Ricardo Sá Fernandes: Livre evitou “assassinato em público”, mas não "o vexame"

24-01-2020
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Os congressistas do Livre evitaram “o assassinato em público” de Joacine Katar Moreira mas não “o vexame do partido”, considera Ricardo Sá Fernandes em artigo de opinião escrito esta quarta-feira no Público (“E agora, Joacine e Livre?”). Para o advogado, o partido “está numa encruzilhada”.

O membro da comissão de ética do Livre garante que foi ao “animado” congresso do partido para tentar “evitar o desastre”. Ricardo Sá Fernandes reconhece que não correu bem, porque, “infelizmente, as acusações à deputada foram renovadas e esta reagiu como o país viu”. Mas como a discussão do problema foi adiada, o advogado considera que “evitou-se o assassinato em público”: “Por uma escassa maioria (52 votos contra 50), deferiu-se a discussão do problema para os órgãos a eleger no Congresso. O vexame do partido não foi evitado, mas do mal ainda assim ficou o menos”.

Ricardo Sá Fernandes defende que “em nenhum partido democrático do mundo se retira a confiança política à sua única deputada por divergências procedimentais e sem lhe dar a oportunidade de se defender” e que “não havia condições nem tempo para poder fazer num Congresso que não fora convocado para esse efeito”. Seria, na opinião do advogado, “uma indignidade”.

O político considera que o Livre está neste momento “numa encruzilhada” porque “ou é capaz de construir as pontes que até agora faltaram ou fica amputado de uma parte de si”.

“O partido deve ter a ambição de ser plural e de absorver várias maneiras de estar na política e na sociedade. Não tem de ter receio de fazer conviver personalidades dissonantes e até contraditórias. Essa é uma riqueza, não uma fraqueza. Com fidelidade aos princípios, é certo, mas sem esquecer que o bom senso e a tolerância são imprescindíveis quando se desce das alturas dos valores para o concreto das pessoas”, escreve Ricardo Sá Fernandes.

Os congressistas do Livre evitaram “o assassinato em público” de Joacine Katar Moreira mas não “o vexame do partido”, considera Ricardo Sá Fernandes em artigo de opinião escrito esta quarta-feira no Público (“E agora, Joacine e Livre?”). Para o advogado, o partido “está numa encruzilhada”.

O membro da comissão de ética do Livre garante que foi ao “animado” congresso do partido para tentar “evitar o desastre”. Ricardo Sá Fernandes reconhece que não correu bem, porque, “infelizmente, as acusações à deputada foram renovadas e esta reagiu como o país viu”. Mas como a discussão do problema foi adiada, o advogado considera que “evitou-se o assassinato em público”: “Por uma escassa maioria (52 votos contra 50), deferiu-se a discussão do problema para os órgãos a eleger no Congresso. O vexame do partido não foi evitado, mas do mal ainda assim ficou o menos”.

Ricardo Sá Fernandes defende que “em nenhum partido democrático do mundo se retira a confiança política à sua única deputada por divergências procedimentais e sem lhe dar a oportunidade de se defender” e que “não havia condições nem tempo para poder fazer num Congresso que não fora convocado para esse efeito”. Seria, na opinião do advogado, “uma indignidade”.

O político considera que o Livre está neste momento “numa encruzilhada” porque “ou é capaz de construir as pontes que até agora faltaram ou fica amputado de uma parte de si”.

“O partido deve ter a ambição de ser plural e de absorver várias maneiras de estar na política e na sociedade. Não tem de ter receio de fazer conviver personalidades dissonantes e até contraditórias. Essa é uma riqueza, não uma fraqueza. Com fidelidade aos princípios, é certo, mas sem esquecer que o bom senso e a tolerância são imprescindíveis quando se desce das alturas dos valores para o concreto das pessoas”, escreve Ricardo Sá Fernandes.

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