Poesia Portuguesa: Embriaguez

30-06-2011
marcar artigo

Imagem de Daniel Costa-Lourenço O vento espalha pétalas de lua sobre a calma da noiteAbrindo as nuvens de medos sussurrantes,Revelando um céu quase virgem de olharesComo se fosse a única vez que te tocasseE a última,De tal forma fulguranteQue acendemos fogos sobre a água escura do rioCom restos de entardecer,Crepitando assustadoramente os nossos nomes,O vernáculo que soltas quando nos temos,Os nomes das coisas que inventamos, e fazemosSobre o suor das risos ao crepúsculo,Dos suspiros que se confundem com o rumor da manhã,Sem rumo, sem norte, sem bússola,Perdidos,Num recanto qualquer com vista para o Tejo,Vagueando, algures na nossa embriaguez,Devorando-nos em surdina,Reclinados sobre um precipício que não acaba.É tudo o que temos,Quando nos temos…(Poema de db in mar.da.Palha)

Imagem de Daniel Costa-Lourenço O vento espalha pétalas de lua sobre a calma da noiteAbrindo as nuvens de medos sussurrantes,Revelando um céu quase virgem de olharesComo se fosse a única vez que te tocasseE a última,De tal forma fulguranteQue acendemos fogos sobre a água escura do rioCom restos de entardecer,Crepitando assustadoramente os nossos nomes,O vernáculo que soltas quando nos temos,Os nomes das coisas que inventamos, e fazemosSobre o suor das risos ao crepúsculo,Dos suspiros que se confundem com o rumor da manhã,Sem rumo, sem norte, sem bússola,Perdidos,Num recanto qualquer com vista para o Tejo,Vagueando, algures na nossa embriaguez,Devorando-nos em surdina,Reclinados sobre um precipício que não acaba.É tudo o que temos,Quando nos temos…(Poema de db in mar.da.Palha)

marcar artigo