PINACULOS: Ryszard Kapuscinski acusado de trabalhar como espião para a URSS

03-07-2011
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O repórter e escritor polaco Ryszard Kapuscinski trabalhava como espião do regime comunista da antiga União Soviética enquanto escrevia as reportagens que o tornaram famoso mundialmente, avança a edição desta semana da edição polaca da revista "Newsweek". O nome de Kapuscinski — que morreu em Janeiro, aos 74 anos de idade — é um dos vários apontados nos últimos anos como espiões da antiga URSS. Entre 1959 e 1981 — período em que a Polónia foi liderada por um governo comunista com o apoio soviético —, Kapuscinski escreveu sobre os locais mais pobres e perigosos do mundo como correspondente da agência noticiosa estatal PAP.Autor de "Imperador" — um livro que relata os últimos dias do imperador Haile Selassie da Etiópia e os primeiros do xá Reza Pahlavi, após a revolução iraniana de 1979 —, Kapuscinski escreveu também várias peças sobre a queda da União Soviética, sobre a guerra civil de Angola e sobre a política da América do Sul durante o período da sua alegada colaboração com o regime comunista. A "Newsweek" polaca publica agora excertos dos arquivos de Kapuscinski que estão na posse do Instituto pela Memória, que o apresentam como um agente ao serviço da polícia secreta comunista entre 1967 e 1972. A revista sublinha que nesse período era praticamente impossível sair da Polónia sem assinar um documento em que se aceitava cooperar com o regime. "Durante a sua cooperação demonstrou bastante vontade, mas não entregou quaisquer documentos significativos", escreve a revista, que transcreve um ficheiro sobre Kapuscinski.Nascido em Pinsk, na actual Bielorrússia, a 4 de Março de 1932, Kapuscinski estudou História e trabalhou como repórter na Polónia na década de 1950 (fonte: Publico e Reuters)

O repórter e escritor polaco Ryszard Kapuscinski trabalhava como espião do regime comunista da antiga União Soviética enquanto escrevia as reportagens que o tornaram famoso mundialmente, avança a edição desta semana da edição polaca da revista "Newsweek". O nome de Kapuscinski — que morreu em Janeiro, aos 74 anos de idade — é um dos vários apontados nos últimos anos como espiões da antiga URSS. Entre 1959 e 1981 — período em que a Polónia foi liderada por um governo comunista com o apoio soviético —, Kapuscinski escreveu sobre os locais mais pobres e perigosos do mundo como correspondente da agência noticiosa estatal PAP.Autor de "Imperador" — um livro que relata os últimos dias do imperador Haile Selassie da Etiópia e os primeiros do xá Reza Pahlavi, após a revolução iraniana de 1979 —, Kapuscinski escreveu também várias peças sobre a queda da União Soviética, sobre a guerra civil de Angola e sobre a política da América do Sul durante o período da sua alegada colaboração com o regime comunista. A "Newsweek" polaca publica agora excertos dos arquivos de Kapuscinski que estão na posse do Instituto pela Memória, que o apresentam como um agente ao serviço da polícia secreta comunista entre 1967 e 1972. A revista sublinha que nesse período era praticamente impossível sair da Polónia sem assinar um documento em que se aceitava cooperar com o regime. "Durante a sua cooperação demonstrou bastante vontade, mas não entregou quaisquer documentos significativos", escreve a revista, que transcreve um ficheiro sobre Kapuscinski.Nascido em Pinsk, na actual Bielorrússia, a 4 de Março de 1932, Kapuscinski estudou História e trabalhou como repórter na Polónia na década de 1950 (fonte: Publico e Reuters)

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