Maior ‘free float’ torna Portucel mais atractiva para investidores internacionais

06-08-2015
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Na passada terça-feira, a Semapa deu como concluída a operação de troca das suas acções por títulos da participada Portucel. A operação ficou aquém do esperado, já que a ‘holding' de Pedro Queiroz Pereira não conseguiu reunir o capital suficiente para a retirada da Semapa de bolsa. Mas em compensação, permitiu que a Portucel visse o seu ‘free float' aumentar, o que poderá elevar a liquidez do título. Um aumento que os analistas consideram que poderá atrair o interesse dos investidores institucionais estrangeiros pelo título.

Antes da operação de troca, a Portucel tinha um ‘free float' de 17,57%, equivalente a um valor de mercado de 484,9 milhões de euros. Calculando as acções que foram aceites na troca, com a redução da posição da Semapa, a dispersão de capital passou para 28,59% (valor de 788,6 milhões de euros), uma subida de cerca de 11 pontos percentuais. Três analistas contactados pelo Diário Económico são unânimes em dizer que esta operação é positiva para a Portucel e que poderá ajudar a chamar investidores estrangeiros para o capital da produtora de pasta de celulose e papel. "A Portucel era provavelmente vista como um título com baixa liquidez e pequeno ‘free float'. Desta forma, após esta operação, e assumindo que poderá contribuir para aumentar a liquidez do título em bolsa, é possível portanto considerar que tal poderá aumentar o interesse por parte de investidores que pretendam ter exposição à área da pasta e do papel", explicou Albino Oliveira, analista da Fincor. Para além de ser uma das maiores exportadoras nacionais, a empresa liderada por Diogo da Silveira é um dos maiores operadores mundiais do sector.

Pedro Ricardo Santos, da XTB Portugal, partilha a mesma opinião. "Sem dúvida que o aumento do ‘free float' em 11 p.p. aumenta o apetite dos investidores nacionais e estrangeiros por este activo. Consequência directa da dispersão do capital é o aumento da respectiva liquidez, tão apreciada pelos investidores", com o gestor da XTB a acrescentar que, os fundamentais da Portucel também são sempre apreciados pelos investidores que procuram bons dividendos. A Portucel é conhecida por ser uma das cotadas mais generosas da bolsa nacional em termos de distribuição de dividendos. A última vez em que a empresa de pasta e papel remunerou os seus accionistas, em Maio, pagou 317,6 milhões de euros em dividendos, mais 117 milhões que no ano passado.

Steven Santos, gestor do BiG, também concorda que a Portucel ficou mais atractiva do ponto de vista dos investidores internacionais, mas frisa que "no entanto, este ‘free float' de 28,6% está muito abaixo da dispersão pretendida com a operação, que rondaria os 45%". Segundo o gestor do BiG, esta situação explicava o rumo descendente das acções da papeleira na última sessão. As acções da Portucel encerraram ontem com uma desvalorização de 0,14%, para os 3,608 euros. Já Pedro Ricardo Santos classificou-o como um movimento correctivo. "O título subiu cerca de 50 cêntimos, desde o início da operação de troca, agora, depois da respectiva conclusão, é natural observarmos um ajuste no preço", explicou.

Movimento contrário foi o que se observou nas acções da Semapa que terminaram ontem com uma subida de 2,22%, para os 12,44 euros. Para Steven santos, o título estava a ser impulsionado pela possibilidade de a contrapartida ser aumentada. "A fraca adesão à operação sugeriu que o mercado reconhece valor implícito às duas áreas de negócio mais pequenas do conglomerado e hoje está a reflectir-se na cotação da Semapa", disse o gestor do BiG.

Na passada terça-feira, a Semapa deu como concluída a operação de troca das suas acções por títulos da participada Portucel. A operação ficou aquém do esperado, já que a ‘holding' de Pedro Queiroz Pereira não conseguiu reunir o capital suficiente para a retirada da Semapa de bolsa. Mas em compensação, permitiu que a Portucel visse o seu ‘free float' aumentar, o que poderá elevar a liquidez do título. Um aumento que os analistas consideram que poderá atrair o interesse dos investidores institucionais estrangeiros pelo título.

Antes da operação de troca, a Portucel tinha um ‘free float' de 17,57%, equivalente a um valor de mercado de 484,9 milhões de euros. Calculando as acções que foram aceites na troca, com a redução da posição da Semapa, a dispersão de capital passou para 28,59% (valor de 788,6 milhões de euros), uma subida de cerca de 11 pontos percentuais. Três analistas contactados pelo Diário Económico são unânimes em dizer que esta operação é positiva para a Portucel e que poderá ajudar a chamar investidores estrangeiros para o capital da produtora de pasta de celulose e papel. "A Portucel era provavelmente vista como um título com baixa liquidez e pequeno ‘free float'. Desta forma, após esta operação, e assumindo que poderá contribuir para aumentar a liquidez do título em bolsa, é possível portanto considerar que tal poderá aumentar o interesse por parte de investidores que pretendam ter exposição à área da pasta e do papel", explicou Albino Oliveira, analista da Fincor. Para além de ser uma das maiores exportadoras nacionais, a empresa liderada por Diogo da Silveira é um dos maiores operadores mundiais do sector.

Pedro Ricardo Santos, da XTB Portugal, partilha a mesma opinião. "Sem dúvida que o aumento do ‘free float' em 11 p.p. aumenta o apetite dos investidores nacionais e estrangeiros por este activo. Consequência directa da dispersão do capital é o aumento da respectiva liquidez, tão apreciada pelos investidores", com o gestor da XTB a acrescentar que, os fundamentais da Portucel também são sempre apreciados pelos investidores que procuram bons dividendos. A Portucel é conhecida por ser uma das cotadas mais generosas da bolsa nacional em termos de distribuição de dividendos. A última vez em que a empresa de pasta e papel remunerou os seus accionistas, em Maio, pagou 317,6 milhões de euros em dividendos, mais 117 milhões que no ano passado.

Steven Santos, gestor do BiG, também concorda que a Portucel ficou mais atractiva do ponto de vista dos investidores internacionais, mas frisa que "no entanto, este ‘free float' de 28,6% está muito abaixo da dispersão pretendida com a operação, que rondaria os 45%". Segundo o gestor do BiG, esta situação explicava o rumo descendente das acções da papeleira na última sessão. As acções da Portucel encerraram ontem com uma desvalorização de 0,14%, para os 3,608 euros. Já Pedro Ricardo Santos classificou-o como um movimento correctivo. "O título subiu cerca de 50 cêntimos, desde o início da operação de troca, agora, depois da respectiva conclusão, é natural observarmos um ajuste no preço", explicou.

Movimento contrário foi o que se observou nas acções da Semapa que terminaram ontem com uma subida de 2,22%, para os 12,44 euros. Para Steven santos, o título estava a ser impulsionado pela possibilidade de a contrapartida ser aumentada. "A fraca adesão à operação sugeriu que o mercado reconhece valor implícito às duas áreas de negócio mais pequenas do conglomerado e hoje está a reflectir-se na cotação da Semapa", disse o gestor do BiG.

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