Intervenção de Encerramento do XV Encontro Regional da JCP

08-11-2013
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Detalhes Criado em 08-05-2007

Intervenção de Encerramento XV Encontro Regional de Lisboa da JCP

Rita Rato

Camaradas,

Agora que chegamos ao final deste encontro podemos certamente afirmar que estamos melhor preparados para responder aos desafios que se nos colocam.

A preparação deste encontro enquadra-se na orientação definida no 8º Congresso da JCP de realização de encontros regionais, que promovessem a aplicação das orientações gerais à realidade concreta de cada região, e à definição de linhas de trabalho prioritárias para o reforço da organização e que orientassem a nossa intervenção.

A realização da AOESL, e do ERES enquadram-se no processo preparatório deste Encontro, partindo da discussão da situação política e da definição de linhas de reforço.

Vários foram os camaradas, que aqui nos trouxeram situações claras de ataque aos direitos democráticos da juventude.

Ataque que não é de circunstância, não consiste numa opção a curto prazo para resolver o que quer que seja, contrariamente ao que todos os dias nos diz a propaganda do governo.

Este ataque consiste antes na política de direita, que nos últimos 30 anos os sucessivos governos vêm a desencadear contra os valores e as conquistas da Revolução de Abril, agravando as condições de vida de milhares de jovens, e assim comprometendo o futuro destes, e do nosso país.

Os jovens trabalhadores enfrentam todos os dias a incerteza e a dúvida sobre o dia de amanhã: 61% na região de Lisboa são precários, e por isso de 15 em 15 dias, de mês a mês enfrentam a angústia de saber se ainda servem, ou se continuam em fila de espera para o próximo despedimento colectivo. Os salários são muito baixos, o que torna as despesas elementares insuportáveis. O duplo emprego é cada vez mais uma realidade entre os jovens trabalhadores, fazendo ultrapassar em muito as 8h de jornada diária de trabalho.

Os estudantes do Ensino Básico e Secundário, frequentam escolas provisórias há mais de 30 anos, onde faltam cadeiras, mesas, pavilhões desportivos; onde chove nas salas de aulas, e os bares e cantinas têm preços muito elevados e qualidade reduzida por serem privatizados; escolas onde, por falta de trabalhadores as salas de aula não funcionam comprometendo o normal funcionamento da escola. Os exames nacionais, as aulas de substituição, a não implementação da Educação Sexual são outros dos problemas com que os estudantes do secundário se confrontam todos os dias.

No Ensino Superior, este Governo decidiu ficar desde logo na linha da frente do Processo de Bolonha e empurrar as instituições para o aumento exorbitante do valor das propinas de 1º e 2º ciclo, através do subfinanciamento das instituições, e da aplicação do critério de diferenciação de quem pode ou não pagar outros níveis de ensino.

A ofensiva lançada sobre o direito à educação, ao trabalho com direitos, à habitação, às liberdades e direitos democráticos, não é opção imediata do actual governo: antes corresponde à agudização da política de direita, política de classe daqueles que intensificam a exploração, as desigualdades e injustiças sociais, que acumulam lucros colossais à custa das dificuldades da maioria e do empobrecimento e miséria de muitos jovens e trabalhadores portugueses.

Camaradas,

Perante esta ofensiva, a organização revolucionária da juventude portuguesa – a JCP - tem que estar à altura e dar a resposta necessária.

O reforço da nossa organização, como organização juvenil, assume uma dimensão central. A organização de mais camaradas através da criação de mais colectivos de base e reforço dos existentes; uma planificação do trabalho e integração dos vários camaradas na descentralização de tarefas; mais camaradas a pagar quotas, a comprar regularmente o Avante!, o Militante e o Agit; são algumas medidas essenciais para a formação ideológica e de trabalho dos quadros da JCP.

Mas este trabalho não pode ser feito sem ligação à vida, não é um processo fechado sobre si mesmo, o reforço da organização não é um fim, mas sobretudo um meio, assim como o nosso Encontro, que não foi preprarado apenas dentro de quatro paredes, mas sim no caudal de lutas que inunda as ruas do nosso país.

Um meio, para mais reforçados intervirmos em cada escola, em cada empresa e local de trabalho, em cada associação juvenil. Onde existe um jovem comunista, e em unidade com outros jovens, é necessário dinamizar e reforçar a luta pela defesa dos direitos democráticos.

Por isso, a intervenção directa dos comunistas sobre os problemas concretos dos locais de trabalho, das escolas do ensino secundário, do superior, do profissional, é mais que necessária - é insubstituível! Só com uma ligação concreta e dinâmica ao pulsar da vida e às aspirações e anseios da juventude será possível capitalizar o descontentamento existente, transformá-lo em luta e em melhorias das condições de vida dos jovens.

Camaradas,

importantes tarefas imediatas temos pela frente:

A preparação e realização da Greve Geral no dia 30 Maio, vai exigir dos jovens trabalhadores um trabalho árduo, junto das empresas e locais de trabalho prioritários, no esclarecimento, na discussão, na mobilização de colegas e na preparação dos piquetes de greve.

É determinante o envolvimento dos jovens trabalhadores da JCP, quer no plano orgânico, quer no plano unitário, para que esta seja uma grande Greve Geral – a primeira greve geral num governo do PS - e um momento de ruptura com as políticas de direita, e de afirmação da necessidade de mudança de políticas para um futuro melhor;

A construção da Festa do Avante!, com o ínicio das jornadas de trabalho marcadas para dia _ de Junho, a preparação dos espaços que assegura a organização de Lisboa, a venda de EP's, a divulgação e afirmação da Festa!, a realização dos concursos de bandas de apuramento para o Palco Novos Valores;

A realização do acampamento regional de Lisboa;

A continuação da campanha de balanço de organização que se estende até final de Julho;

A preparação, no plano unitário, das Listas para os processos eleitorais do próximo ano lectivo do ensino secundário, superior e profissional. E ainda este ano no superior (EX FCUL final de Maio);

A concretização de todas estas tarefas, camaradas, só será possível com mais colectivos de escola e de empresa, com mais camaradas responsabilizados, com a recolha mais regular das quotas e de fundos, com mais venda do Avante! E do Agit,

Em suma,

Com a aplicação do desenvolvimento criativo do centralismo democrático, de discussão activa do colectivo de base e autonomia no quadro das orientações gerais; com uma direcção central única, e uma orientação geral única, baseada numa profunda democracia interna.

Camaradas,

o tempo que vivemos é de luta.

E se partido houve que jamais baixou os braços na luta, jamais se resignou, jamais deixou de erguer a sua bandeira, foi o Partido Comunista Português.

Os comunistas e o seu partido tiveram sempre na linha da frente da luta por um Portugal livre, independente e soberano; pela defesa de uma democracia política, económica, social e cultural;por um futuro de progresso e justiça social para a juventude, os trabalhadores e o povo português.

E sempre como hoje, com uma inabalável confiança no futuro, e munidos da unidade, camaradagem, fraternidade, e solidariedade, afirmamos bem alto que o caminho é a luta, a luta por um futuro digno, a luta por uma vida melhor.

Foi para isso que realizámos este nosso Encontro, agora, mãos à obra!

Detalhes Criado em 08-05-2007

Intervenção de Encerramento XV Encontro Regional de Lisboa da JCP

Rita Rato

Camaradas,

Agora que chegamos ao final deste encontro podemos certamente afirmar que estamos melhor preparados para responder aos desafios que se nos colocam.

A preparação deste encontro enquadra-se na orientação definida no 8º Congresso da JCP de realização de encontros regionais, que promovessem a aplicação das orientações gerais à realidade concreta de cada região, e à definição de linhas de trabalho prioritárias para o reforço da organização e que orientassem a nossa intervenção.

A realização da AOESL, e do ERES enquadram-se no processo preparatório deste Encontro, partindo da discussão da situação política e da definição de linhas de reforço.

Vários foram os camaradas, que aqui nos trouxeram situações claras de ataque aos direitos democráticos da juventude.

Ataque que não é de circunstância, não consiste numa opção a curto prazo para resolver o que quer que seja, contrariamente ao que todos os dias nos diz a propaganda do governo.

Este ataque consiste antes na política de direita, que nos últimos 30 anos os sucessivos governos vêm a desencadear contra os valores e as conquistas da Revolução de Abril, agravando as condições de vida de milhares de jovens, e assim comprometendo o futuro destes, e do nosso país.

Os jovens trabalhadores enfrentam todos os dias a incerteza e a dúvida sobre o dia de amanhã: 61% na região de Lisboa são precários, e por isso de 15 em 15 dias, de mês a mês enfrentam a angústia de saber se ainda servem, ou se continuam em fila de espera para o próximo despedimento colectivo. Os salários são muito baixos, o que torna as despesas elementares insuportáveis. O duplo emprego é cada vez mais uma realidade entre os jovens trabalhadores, fazendo ultrapassar em muito as 8h de jornada diária de trabalho.

Os estudantes do Ensino Básico e Secundário, frequentam escolas provisórias há mais de 30 anos, onde faltam cadeiras, mesas, pavilhões desportivos; onde chove nas salas de aulas, e os bares e cantinas têm preços muito elevados e qualidade reduzida por serem privatizados; escolas onde, por falta de trabalhadores as salas de aula não funcionam comprometendo o normal funcionamento da escola. Os exames nacionais, as aulas de substituição, a não implementação da Educação Sexual são outros dos problemas com que os estudantes do secundário se confrontam todos os dias.

No Ensino Superior, este Governo decidiu ficar desde logo na linha da frente do Processo de Bolonha e empurrar as instituições para o aumento exorbitante do valor das propinas de 1º e 2º ciclo, através do subfinanciamento das instituições, e da aplicação do critério de diferenciação de quem pode ou não pagar outros níveis de ensino.

A ofensiva lançada sobre o direito à educação, ao trabalho com direitos, à habitação, às liberdades e direitos democráticos, não é opção imediata do actual governo: antes corresponde à agudização da política de direita, política de classe daqueles que intensificam a exploração, as desigualdades e injustiças sociais, que acumulam lucros colossais à custa das dificuldades da maioria e do empobrecimento e miséria de muitos jovens e trabalhadores portugueses.

Camaradas,

Perante esta ofensiva, a organização revolucionária da juventude portuguesa – a JCP - tem que estar à altura e dar a resposta necessária.

O reforço da nossa organização, como organização juvenil, assume uma dimensão central. A organização de mais camaradas através da criação de mais colectivos de base e reforço dos existentes; uma planificação do trabalho e integração dos vários camaradas na descentralização de tarefas; mais camaradas a pagar quotas, a comprar regularmente o Avante!, o Militante e o Agit; são algumas medidas essenciais para a formação ideológica e de trabalho dos quadros da JCP.

Mas este trabalho não pode ser feito sem ligação à vida, não é um processo fechado sobre si mesmo, o reforço da organização não é um fim, mas sobretudo um meio, assim como o nosso Encontro, que não foi preprarado apenas dentro de quatro paredes, mas sim no caudal de lutas que inunda as ruas do nosso país.

Um meio, para mais reforçados intervirmos em cada escola, em cada empresa e local de trabalho, em cada associação juvenil. Onde existe um jovem comunista, e em unidade com outros jovens, é necessário dinamizar e reforçar a luta pela defesa dos direitos democráticos.

Por isso, a intervenção directa dos comunistas sobre os problemas concretos dos locais de trabalho, das escolas do ensino secundário, do superior, do profissional, é mais que necessária - é insubstituível! Só com uma ligação concreta e dinâmica ao pulsar da vida e às aspirações e anseios da juventude será possível capitalizar o descontentamento existente, transformá-lo em luta e em melhorias das condições de vida dos jovens.

Camaradas,

importantes tarefas imediatas temos pela frente:

A preparação e realização da Greve Geral no dia 30 Maio, vai exigir dos jovens trabalhadores um trabalho árduo, junto das empresas e locais de trabalho prioritários, no esclarecimento, na discussão, na mobilização de colegas e na preparação dos piquetes de greve.

É determinante o envolvimento dos jovens trabalhadores da JCP, quer no plano orgânico, quer no plano unitário, para que esta seja uma grande Greve Geral – a primeira greve geral num governo do PS - e um momento de ruptura com as políticas de direita, e de afirmação da necessidade de mudança de políticas para um futuro melhor;

A construção da Festa do Avante!, com o ínicio das jornadas de trabalho marcadas para dia _ de Junho, a preparação dos espaços que assegura a organização de Lisboa, a venda de EP's, a divulgação e afirmação da Festa!, a realização dos concursos de bandas de apuramento para o Palco Novos Valores;

A realização do acampamento regional de Lisboa;

A continuação da campanha de balanço de organização que se estende até final de Julho;

A preparação, no plano unitário, das Listas para os processos eleitorais do próximo ano lectivo do ensino secundário, superior e profissional. E ainda este ano no superior (EX FCUL final de Maio);

A concretização de todas estas tarefas, camaradas, só será possível com mais colectivos de escola e de empresa, com mais camaradas responsabilizados, com a recolha mais regular das quotas e de fundos, com mais venda do Avante! E do Agit,

Em suma,

Com a aplicação do desenvolvimento criativo do centralismo democrático, de discussão activa do colectivo de base e autonomia no quadro das orientações gerais; com uma direcção central única, e uma orientação geral única, baseada numa profunda democracia interna.

Camaradas,

o tempo que vivemos é de luta.

E se partido houve que jamais baixou os braços na luta, jamais se resignou, jamais deixou de erguer a sua bandeira, foi o Partido Comunista Português.

Os comunistas e o seu partido tiveram sempre na linha da frente da luta por um Portugal livre, independente e soberano; pela defesa de uma democracia política, económica, social e cultural;por um futuro de progresso e justiça social para a juventude, os trabalhadores e o povo português.

E sempre como hoje, com uma inabalável confiança no futuro, e munidos da unidade, camaradagem, fraternidade, e solidariedade, afirmamos bem alto que o caminho é a luta, a luta por um futuro digno, a luta por uma vida melhor.

Foi para isso que realizámos este nosso Encontro, agora, mãos à obra!

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