Puro Veneno

24-01-2014
marcar artigo

Gripe A, vacinação e grávidas

Gostaria de saber como anda a consciência dos senhores jornalistas que andaram ai a alarmar toda a gente, e mais concretamente as gestante, relativamente aos dois ou três casos em que, após a vacinação, os fetos, infelizmente faleceram.

Não há prova de ter existido qualquer coincidência, pois outras grávidas que foram vacinadas não perderam os seus bebés...

Bem sei que é difícil tomar posição numa situação destas, sobretudo quando se tem que tomar a decisão de se ser vacinada ou não, com um bebé de trinta e tantas semanas na barriga, mas... Eu, se calhar, nem se sujeitaria à vacina, mas seria por uma opção própria que nada teria a ver com os acontecimentos divulgados.

E se por causa destes alarmes todos surgirem casos problemáticos por ausência de vacinação, será que os jornalistas que publicaram estas notícias conseguem deitar as suas cabecinhas na almofada e dormir?

Daqui por uns três ou quatro meses, quando já pudermos comparar o número de nados mortos antes da vacinação da Gripe A e depois, teremos conclusões, até lá, tudo é vago e não passa de especulação.

É muito grave a comunicação social entrar por áreas de conhecimentos como sejam a medicina. É evidente que os "opinadores" geralmente confinam-se à política e a outras áreas menos sensíveis do nosso dias a dia, e até costuma haver algum respeito pela medicina.... Mas desta vez, as barreiras foram ultrapassadas. Nem me vou estender pela situação que juridicamente impediu os médicos de aproveitarem seminários e outros tipos de eventos que as empresas de fármacos financiavam. É claro que a prescrição do receituário é sempre adequada à patologia, que diferença faz ser uma marca ou outra? O que importa é mesmo o princípio activo, e parecendo que não os médicos não iam a estes eventos "pastar ovelha", havia espaço a aprendizagem e até mesmo estímulo à troca de ideias com outros profissionais... Digamos que era uma relação na qual todas as partes ganhavam, incluindo o utente, já que estas formações não saiam dos cofres do Estado, nem dos bolsos dos contribuintes.

Mas não me quero embrenhar neste debate... Até porque conheço situações em particular cujos médicos poderiam ter ajudado mais, ou poderiam ter evitado enviar pacientes para outros globais do globo, caso tivessem podido frequentar acções de formação que seriam gratuitas, e os médicos em causa, não prescreviam fármacos de uma marca apenas porque tinham ido a um seminário, e estou em crer que todos os outros profissionais de medicina são iguais.

É lamentável que para tudo tenhamos que fazer chegar a todos a imagem do país corrupto e coberto de lama... Mesmo quando na realidade não é efectivamente assim...

Gripe A, vacinação e grávidas

Gostaria de saber como anda a consciência dos senhores jornalistas que andaram ai a alarmar toda a gente, e mais concretamente as gestante, relativamente aos dois ou três casos em que, após a vacinação, os fetos, infelizmente faleceram.

Não há prova de ter existido qualquer coincidência, pois outras grávidas que foram vacinadas não perderam os seus bebés...

Bem sei que é difícil tomar posição numa situação destas, sobretudo quando se tem que tomar a decisão de se ser vacinada ou não, com um bebé de trinta e tantas semanas na barriga, mas... Eu, se calhar, nem se sujeitaria à vacina, mas seria por uma opção própria que nada teria a ver com os acontecimentos divulgados.

E se por causa destes alarmes todos surgirem casos problemáticos por ausência de vacinação, será que os jornalistas que publicaram estas notícias conseguem deitar as suas cabecinhas na almofada e dormir?

Daqui por uns três ou quatro meses, quando já pudermos comparar o número de nados mortos antes da vacinação da Gripe A e depois, teremos conclusões, até lá, tudo é vago e não passa de especulação.

É muito grave a comunicação social entrar por áreas de conhecimentos como sejam a medicina. É evidente que os "opinadores" geralmente confinam-se à política e a outras áreas menos sensíveis do nosso dias a dia, e até costuma haver algum respeito pela medicina.... Mas desta vez, as barreiras foram ultrapassadas. Nem me vou estender pela situação que juridicamente impediu os médicos de aproveitarem seminários e outros tipos de eventos que as empresas de fármacos financiavam. É claro que a prescrição do receituário é sempre adequada à patologia, que diferença faz ser uma marca ou outra? O que importa é mesmo o princípio activo, e parecendo que não os médicos não iam a estes eventos "pastar ovelha", havia espaço a aprendizagem e até mesmo estímulo à troca de ideias com outros profissionais... Digamos que era uma relação na qual todas as partes ganhavam, incluindo o utente, já que estas formações não saiam dos cofres do Estado, nem dos bolsos dos contribuintes.

Mas não me quero embrenhar neste debate... Até porque conheço situações em particular cujos médicos poderiam ter ajudado mais, ou poderiam ter evitado enviar pacientes para outros globais do globo, caso tivessem podido frequentar acções de formação que seriam gratuitas, e os médicos em causa, não prescreviam fármacos de uma marca apenas porque tinham ido a um seminário, e estou em crer que todos os outros profissionais de medicina são iguais.

É lamentável que para tudo tenhamos que fazer chegar a todos a imagem do país corrupto e coberto de lama... Mesmo quando na realidade não é efectivamente assim...

marcar artigo