A oportunidade perdida de Francisco Louçã

10-04-2015
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Pelos vistos, a Comunicação Social portuguesa descobriu ontem que existe uma Carta de Intenções assinada pelo Governo na mesma altura em que foi assinado o Memorando da Troika. Nessa Carta dirigida ao FMI, o Governo compromete-se, entre outras medidas, a reduzir de forma significativa a Taxa Social Única.

É estranho que essa Carta seja agora apresentada como nova, quando a sua existência já é muito do conhecimento geral. Mesmo o 5 Dias já publicou um resumo das partes mais importantes há mais de 15 dias.

Relembre-se que quem «levantou a lebre» pela primeira vez foi Francisco Louçã no debate com José Sócrates, atirando com a questão da TSU e deixando o primeiro-ministro embaraçado.

O que não se compreende é a razão pela qual o líder do Bloco não explorou devidamente o documento. Neste, o Governo compromete-se a aumentar o IVA, a introduzir uma nova taxa sobre a electricidade a partir de 2012, a privatizar uma parte da Caxa Geral de Depósitos, a privatizar mais 2 grandes empresas em 2012 e a alterar a legislação relativa ao despedimento por justa causa. E Francisco Louçã, com o documento na mão, foi incapaz de questionar Sócrates sobre estas matérias.

Foi aí que Louçã perdeu uma oportunidade única para derrotar Sócrates de forma flagrante e pôr em xeque toda a narrativa.

É igualmente espantoso o que aconteceu nos dias seguintes. O PS negou tudo, chegando a dizer que era uma carta que ainda não tinha ido para o Correio, mas o Bloco também não soube esclarecer devidamente que carta era aquela.

E de repente o documento «desapareceu». Até ontem. Agora, o Bloco já fala outra vez.

Mas não será tarde?

Pelos vistos, a Comunicação Social portuguesa descobriu ontem que existe uma Carta de Intenções assinada pelo Governo na mesma altura em que foi assinado o Memorando da Troika. Nessa Carta dirigida ao FMI, o Governo compromete-se, entre outras medidas, a reduzir de forma significativa a Taxa Social Única.

É estranho que essa Carta seja agora apresentada como nova, quando a sua existência já é muito do conhecimento geral. Mesmo o 5 Dias já publicou um resumo das partes mais importantes há mais de 15 dias.

Relembre-se que quem «levantou a lebre» pela primeira vez foi Francisco Louçã no debate com José Sócrates, atirando com a questão da TSU e deixando o primeiro-ministro embaraçado.

O que não se compreende é a razão pela qual o líder do Bloco não explorou devidamente o documento. Neste, o Governo compromete-se a aumentar o IVA, a introduzir uma nova taxa sobre a electricidade a partir de 2012, a privatizar uma parte da Caxa Geral de Depósitos, a privatizar mais 2 grandes empresas em 2012 e a alterar a legislação relativa ao despedimento por justa causa. E Francisco Louçã, com o documento na mão, foi incapaz de questionar Sócrates sobre estas matérias.

Foi aí que Louçã perdeu uma oportunidade única para derrotar Sócrates de forma flagrante e pôr em xeque toda a narrativa.

É igualmente espantoso o que aconteceu nos dias seguintes. O PS negou tudo, chegando a dizer que era uma carta que ainda não tinha ido para o Correio, mas o Bloco também não soube esclarecer devidamente que carta era aquela.

E de repente o documento «desapareceu». Até ontem. Agora, o Bloco já fala outra vez.

Mas não será tarde?

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