Marques Mendes assume intervenção na mudança do traçado de SCUT

01-03-2013
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O ex-deputado do PSD pelo distrito de Aveiro admite que teve uma intervenção decisiva na alteração do traçado.

Marques Mendes assume mudança no traçado da SCUT da Costa de PrataMarques Mendes, ex-deputado do PSD pelo distrito de Aveiro, admite que teve uma intervenção decisiva na alteração do traçado da ex-SCUT da Costa de Prata, no troço entre Angeja e Estarreja, uma medida que viria a ser chumbada em 2006, pelo governo de José Sócrates, mas que atrasou a conclusão do projecto em quatro anos e implicou sobre-custos para o Estado.

Na resposta escrita ao questionário da Comissão Parlamentar de Inquérito às PPP - Parcerias Público-Privadas, a que o Diário Económico acedeu, Marques Mendes assume que "defendi publicamente, em nome do PSD, em 2001 e anos seguintes, a alteração do traçado que então (2001) estava previsto para a chamada A29". O ex-deputado diz que não se tratou de "uma posição de natureza pessoal", ou "isolada" em termos políticos.

Marques Mendes explica que defendeu a alteração do traçado da ex-SCUT da Costa de Prata porque o que estava previsto, a nascente da linha de caminho-de-ferro, "era considerado excessivamente distante dos aglomerados populacionais dos concelhos de Estarreja, Murtosa, Albergaria e Ovar e, portanto, insuceptível de servir adequadamente os interesses das populações abrangidas". Daí, Marques Mendes e outros deputados de Aveiro, incluindo Paulo Portas, terem avançado com um projecto de resolução para alterar o traçado para poente do caminho-de-ferro, "basicamente considerado como susceptível de servir mais adequadamente os interesses das populações abrangidas", que foi aprovado em 2002.

Essa decisão foi revogada em 2006 pelo governo socialista de então. O PS considera que esta decisão de Marques Mendes iria custar mais 500 milhões de euros ao País: com a revogação da alteração do traçado proposto por Marques Mendes ter-se-á evitado o agravamento de custos em cerca de 311 milhões de euros, mas fontes do PS garantem que mesmo assim houve sobrecustos de mais de 100 milhões de euros que tiveram de ser pagos à concessionária (Ascendi) por tráfego num lanço que nem sequer estava construído e mais cerca de 66 milhões de euros por sobrecustos por paragens da obra e necessidade de realização de novos estudos.

"Marques Mendes sobrepôs o seu interesse eleitoral particular e do seu partido ao interesse nacional, pois confirma que propôs e fez cumprir a promessa feita de desviar o traçado de uma estrada, com um custo superior de 500 milhões de euros, em cima da Ria de Aveiro e sem vantagens de tempo para os portugueses. Apenas para servir melhor os eleitores locais", disse Rui Paulo Figueiredo, deputado do PS, em declarações ao Diário Económico.

O ex-deputado do PSD pelo distrito de Aveiro admite que teve uma intervenção decisiva na alteração do traçado.

Marques Mendes assume mudança no traçado da SCUT da Costa de PrataMarques Mendes, ex-deputado do PSD pelo distrito de Aveiro, admite que teve uma intervenção decisiva na alteração do traçado da ex-SCUT da Costa de Prata, no troço entre Angeja e Estarreja, uma medida que viria a ser chumbada em 2006, pelo governo de José Sócrates, mas que atrasou a conclusão do projecto em quatro anos e implicou sobre-custos para o Estado.

Na resposta escrita ao questionário da Comissão Parlamentar de Inquérito às PPP - Parcerias Público-Privadas, a que o Diário Económico acedeu, Marques Mendes assume que "defendi publicamente, em nome do PSD, em 2001 e anos seguintes, a alteração do traçado que então (2001) estava previsto para a chamada A29". O ex-deputado diz que não se tratou de "uma posição de natureza pessoal", ou "isolada" em termos políticos.

Marques Mendes explica que defendeu a alteração do traçado da ex-SCUT da Costa de Prata porque o que estava previsto, a nascente da linha de caminho-de-ferro, "era considerado excessivamente distante dos aglomerados populacionais dos concelhos de Estarreja, Murtosa, Albergaria e Ovar e, portanto, insuceptível de servir adequadamente os interesses das populações abrangidas". Daí, Marques Mendes e outros deputados de Aveiro, incluindo Paulo Portas, terem avançado com um projecto de resolução para alterar o traçado para poente do caminho-de-ferro, "basicamente considerado como susceptível de servir mais adequadamente os interesses das populações abrangidas", que foi aprovado em 2002.

Essa decisão foi revogada em 2006 pelo governo socialista de então. O PS considera que esta decisão de Marques Mendes iria custar mais 500 milhões de euros ao País: com a revogação da alteração do traçado proposto por Marques Mendes ter-se-á evitado o agravamento de custos em cerca de 311 milhões de euros, mas fontes do PS garantem que mesmo assim houve sobrecustos de mais de 100 milhões de euros que tiveram de ser pagos à concessionária (Ascendi) por tráfego num lanço que nem sequer estava construído e mais cerca de 66 milhões de euros por sobrecustos por paragens da obra e necessidade de realização de novos estudos.

"Marques Mendes sobrepôs o seu interesse eleitoral particular e do seu partido ao interesse nacional, pois confirma que propôs e fez cumprir a promessa feita de desviar o traçado de uma estrada, com um custo superior de 500 milhões de euros, em cima da Ria de Aveiro e sem vantagens de tempo para os portugueses. Apenas para servir melhor os eleitores locais", disse Rui Paulo Figueiredo, deputado do PS, em declarações ao Diário Económico.

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