Boas Intenções: o ano em que salvamos o natal

22-01-2012
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2009 ficará para a História como o ano em que, eu e o meu irmão, salvamos o Natal. Arregaçamos as mangas e tomamos o controlo. Deixamos a resistência passiva à discórdia alheia e fizemos do amor força criadora. Pedimos onde tínhamos de pedir, perguntamos onde tínhamos de perguntar e seguimos em tudo o resto os nossos melhores instintos, seguros das nossas capacidades e dos seus resultados. Da tragédia familiar que fazia de nós refugiados, tiramos a força e a determinação, da confiança de uns a coragem, do cepticismo de outros o desafio, aos genes teremos ido buscar algum talento, de cantos recônditos da memória imagens, algumas só com um ano outras com muitos mais.Aqui chegados, tudo o que fizemos foi bacaulhau, couves, roupa velha e cabrito. Rabanadas para diferentes clientelas e aletria, a voz da Maria de Lourdes Modesto a ecoar no fundo da minha cabeça depois de tanto lamentar a ausência da Internet ou de um livro, isto é, aquele livro.Tudo o que fizemos foi bacalhau, couves, roupa velha e cabrito. Mas devolvemos o Natal ao local onde pertencia, devolvemo-lo ao seu legítimo anfitrião, devolvemo-lo às paredes que o conheceram nos seus dias de glória, às paredes entre as quais eu ganhei a minha primeira imagem do Natal.E fizémo-lo com as nossas mãos e da nossa cooperação. Deixamos a resistência passiva à discórdia alheia e fizemos do amor força criadora. Aquilo que iniciamos este Natal seguirá possivelmente por alguns anos, gostávamos os dois de o ver durar anos suficientes para que o número à mesa voltasse a crescer. Aquilo que iniciamos este Natal foi só bacalhau com batatas, couve galega, cabrito e roupa velha (e muito verde tinto).Mas foi também muito mais.(e estava muito bom)


2009 ficará para a História como o ano em que, eu e o meu irmão, salvamos o Natal. Arregaçamos as mangas e tomamos o controlo. Deixamos a resistência passiva à discórdia alheia e fizemos do amor força criadora. Pedimos onde tínhamos de pedir, perguntamos onde tínhamos de perguntar e seguimos em tudo o resto os nossos melhores instintos, seguros das nossas capacidades e dos seus resultados. Da tragédia familiar que fazia de nós refugiados, tiramos a força e a determinação, da confiança de uns a coragem, do cepticismo de outros o desafio, aos genes teremos ido buscar algum talento, de cantos recônditos da memória imagens, algumas só com um ano outras com muitos mais.Aqui chegados, tudo o que fizemos foi bacaulhau, couves, roupa velha e cabrito. Rabanadas para diferentes clientelas e aletria, a voz da Maria de Lourdes Modesto a ecoar no fundo da minha cabeça depois de tanto lamentar a ausência da Internet ou de um livro, isto é, aquele livro.Tudo o que fizemos foi bacalhau, couves, roupa velha e cabrito. Mas devolvemos o Natal ao local onde pertencia, devolvemo-lo ao seu legítimo anfitrião, devolvemo-lo às paredes que o conheceram nos seus dias de glória, às paredes entre as quais eu ganhei a minha primeira imagem do Natal.E fizémo-lo com as nossas mãos e da nossa cooperação. Deixamos a resistência passiva à discórdia alheia e fizemos do amor força criadora. Aquilo que iniciamos este Natal seguirá possivelmente por alguns anos, gostávamos os dois de o ver durar anos suficientes para que o número à mesa voltasse a crescer. Aquilo que iniciamos este Natal foi só bacalhau com batatas, couve galega, cabrito e roupa velha (e muito verde tinto).Mas foi também muito mais.(e estava muito bom)

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