Cidadãos auto-mobilizados pedem demissão de Rui Pereira

26-01-2012
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A Associação de Cidadãos Auto-mobilizados (ACA-M) defende a demissão do ministro da Administração Interna. Rui Pereira é considerado o principal responsável pelo facto de os condutores se sentirem impunes face às infracções rodoviárias que cometem. Essa alegada impunidade é uma consequência do desinvestimento da GNR nas acções preventivas, acusa.

A posição da ACA-M foi avançada ontem ao PÚBLICO pelo dirigente Manuel João Ramos quando instado a comentar o facto de, no período de uma semana, terem morrido nas estradas portuguesas 22 pessoas e mais 56 terem sofrido ferimentos graves. No ano passado, em todo o mês de Agosto, morreram 74 pessoas em acidentes de viação.

"Seria muito justo que este ministro se demitisse por omissão de acção. O seu desempenho enquanto responsável está a causar mortos e feridos", disse Manuel João Ramos, lembrando que o ministro, "não sendo o responsável pela extinção da Brigada de Trânsito, também nada tem feito para que a mesma volte a ser reactivada e para que assim possa ser dado um passo para resolver o problema da sinistralidade".

Actualmente, com o controlo do trânsito espalhado por 18 comandos distritais da GNR, "há uma clara tendência para retirar as patrulhas que antes faziam acções preventivas e colocá-las em locais onde se pretende apenas multar. A prática deste Governo é a caça à multa", acusa.

Ainda de acordo com o mesmo responsável, os comandantes distritais da GNR sabem que a avaliação dos seus desempenhos também se mede pelo número de multas passadas e, por isso, preferem mandar as patrulhas para locais onde apenas buscam as autuações do que colocá-las em acções de prevenção. "Hoje é quase impossível avistar uma patrulha na auto-estrada, uma vez que estão todas destacadas para as vias interiores. Na Europa, a distância média do patrulhamento nas vias, tendo em conta que os carros circulam a 80 quilómetros/hora, é de 35 quilómetros. Em Portugal essa distância é de 200. Quase que é possível atravessar o país de alto a baixo sem avistar uma patrulha em trabalho preventivo", diz.

O PÚBLICO falou também com o oficial de dia ao Comando-Geral da GNR, major Alves, que salientou a dificuldade de indicar os motivos de eventuais aumentos da sinistralidade rodoviária. "Há diversos factores a ter conta, tais como a qualidade das estradas, a conservação dos veículos, o consumo de álcool ou droga, as condições climatéricas, o respeito pela sinalização. Por vezes basta um só acidente, com três ou quatro mortos, para alterar toda a estatística."

A Associação de Cidadãos Auto-mobilizados (ACA-M) defende a demissão do ministro da Administração Interna. Rui Pereira é considerado o principal responsável pelo facto de os condutores se sentirem impunes face às infracções rodoviárias que cometem. Essa alegada impunidade é uma consequência do desinvestimento da GNR nas acções preventivas, acusa.

A posição da ACA-M foi avançada ontem ao PÚBLICO pelo dirigente Manuel João Ramos quando instado a comentar o facto de, no período de uma semana, terem morrido nas estradas portuguesas 22 pessoas e mais 56 terem sofrido ferimentos graves. No ano passado, em todo o mês de Agosto, morreram 74 pessoas em acidentes de viação.

"Seria muito justo que este ministro se demitisse por omissão de acção. O seu desempenho enquanto responsável está a causar mortos e feridos", disse Manuel João Ramos, lembrando que o ministro, "não sendo o responsável pela extinção da Brigada de Trânsito, também nada tem feito para que a mesma volte a ser reactivada e para que assim possa ser dado um passo para resolver o problema da sinistralidade".

Actualmente, com o controlo do trânsito espalhado por 18 comandos distritais da GNR, "há uma clara tendência para retirar as patrulhas que antes faziam acções preventivas e colocá-las em locais onde se pretende apenas multar. A prática deste Governo é a caça à multa", acusa.

Ainda de acordo com o mesmo responsável, os comandantes distritais da GNR sabem que a avaliação dos seus desempenhos também se mede pelo número de multas passadas e, por isso, preferem mandar as patrulhas para locais onde apenas buscam as autuações do que colocá-las em acções de prevenção. "Hoje é quase impossível avistar uma patrulha na auto-estrada, uma vez que estão todas destacadas para as vias interiores. Na Europa, a distância média do patrulhamento nas vias, tendo em conta que os carros circulam a 80 quilómetros/hora, é de 35 quilómetros. Em Portugal essa distância é de 200. Quase que é possível atravessar o país de alto a baixo sem avistar uma patrulha em trabalho preventivo", diz.

O PÚBLICO falou também com o oficial de dia ao Comando-Geral da GNR, major Alves, que salientou a dificuldade de indicar os motivos de eventuais aumentos da sinistralidade rodoviária. "Há diversos factores a ter conta, tais como a qualidade das estradas, a conservação dos veículos, o consumo de álcool ou droga, as condições climatéricas, o respeito pela sinalização. Por vezes basta um só acidente, com três ou quatro mortos, para alterar toda a estatística."

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