Que Treta!: O que o Cristianismo nos trouxe.

03-07-2011
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Segundo o Bernardo Motta (1), sem o Cristianismo estávamos tramados. Jesus, ao morrer na cruz e ressuscitar, trouxe a todos os homens a«1. Verdade objectiva: o verdadeiro é o adequado ao real»Antes do sacrifício do Deus encarnado em homem ninguém se tinha lembrado de separar a verdade da mentira conforme o que se adequava ao real. Foi um período de grande confusão, como devem imaginar. Era ventiras e merdades e ninguém se entendia. O que safou foi São Aristóteles, aquele grande Cristão, escrever que «Dizer do que é que não é ou dizer do que não é que é, é falso, enquanto dizer do que é que é e do que não é que não é, é verdadeiro». Graças a Deus.Outra coisa que o Cristianismo nos deu foi:«2. Confiança nos sentidos: o mundo é cognoscível e estável, com leis boas porque feitas por um Deus bom»Foi um alívio. Desde o paleolítico inferior que o pessoal andava atrapalhado com isto. Cada vez que se atirava uma pedra ninguém sabia se ia cair, ficar no ar ou transformar-se num burro falante. Andava tudo com úlceras só dos nervos. A crucifixão de Jesus deu logo a todos uma grande confiança nos sentidos e mostrou como o mundo é cognoscível e estável («always look on the bright side of life...»). Excepto a Santíssima Trindade. E os milagres, claro. E os Mistérios. E a fé, a Verdade transcendente, o supra-empírico, o... enfim, o facto é que desde que Jesus morreu que as pedras têm caído para baixo, e é assim que deve ser.«3. Amor à investigação natural: o mundo não é uma criação maligna de uma entidade gnóstica, mas sim a criação boa de um Deus bom»Muito melhor que a regra antiga. Ninguém ligava a «3. Amor à investigação natural: saber que as bagas são venenosas é mais útil antes de as comer», e é por isso que antes do nascimento milagroso do Salvador ninguém se tinha incomodado a descobrir seja o que fosse. Podem imaginar o frenesim naquele primeiro Natal, com tudo a correr a inventar a pedra lascada, como fazer fogueiras e trabalhar o bronze e o ferro, a domesticar animais, construir pirâmides e assim por diante. Até os desgraçados dos reis se atrasaram quase duas semanas porque tiveram que descobrir a mirra, o ouro e o incenso pelo caminho. Felizmente, tudo acabou bem («always look on the bright side of life...»).«4. Primado da razão: Deus não é irracional, porque o irracional é uma violação do intelecto, e o intelecto humano é feito à imagem e semelhança do intelecto divino»O primado da razão ficou demonstrado quando Deus fez um filho a uma virgem, encarnou no seu próprio filho e deixou-se torturar até à morte para ressuscitar ao fim de três dias e desaparecer outra vez, sendo esta a única forma de perdoar aos homens os pecados dos seus antepassados. O comércio de drogas psicotrópicas e o sucesso das religiões comprovam que o intelecto humano é feito à imagem e semelhança do intelecto divino.O António Parente aconselhou-me a preceder todas as afirmações com «eu penso que», não vá alguém julgar que isto se escreveu sozinho ou coisa que o valha. Lamento, mas não posso escrever o que penso destas quatro proposições num blog acessível a menores.1- 18-1-08, O cristianismo e a Europa.


Segundo o Bernardo Motta (1), sem o Cristianismo estávamos tramados. Jesus, ao morrer na cruz e ressuscitar, trouxe a todos os homens a«1. Verdade objectiva: o verdadeiro é o adequado ao real»Antes do sacrifício do Deus encarnado em homem ninguém se tinha lembrado de separar a verdade da mentira conforme o que se adequava ao real. Foi um período de grande confusão, como devem imaginar. Era ventiras e merdades e ninguém se entendia. O que safou foi São Aristóteles, aquele grande Cristão, escrever que «Dizer do que é que não é ou dizer do que não é que é, é falso, enquanto dizer do que é que é e do que não é que não é, é verdadeiro». Graças a Deus.Outra coisa que o Cristianismo nos deu foi:«2. Confiança nos sentidos: o mundo é cognoscível e estável, com leis boas porque feitas por um Deus bom»Foi um alívio. Desde o paleolítico inferior que o pessoal andava atrapalhado com isto. Cada vez que se atirava uma pedra ninguém sabia se ia cair, ficar no ar ou transformar-se num burro falante. Andava tudo com úlceras só dos nervos. A crucifixão de Jesus deu logo a todos uma grande confiança nos sentidos e mostrou como o mundo é cognoscível e estável («always look on the bright side of life...»). Excepto a Santíssima Trindade. E os milagres, claro. E os Mistérios. E a fé, a Verdade transcendente, o supra-empírico, o... enfim, o facto é que desde que Jesus morreu que as pedras têm caído para baixo, e é assim que deve ser.«3. Amor à investigação natural: o mundo não é uma criação maligna de uma entidade gnóstica, mas sim a criação boa de um Deus bom»Muito melhor que a regra antiga. Ninguém ligava a «3. Amor à investigação natural: saber que as bagas são venenosas é mais útil antes de as comer», e é por isso que antes do nascimento milagroso do Salvador ninguém se tinha incomodado a descobrir seja o que fosse. Podem imaginar o frenesim naquele primeiro Natal, com tudo a correr a inventar a pedra lascada, como fazer fogueiras e trabalhar o bronze e o ferro, a domesticar animais, construir pirâmides e assim por diante. Até os desgraçados dos reis se atrasaram quase duas semanas porque tiveram que descobrir a mirra, o ouro e o incenso pelo caminho. Felizmente, tudo acabou bem («always look on the bright side of life...»).«4. Primado da razão: Deus não é irracional, porque o irracional é uma violação do intelecto, e o intelecto humano é feito à imagem e semelhança do intelecto divino»O primado da razão ficou demonstrado quando Deus fez um filho a uma virgem, encarnou no seu próprio filho e deixou-se torturar até à morte para ressuscitar ao fim de três dias e desaparecer outra vez, sendo esta a única forma de perdoar aos homens os pecados dos seus antepassados. O comércio de drogas psicotrópicas e o sucesso das religiões comprovam que o intelecto humano é feito à imagem e semelhança do intelecto divino.O António Parente aconselhou-me a preceder todas as afirmações com «eu penso que», não vá alguém julgar que isto se escreveu sozinho ou coisa que o valha. Lamento, mas não posso escrever o que penso destas quatro proposições num blog acessível a menores.1- 18-1-08, O cristianismo e a Europa.

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