TERRA DO VENTO

13-09-2015
marcar artigo

14.03.12

O deputado do PCP Honório Novo acusou hoje o Governo de não disponibilizar nenhuma "resposta financeira adicional" às instituições para as medidas sociais de combate à crise, defendendo que assim "é fácil fazer política social".

Para o deputado do PCP, as quatro respostas sociais que o Governo disponibiliza para fazer face à crise - rede de emergência alimentar, flexibilização de creches, aumento do número de vagas nos lares de idosos e o ataque ao fim dos idosos isolados - não têm "resposta financeira adicional" associada.

Em declarações aos jornalistas na sequência do "Mandato Aberto sobre a pobreza" que o PCP realizou hoje no Porto, Honório Novo - juntamente com o deputado Jorge Machado - fez saber que não confia na viabilidade das medidas do Governo, pois acredita que "quem vai ser convidado a suportar o adicional são as estruturas locais".

Na ótica de Honório Novo, estamos a assistir a uma "política de assistencialismo que ofende e humilha os desprotegidos, estigmatizando-os, acusando-os, quase, de que eles, pobres, ou novos pobres, ou pobres temporários, são os causadores e são os preguiçosos que causaram a sua própria situação".

"É fácil anunciar política social. A diferença é entre o anunciar e o fazer. Entre o anunciar e o pagar. Entre o anunciar e o financiar. E este Governo está a anunciar, obviamente falando de situações que toda a gente conhece como emergentes, consequência das políticas da troika e das deste Governo, dizendo que as respostas são dadas. Mas as respostas são dadas pelas instituições da segurança social e para discriminação, de facto, dos necessitados".

Já Jorge Machado acrescentou que "se há objetivo que o Governo pode assumir como tendo cumprido, em plenitude, é o do empobrecimento da população".

Para o deputado, o país está perante "um agravamento da situação social", visto que se veem "cada vez mais famílias, com dificuldades a pedirem ajuda a IPSS, enfrentando também estas instituições graves problemas de sustentabilidade".

"Este cenário acontece quando as poucas respostas que existem que são por via das IPSS, que vivem cada vez mais numa situação de dificuldade e de estrangulamento financeiro", explicou.

Jorge Machado é da opinião de que as novas respostas que o Governo quer implementar vão trazer novos problemas, visto que "num cenário de estrangulamento financeiro é óbvio que muitas das IPSS" vão recorrer a "estratagemas para compensar aquilo que o Estado não faz", levando-o a "desresponsabilizar-se".

"E portanto temos um Estado que apenas contribui para o agravamento da qualidade de vida, para o agravamento das condições de vida da população que está apostado no empobrecimento da população por via do roubo aos salários e às pensões, que atira cada vez mais pessoas para a pobreza sem dar a resposta minimamente adequada a este flagelo. É responsável por este problema e nada faz para o contrariar", finalizou o deputado.

«Lusa»

14.03.12

O deputado do PCP Honório Novo acusou hoje o Governo de não disponibilizar nenhuma "resposta financeira adicional" às instituições para as medidas sociais de combate à crise, defendendo que assim "é fácil fazer política social".

Para o deputado do PCP, as quatro respostas sociais que o Governo disponibiliza para fazer face à crise - rede de emergência alimentar, flexibilização de creches, aumento do número de vagas nos lares de idosos e o ataque ao fim dos idosos isolados - não têm "resposta financeira adicional" associada.

Em declarações aos jornalistas na sequência do "Mandato Aberto sobre a pobreza" que o PCP realizou hoje no Porto, Honório Novo - juntamente com o deputado Jorge Machado - fez saber que não confia na viabilidade das medidas do Governo, pois acredita que "quem vai ser convidado a suportar o adicional são as estruturas locais".

Na ótica de Honório Novo, estamos a assistir a uma "política de assistencialismo que ofende e humilha os desprotegidos, estigmatizando-os, acusando-os, quase, de que eles, pobres, ou novos pobres, ou pobres temporários, são os causadores e são os preguiçosos que causaram a sua própria situação".

"É fácil anunciar política social. A diferença é entre o anunciar e o fazer. Entre o anunciar e o pagar. Entre o anunciar e o financiar. E este Governo está a anunciar, obviamente falando de situações que toda a gente conhece como emergentes, consequência das políticas da troika e das deste Governo, dizendo que as respostas são dadas. Mas as respostas são dadas pelas instituições da segurança social e para discriminação, de facto, dos necessitados".

Já Jorge Machado acrescentou que "se há objetivo que o Governo pode assumir como tendo cumprido, em plenitude, é o do empobrecimento da população".

Para o deputado, o país está perante "um agravamento da situação social", visto que se veem "cada vez mais famílias, com dificuldades a pedirem ajuda a IPSS, enfrentando também estas instituições graves problemas de sustentabilidade".

"Este cenário acontece quando as poucas respostas que existem que são por via das IPSS, que vivem cada vez mais numa situação de dificuldade e de estrangulamento financeiro", explicou.

Jorge Machado é da opinião de que as novas respostas que o Governo quer implementar vão trazer novos problemas, visto que "num cenário de estrangulamento financeiro é óbvio que muitas das IPSS" vão recorrer a "estratagemas para compensar aquilo que o Estado não faz", levando-o a "desresponsabilizar-se".

"E portanto temos um Estado que apenas contribui para o agravamento da qualidade de vida, para o agravamento das condições de vida da população que está apostado no empobrecimento da população por via do roubo aos salários e às pensões, que atira cada vez mais pessoas para a pobreza sem dar a resposta minimamente adequada a este flagelo. É responsável por este problema e nada faz para o contrariar", finalizou o deputado.

«Lusa»

marcar artigo