A Maçã de Eva: A rapariguinha do shopping

21-01-2012
marcar artigo


Dizia-me um homem fantástico no outro dia que as mulheres se vestem a pensar umas nas outras. Que consideram uma determinada roupa foleira, interessante ou elegante em função de um critério generalizado de moda, feito por gays a pensar em mulheres que coordenam o vestuário em função das fêmeas circundantes.Dizia ele que, se o mundo da moda e das roupas femininas fosse pensado por "machos" -e se as mulheres se vestissem para eles -, as meninas deste mundo seriam um pouco mais arrojadas, saberiam equilibrar o sexy sem cair no ordinário. Reconheceu que o ser sexy sem cair na vulgaridade é, sem dúvida, um desafio para as mulheres mas que elas podiam tentar mais um bocadinho.A grande conclusão - dele - é que, hoje em dia, um homem tem que optar entre a elegância um tanto ou quanto sem sal de uma mulher distinta e aquele piquinho a subúrbio típico da cabeleireira de bairro que também é excessivo(desculpem-me as profissionais em questão mas é a melhor forma de ilustrar a figura). É difícil ver um exemplar feminino elegante cuja imagem reflicta a noção de que os homens são mais "open" em relação ao conceito de sensualidade/um pouco mais de carne/estou quase a cair na vulgaridade.É verdade que muitas mulheres ficam indignadas quando eles reparam numa outra mulher que todas nós reconhecemos como ordinarota. E perguntamos: "o que vês nessa gaja?" Mas é certo que eles vêm. Como me disse um outro amigo meu: "Eu gosto de comer bem, em bons restaurantes, mas às vezes tenho ganas de McDonalds - rápido e ligeiramente javardo". Está tudo dito. Eu, pelo menos, fiquei sem argumentos, já que também eu tenho desejo de Mac - apesar de não ter sonhos eróticos com a pele suada do homem que anda a colocar cimento no prédio da frente de "jola" na mão.Pois bem, minhas amigas, algo tem de mudar. Estou sempre a ver o mesmo cenário, principalmente quando folheio revistas perto de um grupo de pessoas: as mulheres olham para o modelito da Bárbara e da Catarina e discutem qual delas é mais gira. Já o tempo que eles perdem a falar delas - elevadas a musas da TV - é o mesmo que perdem a falar da rapariguinha do shopping e até com mais entusiasmo.Cuidado: é que esta rapariguinha mora mesmo ali ao lado.


Dizia-me um homem fantástico no outro dia que as mulheres se vestem a pensar umas nas outras. Que consideram uma determinada roupa foleira, interessante ou elegante em função de um critério generalizado de moda, feito por gays a pensar em mulheres que coordenam o vestuário em função das fêmeas circundantes.Dizia ele que, se o mundo da moda e das roupas femininas fosse pensado por "machos" -e se as mulheres se vestissem para eles -, as meninas deste mundo seriam um pouco mais arrojadas, saberiam equilibrar o sexy sem cair no ordinário. Reconheceu que o ser sexy sem cair na vulgaridade é, sem dúvida, um desafio para as mulheres mas que elas podiam tentar mais um bocadinho.A grande conclusão - dele - é que, hoje em dia, um homem tem que optar entre a elegância um tanto ou quanto sem sal de uma mulher distinta e aquele piquinho a subúrbio típico da cabeleireira de bairro que também é excessivo(desculpem-me as profissionais em questão mas é a melhor forma de ilustrar a figura). É difícil ver um exemplar feminino elegante cuja imagem reflicta a noção de que os homens são mais "open" em relação ao conceito de sensualidade/um pouco mais de carne/estou quase a cair na vulgaridade.É verdade que muitas mulheres ficam indignadas quando eles reparam numa outra mulher que todas nós reconhecemos como ordinarota. E perguntamos: "o que vês nessa gaja?" Mas é certo que eles vêm. Como me disse um outro amigo meu: "Eu gosto de comer bem, em bons restaurantes, mas às vezes tenho ganas de McDonalds - rápido e ligeiramente javardo". Está tudo dito. Eu, pelo menos, fiquei sem argumentos, já que também eu tenho desejo de Mac - apesar de não ter sonhos eróticos com a pele suada do homem que anda a colocar cimento no prédio da frente de "jola" na mão.Pois bem, minhas amigas, algo tem de mudar. Estou sempre a ver o mesmo cenário, principalmente quando folheio revistas perto de um grupo de pessoas: as mulheres olham para o modelito da Bárbara e da Catarina e discutem qual delas é mais gira. Já o tempo que eles perdem a falar delas - elevadas a musas da TV - é o mesmo que perdem a falar da rapariguinha do shopping e até com mais entusiasmo.Cuidado: é que esta rapariguinha mora mesmo ali ao lado.

marcar artigo