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08-10-2014
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Dinheiro

Zeinal Bava abandona presidência da Oi

08-10-2014

O português saiu da empresa depois de meses de polémica por conta do GES

Por Diogo Cavaleiro e Ana Luísa Marques/Neg.

Zeinal Bava já não está à frente da Oi. Depois de meses de polémica, em que a dívida do Grupo Espírito Santo que não foi paga à Portugal Telecom esteve no centro, o gestor abandonou a presidência executiva da operadora brasileira.

"Oi S.A. ("Oi" ou "Companhia", Bovespa: OIBR3, OIBR4; NYSE: OIBR e OIBR.C), em atendimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e nos termos da Instrução CVM nº 358/02, vem informar aos seus accionistas e ao mercado em geral que o Sr. Zeinal Abedin Mahomed Bava renunciou nesta data ao cargo de Diretor Presidente da Companhia", indica o comunicado emitido pela empresa brasileira.

Bava esteve, antes da Oi, ligado à Portugal Telecom, empresa para a qual entrou em 1999 (para a PT Multimédia, que depois daria lugar à Zon, hoje Nos). Aliás, a sua partida para a empresa brasileira, em Junho de 2013, ocorreu num movimento que antecedeu à fusão entre as duas empresas.

CFO substitui para já, Genish é CEO mais apontado

Para já, ainda não há um substituto em permanência para o cargo ocupado pelo português, nascido em Lourenço Marques. A solução encontrada pela administração foi a de colocar o administrador com a responsabilidade das Finanças e das Relações com Investidores, Paoli Gontijo, em acumulação de funções com as de presidente executivo.

Gontijo fica no cargo "até que o conselho de administração da companhia delibere sobre a indicação do substituto para o cargo". O Valor Económico escreveu hoje que Amos Genish, fundador da operadora brasileira GVT, é o nome escolhido pelos maiores accionistas da Oi para substituir Bava. Mas sobre isso, nada está no comunicado.

Pressão dos accionistas da Oi

A decisão de Bava surge numa altura em que eram vários os rumores em torno de uma eventual demissão. No fim-de-semana, uma coluna de opinião da revista Veja indicou que os accionistas da brasileira Oi, o banco BTG Pactual e Otávio Azevedo do Grupo Andrade, queriam substituir o líder da empresa. E a ideia era a de que tal anúncio iria acontecer no "início da semana". Aconteceu na madrugada desta quarta-feira.

As notícias sobre este tema referem sempre o investimento de dívida de uma empresa do Grupo Espírito Santo por parte da Portugal Telecom na ordem dos 900 milhões de euros. A Rio Forte não conseguiu fazer face a esse pagamento e a PT SGPS acabou por perder peso na estrutura accionista da Oi. Foram ordenadas auditorias. Uma delas, interna e noticiada esta terça-feira pelo Público, aponta responsabilidades para Bava – e para Henrique Granadeiro, que estava à frente da PT SGPS e que já se demitiu desse cargo.

A saída ocorre também numa altura em que a consolidação é o tema forte no Brasil. E em que a própria Oi está em processo de fusão ainda com a PT. De qualquer modo, neste momento, fala-se numa possível compra da Oi pela Telecom Italia, dona da brasileira Tim. O cenário inverso também já tem sido mencionado.

Saída antes de decisão sobre PT Portugal

Saindo do cargo, Bava não terá de lidar com aquela que, nos últimos dias, é a muito falada venda da PT Portugal (subsidiária da Oi onde estão integrados os activos da antiga PT como os serviços Meo). Têm surgido notícias de que a brasileira está em negociações para alienar aquela parte da empresa para se financiar e ganhar músculo para comprar a Tim.

"Até a presente data, não existe decisão visando à alienação de seus ativos em Portugal, nem tampouco recebeu qualquer proposta para isso", disse a empresa hoje. Mas como o Negócios tem escrito, a francesa Altice, dona da Cabovisão, está a posicionar-se para a aquisição.

Sai uma das imagens da fusão Oi e PT

Bava era uma das imagens da fusão da PT com a Oi. Com a sua saída, sai uma "força muito grande nessa fusão", comentou à Veja o analista da Ovum Ari Lopes. "O ponto agora é saber quem vai entrar no lugar, se é algum executivo da Portugal Telecom. (Caso contrário), pode ser uma pista de que essa fusão está desandando", disse.

"A saída de Bava também é ruim por ser o terceiro presidente a sair em cerca de quatro anos. Essa mudança constante atrapalha a gestão da empresa, falta à Oi estabilidade para resolver seus problemas", acrescentou ainda o analista nos comentários àquela revista.

De qualquer forma, Bava também já afirmou que a transacção da sua vida é outra. "A operação da minha vida foi o nascimento dos meus três filhos".

Dinheiro

Zeinal Bava abandona presidência da Oi

08-10-2014

O português saiu da empresa depois de meses de polémica por conta do GES

Por Diogo Cavaleiro e Ana Luísa Marques/Neg.

Zeinal Bava já não está à frente da Oi. Depois de meses de polémica, em que a dívida do Grupo Espírito Santo que não foi paga à Portugal Telecom esteve no centro, o gestor abandonou a presidência executiva da operadora brasileira.

"Oi S.A. ("Oi" ou "Companhia", Bovespa: OIBR3, OIBR4; NYSE: OIBR e OIBR.C), em atendimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e nos termos da Instrução CVM nº 358/02, vem informar aos seus accionistas e ao mercado em geral que o Sr. Zeinal Abedin Mahomed Bava renunciou nesta data ao cargo de Diretor Presidente da Companhia", indica o comunicado emitido pela empresa brasileira.

Bava esteve, antes da Oi, ligado à Portugal Telecom, empresa para a qual entrou em 1999 (para a PT Multimédia, que depois daria lugar à Zon, hoje Nos). Aliás, a sua partida para a empresa brasileira, em Junho de 2013, ocorreu num movimento que antecedeu à fusão entre as duas empresas.

CFO substitui para já, Genish é CEO mais apontado

Para já, ainda não há um substituto em permanência para o cargo ocupado pelo português, nascido em Lourenço Marques. A solução encontrada pela administração foi a de colocar o administrador com a responsabilidade das Finanças e das Relações com Investidores, Paoli Gontijo, em acumulação de funções com as de presidente executivo.

Gontijo fica no cargo "até que o conselho de administração da companhia delibere sobre a indicação do substituto para o cargo". O Valor Económico escreveu hoje que Amos Genish, fundador da operadora brasileira GVT, é o nome escolhido pelos maiores accionistas da Oi para substituir Bava. Mas sobre isso, nada está no comunicado.

Pressão dos accionistas da Oi

A decisão de Bava surge numa altura em que eram vários os rumores em torno de uma eventual demissão. No fim-de-semana, uma coluna de opinião da revista Veja indicou que os accionistas da brasileira Oi, o banco BTG Pactual e Otávio Azevedo do Grupo Andrade, queriam substituir o líder da empresa. E a ideia era a de que tal anúncio iria acontecer no "início da semana". Aconteceu na madrugada desta quarta-feira.

As notícias sobre este tema referem sempre o investimento de dívida de uma empresa do Grupo Espírito Santo por parte da Portugal Telecom na ordem dos 900 milhões de euros. A Rio Forte não conseguiu fazer face a esse pagamento e a PT SGPS acabou por perder peso na estrutura accionista da Oi. Foram ordenadas auditorias. Uma delas, interna e noticiada esta terça-feira pelo Público, aponta responsabilidades para Bava – e para Henrique Granadeiro, que estava à frente da PT SGPS e que já se demitiu desse cargo.

A saída ocorre também numa altura em que a consolidação é o tema forte no Brasil. E em que a própria Oi está em processo de fusão ainda com a PT. De qualquer modo, neste momento, fala-se numa possível compra da Oi pela Telecom Italia, dona da brasileira Tim. O cenário inverso também já tem sido mencionado.

Saída antes de decisão sobre PT Portugal

Saindo do cargo, Bava não terá de lidar com aquela que, nos últimos dias, é a muito falada venda da PT Portugal (subsidiária da Oi onde estão integrados os activos da antiga PT como os serviços Meo). Têm surgido notícias de que a brasileira está em negociações para alienar aquela parte da empresa para se financiar e ganhar músculo para comprar a Tim.

"Até a presente data, não existe decisão visando à alienação de seus ativos em Portugal, nem tampouco recebeu qualquer proposta para isso", disse a empresa hoje. Mas como o Negócios tem escrito, a francesa Altice, dona da Cabovisão, está a posicionar-se para a aquisição.

Sai uma das imagens da fusão Oi e PT

Bava era uma das imagens da fusão da PT com a Oi. Com a sua saída, sai uma "força muito grande nessa fusão", comentou à Veja o analista da Ovum Ari Lopes. "O ponto agora é saber quem vai entrar no lugar, se é algum executivo da Portugal Telecom. (Caso contrário), pode ser uma pista de que essa fusão está desandando", disse.

"A saída de Bava também é ruim por ser o terceiro presidente a sair em cerca de quatro anos. Essa mudança constante atrapalha a gestão da empresa, falta à Oi estabilidade para resolver seus problemas", acrescentou ainda o analista nos comentários àquela revista.

De qualquer forma, Bava também já afirmou que a transacção da sua vida é outra. "A operação da minha vida foi o nascimento dos meus três filhos".

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