PS. “É uma vergonha vender a TAP por metade de Jorge Jesus”

02-10-2015
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"É uma vergonha vender a TAP - e vou utilizar a terminologia de Pires de Lima - por metade do Jorge Jesus. É mesmo uma vergonha", afirmou esta manhã no Parlamento o deputado do PS Rui Paulo Figueiredo, numa sessão para debater a privatização da companhia, que foi pedida pelo BE.

O deputado socialista criticava assim a venda de 61% da TAP ao consórcio Gateway, do brasileiro David Neelman e do português Humberto Pedrosa, que foi anunciada esta quinta-feira pelo Executivo, fazendo uma alusão ainda à recente declaração do ministro da Economia a propósito da saída de Jorge Jesus do Benfica. "Se há 18 milhões para Jesus haverá recursos para tratar Marco Silva de modo digno", disse na semana passada a propósito da contratação do novo técnico dos 'leões'.

Rui Paulo Figueiredo acusou ainda Pires de Lima de remeter as responsabilidades ao secretário de Estado dos Transportes, que anunciou o vencedor da privatização na conferência de imprensa de quinta-feira após o Conselho de Ministros e marca presença no debate parlamentar desta manhã.

"Pires de Lima esconde-se mais uma vez nas costas do seu secretário de Estado. O que os senhores estão a esconder para não dar acesso a documentação e não virem à Comissão de Economia e Obras Públicas explicar? O Governo não está a defender o interesse estratégico e o interesse público do país", defendeu o deputado socialista.

Voltando a garantir que o PS não hesitará em reverter o negócio caso seja eleito próximo Governo, Rui Paulo Figueiredo lembrou que uma cláusula do acordo prevê mesmo essa possibilidade: "Todos sabem que António Costa é diferente de Pedro Passos Coelho. Costa cumpre aquilo que diz ao contrário de Passos. Nós cumpriremos o que temos dito: se não houver interesse estratégico, não hesitaremos em utilizar a cláusula que o Governo criou e aprovou."

Em resposta, Sérgio Monteiro reiterou que a privatização era a única saída para a companhia que acumulava dívida e capital negativo e deixou ainda um desafio ao PS. "A TAP, assim, manter-se-á por muitas décadas. O crescimento da empresa está assegurado e Portugal tem que manter-se como um país com reputação impecável. Por isso é importante que o PS esclareça se tem ou não condições [caso seja eleito próximo Governo] de manter essa reputação perante os investidoras nacionais e estrangeiros", declarou o secretário de Estado.

Esta quinta-feira, o Governo anunciou que o consórcio do brasileiro Gateway David Neelman e do português Humberto Pedrosa venceu a privatização da TAP. A aquição da companhia por parte do agrupamento permitirá um encaixe que pode oscilar entre os €354 milhões e os €488 milhões, dependendo do desempenho operacional da TAP em 2015. O montante de encaixe imediato para o Estado é de 10 milhões de euros.

"É uma vergonha vender a TAP - e vou utilizar a terminologia de Pires de Lima - por metade do Jorge Jesus. É mesmo uma vergonha", afirmou esta manhã no Parlamento o deputado do PS Rui Paulo Figueiredo, numa sessão para debater a privatização da companhia, que foi pedida pelo BE.

O deputado socialista criticava assim a venda de 61% da TAP ao consórcio Gateway, do brasileiro David Neelman e do português Humberto Pedrosa, que foi anunciada esta quinta-feira pelo Executivo, fazendo uma alusão ainda à recente declaração do ministro da Economia a propósito da saída de Jorge Jesus do Benfica. "Se há 18 milhões para Jesus haverá recursos para tratar Marco Silva de modo digno", disse na semana passada a propósito da contratação do novo técnico dos 'leões'.

Rui Paulo Figueiredo acusou ainda Pires de Lima de remeter as responsabilidades ao secretário de Estado dos Transportes, que anunciou o vencedor da privatização na conferência de imprensa de quinta-feira após o Conselho de Ministros e marca presença no debate parlamentar desta manhã.

"Pires de Lima esconde-se mais uma vez nas costas do seu secretário de Estado. O que os senhores estão a esconder para não dar acesso a documentação e não virem à Comissão de Economia e Obras Públicas explicar? O Governo não está a defender o interesse estratégico e o interesse público do país", defendeu o deputado socialista.

Voltando a garantir que o PS não hesitará em reverter o negócio caso seja eleito próximo Governo, Rui Paulo Figueiredo lembrou que uma cláusula do acordo prevê mesmo essa possibilidade: "Todos sabem que António Costa é diferente de Pedro Passos Coelho. Costa cumpre aquilo que diz ao contrário de Passos. Nós cumpriremos o que temos dito: se não houver interesse estratégico, não hesitaremos em utilizar a cláusula que o Governo criou e aprovou."

Em resposta, Sérgio Monteiro reiterou que a privatização era a única saída para a companhia que acumulava dívida e capital negativo e deixou ainda um desafio ao PS. "A TAP, assim, manter-se-á por muitas décadas. O crescimento da empresa está assegurado e Portugal tem que manter-se como um país com reputação impecável. Por isso é importante que o PS esclareça se tem ou não condições [caso seja eleito próximo Governo] de manter essa reputação perante os investidoras nacionais e estrangeiros", declarou o secretário de Estado.

Esta quinta-feira, o Governo anunciou que o consórcio do brasileiro Gateway David Neelman e do português Humberto Pedrosa venceu a privatização da TAP. A aquição da companhia por parte do agrupamento permitirá um encaixe que pode oscilar entre os €354 milhões e os €488 milhões, dependendo do desempenho operacional da TAP em 2015. O montante de encaixe imediato para o Estado é de 10 milhões de euros.

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