"Os Técnicos Oficiais de Contas (TOC) já fizeram milhares de denúncias por casos de fraude desde a entrada em funcionamento das novas regras que os co-responsabilizam por situações de incumprimento."Sem dúvidas que foi uma boa medida no combate à evasão fiscal. Ninguém melhor que os Técnicos Oficiais de Contas para conhecer a realidade empresarial do nosso país. A medida obriga-os à adopção de uma nova postura relativamente à fraude e a esquemas menos lícitos, que prejudicam toda a comunidade de contribuintes, constituindo os TOC um primeiro filtro na sua detecção. A medida abrirá também caminho, inevitavelmente, a uma nova mentalidade dos nossos empresários no sentido do cumprimento dos seus deveres enquanto contribuintes, limitando a tão portuguesa “chico-espertice” reinante.Ressalva, porém, quanto ao alcance da medida: os TOCs não podem, nem devem, obviamente, substituir o Estado na fiscalização tributária, nem este deve tentar suprir falhas do sistema imputando responsabilidades que são suas.Uma chamada de atenção aos apologistas de um estado minimal, que enaltecem as virtudes da classe empresarial portuguesa. É que, sem querer confundir a árvore com a floresta, ainda lhes falta percorrer um longo caminho para que se possa admirá-los da forma generalizada que ressalta de certos discursos apaixonados, tão em moda um pouco por toda a parte, que fazem dos empresários autênticos heróis sacrificados da nossa sociedade. Bons empresários também os há, aqueles que não recorrem a expedientes de incumprimento de legislação fiscal e laboral para a obtenção de lucros fáceis que nos prejudicam a todos enquanto sociedade. Valerá a co-responsabilização de todos enquanto cidadãos na construção de uma sociedade mais justa, da qual todos nos orgulhemos, porque "se o burro não puxa, a carroça não anda"!
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"Os Técnicos Oficiais de Contas (TOC) já fizeram milhares de denúncias por casos de fraude desde a entrada em funcionamento das novas regras que os co-responsabilizam por situações de incumprimento."Sem dúvidas que foi uma boa medida no combate à evasão fiscal. Ninguém melhor que os Técnicos Oficiais de Contas para conhecer a realidade empresarial do nosso país. A medida obriga-os à adopção de uma nova postura relativamente à fraude e a esquemas menos lícitos, que prejudicam toda a comunidade de contribuintes, constituindo os TOC um primeiro filtro na sua detecção. A medida abrirá também caminho, inevitavelmente, a uma nova mentalidade dos nossos empresários no sentido do cumprimento dos seus deveres enquanto contribuintes, limitando a tão portuguesa “chico-espertice” reinante.Ressalva, porém, quanto ao alcance da medida: os TOCs não podem, nem devem, obviamente, substituir o Estado na fiscalização tributária, nem este deve tentar suprir falhas do sistema imputando responsabilidades que são suas.Uma chamada de atenção aos apologistas de um estado minimal, que enaltecem as virtudes da classe empresarial portuguesa. É que, sem querer confundir a árvore com a floresta, ainda lhes falta percorrer um longo caminho para que se possa admirá-los da forma generalizada que ressalta de certos discursos apaixonados, tão em moda um pouco por toda a parte, que fazem dos empresários autênticos heróis sacrificados da nossa sociedade. Bons empresários também os há, aqueles que não recorrem a expedientes de incumprimento de legislação fiscal e laboral para a obtenção de lucros fáceis que nos prejudicam a todos enquanto sociedade. Valerá a co-responsabilização de todos enquanto cidadãos na construção de uma sociedade mais justa, da qual todos nos orgulhemos, porque "se o burro não puxa, a carroça não anda"!