Desambientado: Poluição na chuva

20-01-2012
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Redonda é,Redonda será.Quem mais limpo do que ela,No mundo estará?É dicotómica,Essa simples visão,Porque a tabela periódica,Está na sua composição.Tem terra,Tem ar,Tem vida,Tem morte,E com um pouco de sorte,Tem a batida,Do mar.Rodopia, por ser vida,Cai, pois há gravidade,Sente a necessidade,De poder ser bebida,De poder ser retida,Nas flores que beija,Ou no puro que deseja.Se eu pudesse saber,Quanto veneno trazes,Faria cartazes,Para bem alto dizer,Quem afogarásQuanto cancro trarás.Redonda és,Redonda serás,Com o teu seio impuro,O puro matarás.E quem quer saber,Do que aqui se versa,Proponha uma cura,Eficaz e segura,O resto é conversa,Pr’o problema esconder.Félix RodriguesQual é a cura que propões?“Já não chove como antigamente” diria um saudosista ancião das nossas freguesias. “Não é pelas gotas terem formas diferentes, mas por aquilo que elas encerram”.“Quanto mercúrio trazem?”“Quantos termómetros construiriam com o mercúrio espalhado no estuário do Tejo? Existe um dedal de mercúrio em cada dois metros quadrados do fundo do maior rio português.”“Quanto arsénio tem no seu peito? Quantos cães se matariam com o veneno contido numa pipa de água?”“Quanto ácido sulfúrico engole? Quanta terra queimará?”, pergunta o velhote de barbas brancas que descansa num banco de praça da Vila.Cai água e angústia do céu. Cai neve enegrecida nas montanhas. Caiem vidas sequiosas de água pura, porque já não chove como antigamente.A água limpa, mas depois de limpar, tem que se depurar por lixiviação, nos solos cada vez mais sujos do mundo.“Já não chove como antigamente”, digo eu, mas só tenho saudades da pureza que ela trazia. Herdei-a suja, mas não implica que me desresponsabilize de a limpar. Se eu tivesse a solução aplicá-la-ia. Mas essa não depende só de mim, é um bem comum e global. Sozinho só poderia limpar o cocuruto de uma simples gota de água.Etiquetas: drop, Gota de água

Redonda é,Redonda será.Quem mais limpo do que ela,No mundo estará?É dicotómica,Essa simples visão,Porque a tabela periódica,Está na sua composição.Tem terra,Tem ar,Tem vida,Tem morte,E com um pouco de sorte,Tem a batida,Do mar.Rodopia, por ser vida,Cai, pois há gravidade,Sente a necessidade,De poder ser bebida,De poder ser retida,Nas flores que beija,Ou no puro que deseja.Se eu pudesse saber,Quanto veneno trazes,Faria cartazes,Para bem alto dizer,Quem afogarásQuanto cancro trarás.Redonda és,Redonda serás,Com o teu seio impuro,O puro matarás.E quem quer saber,Do que aqui se versa,Proponha uma cura,Eficaz e segura,O resto é conversa,Pr’o problema esconder.Félix RodriguesQual é a cura que propões?“Já não chove como antigamente” diria um saudosista ancião das nossas freguesias. “Não é pelas gotas terem formas diferentes, mas por aquilo que elas encerram”.“Quanto mercúrio trazem?”“Quantos termómetros construiriam com o mercúrio espalhado no estuário do Tejo? Existe um dedal de mercúrio em cada dois metros quadrados do fundo do maior rio português.”“Quanto arsénio tem no seu peito? Quantos cães se matariam com o veneno contido numa pipa de água?”“Quanto ácido sulfúrico engole? Quanta terra queimará?”, pergunta o velhote de barbas brancas que descansa num banco de praça da Vila.Cai água e angústia do céu. Cai neve enegrecida nas montanhas. Caiem vidas sequiosas de água pura, porque já não chove como antigamente.A água limpa, mas depois de limpar, tem que se depurar por lixiviação, nos solos cada vez mais sujos do mundo.“Já não chove como antigamente”, digo eu, mas só tenho saudades da pureza que ela trazia. Herdei-a suja, mas não implica que me desresponsabilize de a limpar. Se eu tivesse a solução aplicá-la-ia. Mas essa não depende só de mim, é um bem comum e global. Sozinho só poderia limpar o cocuruto de uma simples gota de água.Etiquetas: drop, Gota de água

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