O branqueamento da máquina de campanha socialista feito na TSF

03-07-2011
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Diário de campanha da TSF, pelas 19h10m de hoje. A reportagem diz que foi ver como funciona a máquina da campanha socialista de que se fala. Foi entrevistado o “Director de Caravana”, Rui Pereira.

O repórter começou por dar o mote. “Nestas legislativas o PS reduzudiu os meios em relação a outros anos. Força da crise, que obriga a contenção.” O entrevistado continuou e descreveu a dita máquina de campanha assim: “1 autocarro; cenário dos comícios; 3 automóveis; 6 carrinhas”. Acrescenta o repórter que “a comitiva, a chamada máquina, move-se no terreno a voluntarismo e militância” e complementa o entrevistado afirmando que há “algumas empresas contratadas nas funções técnicas (som, luz, essas coisas)”.

Nenhum destes meios foi referido:

5 (cinco!) autocarros em permanência

20 (vinte!) monovolumes em permanência

1 camião TIR com palco, régie, ecrã gigante e 3 técnicos

3 bancadas para 250 pessoas sentadas

2 estruturas com som profissional

t-shirts, sacos de pano, canetas, calendários, chapéus, flyers, autocolantes, etc.

mobilização constante de dezenas de autocarros para levar “apoiantes” aos comícios

Este momento TSF foi reportagem ou tempo de antena? Possivelmente, quando os restantes partidos tiveram o seu tempo hertziano, também a mesma ausência de reportagem teve lugar. Serão gostos, mas eu prefiro um retrato do que vê o repórter, mesmo que parcial (tenho discernimento!) em vez do instantâneo devidamente embrulhado pelas assessorias de imprensa.

Actualização 1:

Informação disponível no site da TSF sobre a reportagem em causa:

A máquina socialista em funcionamento A TSF foi ver como funciona a organização de uma acção de campanha do PS e falou sobre este assunto com Rui Pereira, director de caravana desde 1995.

«Foi ver» e viu?!

PS diz que vai “alterar o rumo das sondagens”. Como se vê, meios para o tentar não lhe falta. Resta saber qual pesa mais no momento do voto, se a encenação, se o bolso vazio.

Actualização 2:

Tendo a TSF entretanto disponibilizado o áudio, estive a ouvir com mais atenção e actualizei o post. Respondendo à minha própria questão, concluo que esta peça é mais um tempo de antena do que uma reportagem. Mas poderão os leitores elaborar as suas próprias conclusões ouvindo o áudio em questão.

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Diário de campanha da TSF, pelas 19h10m de hoje. A reportagem diz que foi ver como funciona a máquina da campanha socialista de que se fala. Foi entrevistado o “Director de Caravana”, Rui Pereira.

O repórter começou por dar o mote. “Nestas legislativas o PS reduzudiu os meios em relação a outros anos. Força da crise, que obriga a contenção.” O entrevistado continuou e descreveu a dita máquina de campanha assim: “1 autocarro; cenário dos comícios; 3 automóveis; 6 carrinhas”. Acrescenta o repórter que “a comitiva, a chamada máquina, move-se no terreno a voluntarismo e militância” e complementa o entrevistado afirmando que há “algumas empresas contratadas nas funções técnicas (som, luz, essas coisas)”.

Nenhum destes meios foi referido:

5 (cinco!) autocarros em permanência

20 (vinte!) monovolumes em permanência

1 camião TIR com palco, régie, ecrã gigante e 3 técnicos

3 bancadas para 250 pessoas sentadas

2 estruturas com som profissional

t-shirts, sacos de pano, canetas, calendários, chapéus, flyers, autocolantes, etc.

mobilização constante de dezenas de autocarros para levar “apoiantes” aos comícios

Este momento TSF foi reportagem ou tempo de antena? Possivelmente, quando os restantes partidos tiveram o seu tempo hertziano, também a mesma ausência de reportagem teve lugar. Serão gostos, mas eu prefiro um retrato do que vê o repórter, mesmo que parcial (tenho discernimento!) em vez do instantâneo devidamente embrulhado pelas assessorias de imprensa.

Actualização 1:

Informação disponível no site da TSF sobre a reportagem em causa:

A máquina socialista em funcionamento A TSF foi ver como funciona a organização de uma acção de campanha do PS e falou sobre este assunto com Rui Pereira, director de caravana desde 1995.

«Foi ver» e viu?!

PS diz que vai “alterar o rumo das sondagens”. Como se vê, meios para o tentar não lhe falta. Resta saber qual pesa mais no momento do voto, se a encenação, se o bolso vazio.

Actualização 2:

Tendo a TSF entretanto disponibilizado o áudio, estive a ouvir com mais atenção e actualizei o post. Respondendo à minha própria questão, concluo que esta peça é mais um tempo de antena do que uma reportagem. Mas poderão os leitores elaborar as suas próprias conclusões ouvindo o áudio em questão.

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