CIDADANIA LX: Centro social abandonado pela autarquia em Campo de Ourique foi alagado pela chuva

09-07-2014
marcar artigo


In Público (27/1/2011)Por José António Cerejo «Prédio construído pela câmara para centro social foi primeiro vandalizado. Agora, a chuva estragou muito do que restavaEdifício custou mais de um milhão de eurosOs andares superiores do edifício construído pela Câmara de Lisboa para acolher um centro social na Rua de Ferreira Borges foram gravemente danificados pelo entupimento do sistema de drenagem de águas pluviais. Os segundo, terceiro e quarto andares do prédio - que nunca teve qualquer utilização e está abandonado há quatro anos - apresentam vastas áreas dos tectos falsos caídas no chão, com os pavimentos inundados, molduras de portas e rodapés rebentadas e musgo a subir pelas paredes.Estes danos foram descobertos na sexta-feira, dia em que a autarquia deveria ter procedido à recepção definitiva da obra, que lhe tinha sido entregue em Janeiro de 2010 pelo empreiteiro, sem qualquer problema desse tipo. Até então, o prédio tinha estado sob a responsabilidade do empreiteiro, a empresa Sobagogue, que tinha deixado os trabalhos praticamente concluídos em 2006, mas manteve um contencioso com o município até Dezembro de 2009, devido às dívidas da autarquia (ver outro texto).Nos últimos meses, o imóvel esteve entregue aos serviços camarários, que o deixaram ao abandono e agora constataram os prejuízos causados pelas chuvas. Anteontem, o local, em Campo de Ourique, foi visitado por técnicos do município e do empreiteiro. Ao que tudo indica, as inundações ficaram a dever-se ao entupimento dos sumidoiros do terraço que cobre o edifício e dos canos de drenagem que correm entre a laje e o tecto falso do último piso.Este foi o mais afectado, com os pavimentos cobertos pelos restos das placas de pladur do tecto desfeitas pela água e as tubagens ainda a escorrer para o chão. O edifício foi vandalizado no mês passado (PÚBLICO, 4 de Janeiro) com a quebra das montras, o roubo de extintores e parte das instalações eléctricas arrancada. Dois anos antes, porém, a lavandaria e a cozinha industriais, situadas na cave e completamente equipadas, já tinham sido alvo de roubo e vandalismo. Hoje, os vidros das janelas e da porta (que dão para o saguão) cobrem o solo e os equipamentos que nunca foram usados, nem roubados devido à sua grande dimensão, estão parcialmente cobertos de ferrugem.


In Público (27/1/2011)Por José António Cerejo «Prédio construído pela câmara para centro social foi primeiro vandalizado. Agora, a chuva estragou muito do que restavaEdifício custou mais de um milhão de eurosOs andares superiores do edifício construído pela Câmara de Lisboa para acolher um centro social na Rua de Ferreira Borges foram gravemente danificados pelo entupimento do sistema de drenagem de águas pluviais. Os segundo, terceiro e quarto andares do prédio - que nunca teve qualquer utilização e está abandonado há quatro anos - apresentam vastas áreas dos tectos falsos caídas no chão, com os pavimentos inundados, molduras de portas e rodapés rebentadas e musgo a subir pelas paredes.Estes danos foram descobertos na sexta-feira, dia em que a autarquia deveria ter procedido à recepção definitiva da obra, que lhe tinha sido entregue em Janeiro de 2010 pelo empreiteiro, sem qualquer problema desse tipo. Até então, o prédio tinha estado sob a responsabilidade do empreiteiro, a empresa Sobagogue, que tinha deixado os trabalhos praticamente concluídos em 2006, mas manteve um contencioso com o município até Dezembro de 2009, devido às dívidas da autarquia (ver outro texto).Nos últimos meses, o imóvel esteve entregue aos serviços camarários, que o deixaram ao abandono e agora constataram os prejuízos causados pelas chuvas. Anteontem, o local, em Campo de Ourique, foi visitado por técnicos do município e do empreiteiro. Ao que tudo indica, as inundações ficaram a dever-se ao entupimento dos sumidoiros do terraço que cobre o edifício e dos canos de drenagem que correm entre a laje e o tecto falso do último piso.Este foi o mais afectado, com os pavimentos cobertos pelos restos das placas de pladur do tecto desfeitas pela água e as tubagens ainda a escorrer para o chão. O edifício foi vandalizado no mês passado (PÚBLICO, 4 de Janeiro) com a quebra das montras, o roubo de extintores e parte das instalações eléctricas arrancada. Dois anos antes, porém, a lavandaria e a cozinha industriais, situadas na cave e completamente equipadas, já tinham sido alvo de roubo e vandalismo. Hoje, os vidros das janelas e da porta (que dão para o saguão) cobrem o solo e os equipamentos que nunca foram usados, nem roubados devido à sua grande dimensão, estão parcialmente cobertos de ferrugem.

marcar artigo