Eutanásia. Esquerda não deixará passar referendo apoiado pela Igreja

17-03-2020
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O referendo à eutanásia apoiado pela Igreja que tem vindo a ser convocado - nas redes sociais, mas não só - vai ser travado no Parlamento. Toda a esquerda parlamentar, o Iniciativa Liberal e ainda a deputada independente Joacine Katar Moreira está contra a possibilidade da consulta popular, revela o “Público” esta quarta-feira.

Apenas o CDS e o Chega apoiam a ideia de referendar a despenalização da morte assistida. O PSD, por sua vez, diz ter “tudo em aberto. “É praticamente impossível evitar que o processo legislativo não ocorra. Isto deverá ser aprovado e segue para a comissão, para a discussão na especialidade”, assume o vice-presidente da bancada Carlos Peixoto.

Recorde-se: o PSD aprovou em congresso uma moção que defende a possibilidade de convocar um referendo. Rui Rio, até ao momento, deixou o tema em aberto. É provável que os deputados do PSD tenham liberdade de voto.

Em declarações ao “Público”, André Silva, do PAN, lembra que já com o aborto, “quando se quis impedir a legalização, pediu-se um referendo”. E isso não aconteceu em 2018 mas acontece agora porque quem está contra “percebeu que há uma maioria clara para fazer aprovar” a eutanásia. “Não tendo argumentos nas urnas nem parlamentares para contrariar este avanço, recorrem à tática referendária.”

Já o bloquista José Manuel Pureza afirma que “o que está em causa é importante e sério demais para nos entretermos com jogos políticos e expedientes processuais”.

A resposta tem que ser uma “lei prudente, rigorosa, meticulosa e muito bem elaborada do ponto de vista jurídico para delimitar, com a maior precisão possível, o direito que está em causa. E só uma lei o pode acautelar com seriedade e ponderação; não é um referendo que o consegue fazer quando coloca a questão em sim ou não, como sendo algo a preto ou branco”, disse o deputado do Bloco.

O referendo à eutanásia apoiado pela Igreja que tem vindo a ser convocado - nas redes sociais, mas não só - vai ser travado no Parlamento. Toda a esquerda parlamentar, o Iniciativa Liberal e ainda a deputada independente Joacine Katar Moreira está contra a possibilidade da consulta popular, revela o “Público” esta quarta-feira.

Apenas o CDS e o Chega apoiam a ideia de referendar a despenalização da morte assistida. O PSD, por sua vez, diz ter “tudo em aberto. “É praticamente impossível evitar que o processo legislativo não ocorra. Isto deverá ser aprovado e segue para a comissão, para a discussão na especialidade”, assume o vice-presidente da bancada Carlos Peixoto.

Recorde-se: o PSD aprovou em congresso uma moção que defende a possibilidade de convocar um referendo. Rui Rio, até ao momento, deixou o tema em aberto. É provável que os deputados do PSD tenham liberdade de voto.

Em declarações ao “Público”, André Silva, do PAN, lembra que já com o aborto, “quando se quis impedir a legalização, pediu-se um referendo”. E isso não aconteceu em 2018 mas acontece agora porque quem está contra “percebeu que há uma maioria clara para fazer aprovar” a eutanásia. “Não tendo argumentos nas urnas nem parlamentares para contrariar este avanço, recorrem à tática referendária.”

Já o bloquista José Manuel Pureza afirma que “o que está em causa é importante e sério demais para nos entretermos com jogos políticos e expedientes processuais”.

A resposta tem que ser uma “lei prudente, rigorosa, meticulosa e muito bem elaborada do ponto de vista jurídico para delimitar, com a maior precisão possível, o direito que está em causa. E só uma lei o pode acautelar com seriedade e ponderação; não é um referendo que o consegue fazer quando coloca a questão em sim ou não, como sendo algo a preto ou branco”, disse o deputado do Bloco.

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