Investidores protegem-se contra a turbulência

21-07-2015
marcar artigo

Bolsas - Gestores de fundos conservam liquidez em carteira

Segundo uma sondagem realizada mensalmente pelo Bank of America Merrill Lynch, os gestores de fundos de investimento estão a conservar cerca de 5,5% das suas carteiras em liquidez, um máximo desde o colapso do Lehman Brothers em 2008. Esta é uma reação que estará associada à turbulência na bolsa chinesa e à instabilidade na Grécia - ainda que a exposição a ações tenha aumentado no último mês de 38% para 42%, a percentagem de gestores que adquiriu instrumentos de proteção contra a queda de ações para o próximo trimestre atingiu também máximos desde fevereiro de 2008. A sondagem realizada junto de 149 gestores indica ainda um maior pessimismo para a economia global, com apenas 42% a prever uma aceleração do crescimento, face a 55% no mês anterior: uma rutura da zona euro e uma onda de ‘defaults' nas empresas chinesas são os principais riscos apontados.

MELHOR ÍNDICE DA SEMANA

O índice de referência da bolsa de Lisboa destaca-se com o melhor registo semanal no mundo. 9,25% PSI 20

Dívida - Período de férias já sente nas emissões de dívida

Estamos a entrar num período do ano de reduzido número de novas emissões de obrigações por parte de empresas não financeiras. Os preços a que se emite, apesar de estarem melhores que há umas semanas, estão longe dos mínimos atingidos em abril. A aproximação do período de férias afasta parte do interesse comprador, ajudando a que as decisões de financiamento por esta via sejam adiadas para depois do verão. Nos prazos curtos tudo permanece perto de 0%, algo que ficou evidente na última emissão de bilhetes de tesouro da República Portuguesa.

Câmbios - Libra sobe com Carney e salários

A inflação homóloga no Reino Unido voltou a recuar, de 0,1% para 0,0%. Talvez por isso o discurso de terça-feira de Mark Carney (Governador do Banco de Inglaterra) tenha surpreendido ainda mais e a libra avançou em toda a linha. Carney afirmou que a subida de taxas de juro está mais próxima, com a economia a dar sinais de melhoria, e que as famílias devem preparar-se para custos de financiamento mais altos. Mais uma vez, desvalorizou a descida "temporária" da inflação e que nesta altura é a evolução salarial que assume maior importância. O relatório de emprego mostrou a primeira subida da taxa de desemprego dos últimos dois anos, de 5,5% para 5,6% - que se deveu essencialmente a um menor número de pessoas a trabalhar em part-time. Os salários (incluindo bónus) avançaram 3,2%, o que constitui o ritmo mais acelerado em mais de cinco anos.

Matérias-primas - Mercado do açúcar em mudança com défice de oferta

Durante cinco anos consecutivos registou-se um excedente no mercado global do açúcar, resultando num movimento contínuo de declínio das cotações desde um pico máximo de 2011 para recentes mínimos. Na praça de Nova Iorque, as cotações caíram dos 36,08 cents/lb, em fevereiro de 2011, para os 11,10 cents/lb no passado dia 19 de junho, sendo que em Londres assiste-se a uma desvalorização dos $890,10/ton, em junho de 2011, para os $343,60/ton, também em meados do mês passado. Contudo, a Organização Internacional do Açúcar aponta para um défice da oferta em 2015/16 e um défice mais intenso em 2016/17, tendo levado a uma recuperação de cerca de 12% e 8% dos recentes mínimos para os níveis atuais, nos 12,45 cents/lb e $372,90/ton, em Nova Iorque e Londres, respetivamente. É portanto expectável a continuação da recuperação das cotações a longo-prazo.

Bolsas - Gestores de fundos conservam liquidez em carteira

Segundo uma sondagem realizada mensalmente pelo Bank of America Merrill Lynch, os gestores de fundos de investimento estão a conservar cerca de 5,5% das suas carteiras em liquidez, um máximo desde o colapso do Lehman Brothers em 2008. Esta é uma reação que estará associada à turbulência na bolsa chinesa e à instabilidade na Grécia - ainda que a exposição a ações tenha aumentado no último mês de 38% para 42%, a percentagem de gestores que adquiriu instrumentos de proteção contra a queda de ações para o próximo trimestre atingiu também máximos desde fevereiro de 2008. A sondagem realizada junto de 149 gestores indica ainda um maior pessimismo para a economia global, com apenas 42% a prever uma aceleração do crescimento, face a 55% no mês anterior: uma rutura da zona euro e uma onda de ‘defaults' nas empresas chinesas são os principais riscos apontados.

MELHOR ÍNDICE DA SEMANA

O índice de referência da bolsa de Lisboa destaca-se com o melhor registo semanal no mundo. 9,25% PSI 20

Dívida - Período de férias já sente nas emissões de dívida

Estamos a entrar num período do ano de reduzido número de novas emissões de obrigações por parte de empresas não financeiras. Os preços a que se emite, apesar de estarem melhores que há umas semanas, estão longe dos mínimos atingidos em abril. A aproximação do período de férias afasta parte do interesse comprador, ajudando a que as decisões de financiamento por esta via sejam adiadas para depois do verão. Nos prazos curtos tudo permanece perto de 0%, algo que ficou evidente na última emissão de bilhetes de tesouro da República Portuguesa.

Câmbios - Libra sobe com Carney e salários

A inflação homóloga no Reino Unido voltou a recuar, de 0,1% para 0,0%. Talvez por isso o discurso de terça-feira de Mark Carney (Governador do Banco de Inglaterra) tenha surpreendido ainda mais e a libra avançou em toda a linha. Carney afirmou que a subida de taxas de juro está mais próxima, com a economia a dar sinais de melhoria, e que as famílias devem preparar-se para custos de financiamento mais altos. Mais uma vez, desvalorizou a descida "temporária" da inflação e que nesta altura é a evolução salarial que assume maior importância. O relatório de emprego mostrou a primeira subida da taxa de desemprego dos últimos dois anos, de 5,5% para 5,6% - que se deveu essencialmente a um menor número de pessoas a trabalhar em part-time. Os salários (incluindo bónus) avançaram 3,2%, o que constitui o ritmo mais acelerado em mais de cinco anos.

Matérias-primas - Mercado do açúcar em mudança com défice de oferta

Durante cinco anos consecutivos registou-se um excedente no mercado global do açúcar, resultando num movimento contínuo de declínio das cotações desde um pico máximo de 2011 para recentes mínimos. Na praça de Nova Iorque, as cotações caíram dos 36,08 cents/lb, em fevereiro de 2011, para os 11,10 cents/lb no passado dia 19 de junho, sendo que em Londres assiste-se a uma desvalorização dos $890,10/ton, em junho de 2011, para os $343,60/ton, também em meados do mês passado. Contudo, a Organização Internacional do Açúcar aponta para um défice da oferta em 2015/16 e um défice mais intenso em 2016/17, tendo levado a uma recuperação de cerca de 12% e 8% dos recentes mínimos para os níveis atuais, nos 12,45 cents/lb e $372,90/ton, em Nova Iorque e Londres, respetivamente. É portanto expectável a continuação da recuperação das cotações a longo-prazo.

marcar artigo