um balanço de 2011(natureza morta com a bolsinha multi-usos)(para avaliarem bem o seu tamanho reduzido: a dita cuja ao lado de um conjunto de objetos aleatórios constituído por um batom mágico, uma malga de marmelada caseira, a marmelada não a malga, e uma forma de biscoitos em forma de pera que faz rabiosques jeitosos de massa de manteiga antes e depois da ingestão)Se 2010 ficou marcado por ter sido o ano em que descobri um pelo no queixo, 2011 foi o ano das grandes decisões: mudei-me para Portugal e comprei finalmente, por uns míseros dois euros e meio, a bolsinha multi-usos. E o que é a a bolsinha multi-usos, perguntam vocês (não perguntam nada, olha aí a infantilização dos leitores). Bem, não perguntam mas eu respondo: A bolsinha multi-usos, nome claramente cunhado nos meus anos ao serviço da CDU, é uma pequena revolução, uma versão condensada do génio da lâmpada com uns escassos vinte centímetros por dez. É a bolsinha que já toda a gente pensou ter, que reúne todas as coisas que estão espalhadas pela mala e que falham com inaudita constância a transferência de uma mala para a outra.Abrindo-a a qualquer momento sei que está lá uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, alguma coisa com que besuntar os lábios, um par de lentes de contacto, um stick USB, um tampão, um batom que me deixa instantaneamente com o aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma caixa de cigarrilhas, um pacote de lenços de papel e uma embalagem de ibuprofeno, substância em que sou viciada sete dias por mês.2011 foi portanto o ano em que, a partir da sua segunda metade, (quase nunca) ninguém me apanhou sem uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, um par de lentes de contacto, alguma coisa com que besuntar os lábios, um stick USB, um tampão, um batom que me deixa instantaneamente com o aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma caixa de cigarrilhas, um pacote de lenços de papel ou uma embalagem de ibuprofeno, substância em que sou viciada sete dias por mês.E o que isto faz pela qualidade de vida de uma pessoa? Nunca mais ter de pensar ao mudar de mala, nunca mais deixar de trocar de carteira por falta de tempo, nunca mais ter dúvidas nem ficar sem uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, um par de lentes de contacto, alguma coisa com que besuntar os lábios, um stick USB, um tampão, um batom que me deixa instantaneamente com o aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma caixa de cigarrilhas, um pacote de lenços de papel ou uma embalagem de ibuprofeno?E com isso 2011 fez também de mim melhor pessoa, melhor amiga e uma melhor colega, uma vez que toda a gente à minha volta sabia a quem pedir uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, alguma coisa com que besuntar os lábios, um stick USB, um tampão, um batom aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma cigarrilha, um lenço de papel ou um comprimido de ibuprofeno.Com o que, num post comprido como é regra e uso, fica feito o balanço de 2011: pelo menos 50% das minhas grandes decisões foram acertadas. Já não é mau, pois não?
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um balanço de 2011(natureza morta com a bolsinha multi-usos)(para avaliarem bem o seu tamanho reduzido: a dita cuja ao lado de um conjunto de objetos aleatórios constituído por um batom mágico, uma malga de marmelada caseira, a marmelada não a malga, e uma forma de biscoitos em forma de pera que faz rabiosques jeitosos de massa de manteiga antes e depois da ingestão)Se 2010 ficou marcado por ter sido o ano em que descobri um pelo no queixo, 2011 foi o ano das grandes decisões: mudei-me para Portugal e comprei finalmente, por uns míseros dois euros e meio, a bolsinha multi-usos. E o que é a a bolsinha multi-usos, perguntam vocês (não perguntam nada, olha aí a infantilização dos leitores). Bem, não perguntam mas eu respondo: A bolsinha multi-usos, nome claramente cunhado nos meus anos ao serviço da CDU, é uma pequena revolução, uma versão condensada do génio da lâmpada com uns escassos vinte centímetros por dez. É a bolsinha que já toda a gente pensou ter, que reúne todas as coisas que estão espalhadas pela mala e que falham com inaudita constância a transferência de uma mala para a outra.Abrindo-a a qualquer momento sei que está lá uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, alguma coisa com que besuntar os lábios, um par de lentes de contacto, um stick USB, um tampão, um batom que me deixa instantaneamente com o aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma caixa de cigarrilhas, um pacote de lenços de papel e uma embalagem de ibuprofeno, substância em que sou viciada sete dias por mês.2011 foi portanto o ano em que, a partir da sua segunda metade, (quase nunca) ninguém me apanhou sem uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, um par de lentes de contacto, alguma coisa com que besuntar os lábios, um stick USB, um tampão, um batom que me deixa instantaneamente com o aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma caixa de cigarrilhas, um pacote de lenços de papel ou uma embalagem de ibuprofeno, substância em que sou viciada sete dias por mês.E o que isto faz pela qualidade de vida de uma pessoa? Nunca mais ter de pensar ao mudar de mala, nunca mais deixar de trocar de carteira por falta de tempo, nunca mais ter dúvidas nem ficar sem uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, um par de lentes de contacto, alguma coisa com que besuntar os lábios, um stick USB, um tampão, um batom que me deixa instantaneamente com o aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma caixa de cigarrilhas, um pacote de lenços de papel ou uma embalagem de ibuprofeno?E com isso 2011 fez também de mim melhor pessoa, melhor amiga e uma melhor colega, uma vez que toda a gente à minha volta sabia a quem pedir uma caneta, um cabo para carregar o telemóvel, gotas para os olhos, alguma coisa com que besuntar os lábios, um stick USB, um tampão, um batom aspeto "aparência cuidada", uns auscultadores, uma cigarrilha, um lenço de papel ou um comprimido de ibuprofeno.Com o que, num post comprido como é regra e uso, fica feito o balanço de 2011: pelo menos 50% das minhas grandes decisões foram acertadas. Já não é mau, pois não?