Casario do Ginjal: Sorte Ser Natal...

02-07-2011
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Esta época continua a inspirar novas histórias, entre os muitos usos e abusos que se fazem em nome do Menino Jesus e do Pai Natal, por aí... A mais caricata a que assisti, passou-se num restaurante familiar do Bairro Alto, com uma senhora que já devia ter passado os sessenta, vestida e pintada de uma forma demasiado visível, que na hora de pagar a refeição, desculpou-se que se tinha esquecido de colocar dinheiro na carteira. O empregado, com a discrição possível chamou o dono. Quando este chegou ela perguntou-lhe se não a conhecia. Ele abanou a cabeça. Ela disse que era a Lena Alves, irmã da Laura Alves, e que também era actriz. O senhor Joaquim disse-lhe que nem sequer imaginava que a Laura Alves tivesse uma irmã, mas isso não era importante, até podia ser a esposa do presidente da República, ali toda a gente pagava a sua refeição. Frisando que a única excepção da casa era o Eduardinho, que tinha sempre direito a uma sopa, quando se encostava á soleira da porta. O dono referia-se a um dos pedintes do bairro que não tinha o tino todo, mas que não fazia mal a ninguém.A senhora nunca perdeu aquele seu ar superior, provavelmente encenado para aquela fita do almoço, colocando um ar triste, exclamando que o senhor não acreditava nela, virada para a plateia, que se estava a divertir com o número.O senhor Joaquim, como tinha mais que fazer, disse-lhe que podia fazer três coisas: colocá-la na cozinha a lavar louça, mas isso ia estragar-lhe as mãos e fazer saltar o verniz das unhas; chamar o polícia de serviço na esquadra mais próxima; ou deixá-la partir na paz dos anjos, por ser Natal...Claro que pediu à senhora para se despachar, que estava um casal à espera para almoçar, não sem antes lhe, desejar Boas Festas e enviar recomendações à família Alves...


Esta época continua a inspirar novas histórias, entre os muitos usos e abusos que se fazem em nome do Menino Jesus e do Pai Natal, por aí... A mais caricata a que assisti, passou-se num restaurante familiar do Bairro Alto, com uma senhora que já devia ter passado os sessenta, vestida e pintada de uma forma demasiado visível, que na hora de pagar a refeição, desculpou-se que se tinha esquecido de colocar dinheiro na carteira. O empregado, com a discrição possível chamou o dono. Quando este chegou ela perguntou-lhe se não a conhecia. Ele abanou a cabeça. Ela disse que era a Lena Alves, irmã da Laura Alves, e que também era actriz. O senhor Joaquim disse-lhe que nem sequer imaginava que a Laura Alves tivesse uma irmã, mas isso não era importante, até podia ser a esposa do presidente da República, ali toda a gente pagava a sua refeição. Frisando que a única excepção da casa era o Eduardinho, que tinha sempre direito a uma sopa, quando se encostava á soleira da porta. O dono referia-se a um dos pedintes do bairro que não tinha o tino todo, mas que não fazia mal a ninguém.A senhora nunca perdeu aquele seu ar superior, provavelmente encenado para aquela fita do almoço, colocando um ar triste, exclamando que o senhor não acreditava nela, virada para a plateia, que se estava a divertir com o número.O senhor Joaquim, como tinha mais que fazer, disse-lhe que podia fazer três coisas: colocá-la na cozinha a lavar louça, mas isso ia estragar-lhe as mãos e fazer saltar o verniz das unhas; chamar o polícia de serviço na esquadra mais próxima; ou deixá-la partir na paz dos anjos, por ser Natal...Claro que pediu à senhora para se despachar, que estava um casal à espera para almoçar, não sem antes lhe, desejar Boas Festas e enviar recomendações à família Alves...

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