis: abolição de exames, maneiras de contornar as faltas dos alunos, pressão sobre os professores para elevar as médias para o bom nome das escolas e do ensino, cortes orçamentais que conduzem a falta gritante de pessoal nas escolas, burocracias para expulsar um aluno da aula, e muitas mais.Mas… às vezes Deus escreve direito por linhas tortas: um menino utilizando as novas tecnologias e furando regras teoricamente proibidas, filmou uma cena talvez até banal, do comportamento corriqueiro de alunos “participativos” numa cena de má educação (e até de agressão), em que uma aluna não acata ser chamada a atenção pela professora que lhe retira o telemóvel por ser um utensílio não autorizado de ser usado durante a aula.Como na carta a Garcia, o mensageiro que levou a carta será tão herói como o general que ganhou a batalha, também o aluno que colocou estas imagens na Internet obrigou a que durante estes últimos quinze dias finalmente os responsáveis não pudessem por mais tempo assobiar para o lado. Nada será como antes. O menino foi penalizado porque utilizou um utensílio proibido de usar na sala de aula e divulgou o seu conteúdo de modo a que outros o aproveitaram para informar o País. Às vezes é mesmo preciso aproveitar o erro para acordarmos quem anda distraído antes que aconteça um mal que fique depois sem remédio. Clotilde Moreira / Algés


Há bastante tempo que se vinha sabendo de casos graves de indisciplina nas escolas e pedindo medidas drásticas contra aqueles que os praticam. Mas os tais ratios com que nos querem enganar, têm facilitado comportamentos e medidas intoleráveis: abolição de exames, maneiras de contornar as faltas dos alunos, pressão sobre os professores para elevar as médias para o bom nome das escolas e do ensino, cortes orçamentais que conduzem a falta gritante de pessoal nas escolas, burocracias para expulsar um aluno da aula, e muitas mais.Mas… às vezes Deus escreve direito por linhas tortas: um menino utilizando as novas tecnologias e furando regras teoricamente proibidas, filmou uma cena talvez até banal, do comportamento corriqueiro de alunos “participativos” numa cena de má educação (e até de agressão), em que uma aluna não acata ser chamada a atenção pela professora que lhe retira o telemóvel por ser um utensílio não autorizado de ser usado durante a aula.Como na carta a Garcia, o mensageiro que levou a carta será tão herói como o general que ganhou a batalha, também o aluno que colocou estas imagens na Internet obrigou a que durante estes últimos quinze dias finalmente os responsáveis não pudessem por mais tempo assobiar para o lado. Nada será como antes. O menino foi penalizado porque utilizou um utensílio proibido de usar na sala de aula e divulgou o seu conteúdo de modo a que outros o aproveitaram para informar o País. Às vezes é mesmo preciso aproveitar o erro para acordarmos quem anda distraído antes que aconteça um mal que fique depois sem remédio. Clotilde Moreira / Algés

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