Veja quais foram os deputados que mais faltaram no último ano

14-08-2015
marcar artigo

Veja quais foram os deputados que mais faltaram no último ano

Apenas 17 dos 230 deputados da Assembleia da República estiveram presentes em todas as 109 sessões plenárias do último ano

| 12 de Agosto às 15:51 Por: Redação / EC

Apenas 17 dos 230 deputados (7%) conseguiram estar presentes em todas as 109 sessões plenárias da Assembleia da República no quarto e último ano legislativo, entre 17 de setembro de 2014 e 22 de julho de 2015.

Por diversos motivos, entre os deputados em funções, cada reunião-magna do parlamento registou uma média de 17 faltas em todas as bancadas, num total de 1.881 ausências, enquanto oito sociais-democratas (em 108 deputados), cinco socialistas (em 74), três comunistas (em 14) e um bloquista (em oito) atingiram 100% de presenças em plenários, segundo os serviços parlamentares.

No lote dos 17 "imaculados" desta última fase da XII Legislatura estão o líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, e o seu homólogo do BE, Pedro Filipe Soares. O democrata-cristão Rui Jorge Caetano e a bloquista Eugénia Taveira também têm zero faltas, mas só muito recentemente substituíram outros colegas.

O presidente dos grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, faltou oito vezes (cinco em trabalho político, três por doença). O líder do grupo parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, faltou três vezes (trabalho político). Os líderes comunista, Jerónimo de Sousa, e bloquista, Catarina Martins, estiveram fora, em afazeres políticos, cinco e quatro vezes cada, enquanto o líder da bancada do PCP, João Oliveira, esteve doente em quatro situações.

A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, faltou a seis sessões plenárias por estar a representar a instituição em missão externa.

O deputado recordista de faltas tem assento na bancada "laranja" - Carlos Páscoa Gonçalves, com 42 ausências - 36 justificadas por trabalho político ou parlamentar, contactos com eleitorado ou participação em audições ou comissões de inquérito, por exemplo, e seis em "missões".

No n.º2 do artigo 8.º do estatuto dos parlamentares, "considera-se motivo justificado a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, a força maior, a missão ou o trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence, bem como a participação em atividades parlamentares". O n.º 4 do mesmo artigo estipula que, "em casos excecionais, as dificuldades de transporte podem ser consideradas como justificação de faltas".

Páscoa Gonçalves é seguido de perto (41 faltas) pelo socialista João Soares, que repete o segundo lugar da terceira sessão legislativa. Desta feita, o antigo autarca de Lisboa esteve 26 vezes em "missão", cinco vezes noutros trabalhos políticos e doente noutras cinco ocasiões. Soares teve ainda mais cinco faltas por "força maior" nas cerca de duas semanas coincidentes com a queda e falecimento de sua mãe, a fundadora do PS e também antiga deputada Maria Barroso.

O "pódio" das ausências (36) é fechado pelo também socialista José Lello, com 25 "missões", três faltas por "motivo de força maior" e oito por doença.

Sem qualquer justificação para algumas faltas figuram, na página do parlamento na Internet, os nomes de quatro deputados da maioria PSD/CDS-PP: o vice-presidente da bancada democrata-cristã Telmo Correia (duas faltas injustificadas), o porta-voz centrista, Filipe Lobo d'Ávila (uma), e os sociais-democratas António Prôa e Joana Barata Lopes (uma cada) falharam em fornecer razões atendíveis para aquelas suas ausências.

- Dez deputados com mais faltas:

1. Carlos Páscoa Gonçalves (PSD): 42, 36 em trabalho político, seis em missões.

2. João Soares (PS): 41, 26 em missões, cinco em trabalho político, cinco por doença, cinco por força maior.

3. José Lello (PS): 36, 25 em missões, três por força maior e oito por doença.

4. Isabel Galriça Neto (CDS-PP): 32, 15 em trabalho político, 15 por doença, duas para assistência à família.

- Sérgio Sousa Pinto (PS): 32, 15 em missões, 11 em trabalho político, cinco por doença, uma por luto.

6. Mota Amaral (PSD): 30, 23 em missões, sete em trabalho político.

- Carlos Alberto Gonçalves (PSD): 30, 17 em trabalho político, 13 missões.

8. Maria João Ávila (PSD): 29 em trabalho político.

9. Correia de Jesus (PSD): 27, 24 em missões, uma em trabalho político, uma por luto, uma por força maior.

- Alberto Costa (PS): 27, 19 missões, cinco em trabalho político, duas por força maior, uma por doença.

- Deputados sem faltas:

PSD - Carlos Santos Silva, Maurício Marques, Nuno Reis, Nuno Sá Costa, Paula Gonçalves, Pedro Pimpão, Pedro Saraiva e Sofia Bettencourt.

PS - Celeste Correia, Ferro Rodrigues, Idália Serrão, Jorge Lacão e Pedro Farmhouse.

CDS-PP - Rui Jorge Caetano (13 sessões, desde 08 junho, no lugar de Lino Ramos)

PCP - David Costa, Jorge Machado, Paula Santos.

BE - Pedro Filipe Soares e Eugénia Taveira (cinco sessões, desde 01 de julho, no lugar de Cecília Honório)

- Por grupo parlamentar, nas últimas 109 sessões:

PSD, 108 mandatos: 841 faltas.

PS, 74 mandatos: 675 faltas.

CDS-PP, 24 mandatos: 273 faltas.

PCP, 14 mandatos: 57 faltas.

BE, oito mandatos: 31 faltas.

PEV, dois mandatos: quatro faltas.

Veja quais foram os deputados que mais faltaram no último ano

Apenas 17 dos 230 deputados da Assembleia da República estiveram presentes em todas as 109 sessões plenárias do último ano

| 12 de Agosto às 15:51 Por: Redação / EC

Apenas 17 dos 230 deputados (7%) conseguiram estar presentes em todas as 109 sessões plenárias da Assembleia da República no quarto e último ano legislativo, entre 17 de setembro de 2014 e 22 de julho de 2015.

Por diversos motivos, entre os deputados em funções, cada reunião-magna do parlamento registou uma média de 17 faltas em todas as bancadas, num total de 1.881 ausências, enquanto oito sociais-democratas (em 108 deputados), cinco socialistas (em 74), três comunistas (em 14) e um bloquista (em oito) atingiram 100% de presenças em plenários, segundo os serviços parlamentares.

No lote dos 17 "imaculados" desta última fase da XII Legislatura estão o líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, e o seu homólogo do BE, Pedro Filipe Soares. O democrata-cristão Rui Jorge Caetano e a bloquista Eugénia Taveira também têm zero faltas, mas só muito recentemente substituíram outros colegas.

O presidente dos grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro, faltou oito vezes (cinco em trabalho político, três por doença). O líder do grupo parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, faltou três vezes (trabalho político). Os líderes comunista, Jerónimo de Sousa, e bloquista, Catarina Martins, estiveram fora, em afazeres políticos, cinco e quatro vezes cada, enquanto o líder da bancada do PCP, João Oliveira, esteve doente em quatro situações.

A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, faltou a seis sessões plenárias por estar a representar a instituição em missão externa.

O deputado recordista de faltas tem assento na bancada "laranja" - Carlos Páscoa Gonçalves, com 42 ausências - 36 justificadas por trabalho político ou parlamentar, contactos com eleitorado ou participação em audições ou comissões de inquérito, por exemplo, e seis em "missões".

No n.º2 do artigo 8.º do estatuto dos parlamentares, "considera-se motivo justificado a doença, o casamento, a maternidade e a paternidade, o luto, a força maior, a missão ou o trabalho parlamentar e o trabalho político ou do partido a que o deputado pertence, bem como a participação em atividades parlamentares". O n.º 4 do mesmo artigo estipula que, "em casos excecionais, as dificuldades de transporte podem ser consideradas como justificação de faltas".

Páscoa Gonçalves é seguido de perto (41 faltas) pelo socialista João Soares, que repete o segundo lugar da terceira sessão legislativa. Desta feita, o antigo autarca de Lisboa esteve 26 vezes em "missão", cinco vezes noutros trabalhos políticos e doente noutras cinco ocasiões. Soares teve ainda mais cinco faltas por "força maior" nas cerca de duas semanas coincidentes com a queda e falecimento de sua mãe, a fundadora do PS e também antiga deputada Maria Barroso.

O "pódio" das ausências (36) é fechado pelo também socialista José Lello, com 25 "missões", três faltas por "motivo de força maior" e oito por doença.

Sem qualquer justificação para algumas faltas figuram, na página do parlamento na Internet, os nomes de quatro deputados da maioria PSD/CDS-PP: o vice-presidente da bancada democrata-cristã Telmo Correia (duas faltas injustificadas), o porta-voz centrista, Filipe Lobo d'Ávila (uma), e os sociais-democratas António Prôa e Joana Barata Lopes (uma cada) falharam em fornecer razões atendíveis para aquelas suas ausências.

- Dez deputados com mais faltas:

1. Carlos Páscoa Gonçalves (PSD): 42, 36 em trabalho político, seis em missões.

2. João Soares (PS): 41, 26 em missões, cinco em trabalho político, cinco por doença, cinco por força maior.

3. José Lello (PS): 36, 25 em missões, três por força maior e oito por doença.

4. Isabel Galriça Neto (CDS-PP): 32, 15 em trabalho político, 15 por doença, duas para assistência à família.

- Sérgio Sousa Pinto (PS): 32, 15 em missões, 11 em trabalho político, cinco por doença, uma por luto.

6. Mota Amaral (PSD): 30, 23 em missões, sete em trabalho político.

- Carlos Alberto Gonçalves (PSD): 30, 17 em trabalho político, 13 missões.

8. Maria João Ávila (PSD): 29 em trabalho político.

9. Correia de Jesus (PSD): 27, 24 em missões, uma em trabalho político, uma por luto, uma por força maior.

- Alberto Costa (PS): 27, 19 missões, cinco em trabalho político, duas por força maior, uma por doença.

- Deputados sem faltas:

PSD - Carlos Santos Silva, Maurício Marques, Nuno Reis, Nuno Sá Costa, Paula Gonçalves, Pedro Pimpão, Pedro Saraiva e Sofia Bettencourt.

PS - Celeste Correia, Ferro Rodrigues, Idália Serrão, Jorge Lacão e Pedro Farmhouse.

CDS-PP - Rui Jorge Caetano (13 sessões, desde 08 junho, no lugar de Lino Ramos)

PCP - David Costa, Jorge Machado, Paula Santos.

BE - Pedro Filipe Soares e Eugénia Taveira (cinco sessões, desde 01 de julho, no lugar de Cecília Honório)

- Por grupo parlamentar, nas últimas 109 sessões:

PSD, 108 mandatos: 841 faltas.

PS, 74 mandatos: 675 faltas.

CDS-PP, 24 mandatos: 273 faltas.

PCP, 14 mandatos: 57 faltas.

BE, oito mandatos: 31 faltas.

PEV, dois mandatos: quatro faltas.

marcar artigo