Nuno Crato põe alunos em risco

28-11-2014
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Nuno Crato é um mero continuador de políticas iniciadas por Maria de Lurdes Rodrigues. O principais objectivos dos três últimos governos, no aparente âmbito da Educação, têm sido o de diminuir as despesas com pessoal e o de contribuir para o lucro de entidades privadas (a festa da Parque Escolar, com o PS, e as ajudas descaradas aos colégios, com o PSD). Pelo meio, os riscos que os alunos correm vão aumentando, especialmente se se tratar de jovens de meios desfavorecidos.

Em primeiro lugar, as condições de aprendizagem têm vindo a piorar. Entre muitos outros factores, temos a diminuição do tempo individual de trabalho dos professores e o aumento do número de alunos por turma. Os alunos correm, portanto, o gravíssimo risco de frequentar uma escola em que é cada vez mais difícil ensinar.

Para além disso, há riscos crescentes para a integridade física e psicológica dos alunos. Para isso concorrem, por exemplo, o fim do par pedagógico em disciplinas que exigem o manuseamento de materiais ou de instrumentos perigosos e um processo de despedimento de funcionários não docentes que está a atingir o seu auge a menos de um mês do início das aulas. É importante relembrar que cabe a muitos destes funcionários zelar pelos alunos nos espaços exteriores às salas de aula: tal como fez com os professores, Nuno Crato está a falsear números para poder despedir funcionários que, já se si, eram insuficientes para que as escolas pudessem funcionar satisfatoriamente.

Depois, por estranho que possa parecer, há muitos profissionais que trabalham nas escolas que são, também, pais. Todos esses profissionais, à semelhança de muitos outros trabalhadores, têm estado sujeitos a cortes salariais, ao aumento da precariedade ou a despedimentos absolutamente cegos, com reflexos evidentes no poder económico que detinham e consequências obviamente negativas na vida escolar dos filhos: impossibilidade de comprar material, dificuldade em pagar os transportes ou alimentação deficiente são alguns sinais fáceis de identificar.

Como se tudo isso não bastasse, Nuno Crato resolveu apimentar um pouco mais a sua actuação desastrosa, ao injectar mais caos no sistema, deixando escolas, pais e alunos na incerteza quanto à abertura de turmas.

Não nos preocupemos com Nuno Crato: a sua recompensa chegará. O resto é xadrez e os alunos são peões.

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Nuno Crato é um mero continuador de políticas iniciadas por Maria de Lurdes Rodrigues. O principais objectivos dos três últimos governos, no aparente âmbito da Educação, têm sido o de diminuir as despesas com pessoal e o de contribuir para o lucro de entidades privadas (a festa da Parque Escolar, com o PS, e as ajudas descaradas aos colégios, com o PSD). Pelo meio, os riscos que os alunos correm vão aumentando, especialmente se se tratar de jovens de meios desfavorecidos.

Em primeiro lugar, as condições de aprendizagem têm vindo a piorar. Entre muitos outros factores, temos a diminuição do tempo individual de trabalho dos professores e o aumento do número de alunos por turma. Os alunos correm, portanto, o gravíssimo risco de frequentar uma escola em que é cada vez mais difícil ensinar.

Para além disso, há riscos crescentes para a integridade física e psicológica dos alunos. Para isso concorrem, por exemplo, o fim do par pedagógico em disciplinas que exigem o manuseamento de materiais ou de instrumentos perigosos e um processo de despedimento de funcionários não docentes que está a atingir o seu auge a menos de um mês do início das aulas. É importante relembrar que cabe a muitos destes funcionários zelar pelos alunos nos espaços exteriores às salas de aula: tal como fez com os professores, Nuno Crato está a falsear números para poder despedir funcionários que, já se si, eram insuficientes para que as escolas pudessem funcionar satisfatoriamente.

Depois, por estranho que possa parecer, há muitos profissionais que trabalham nas escolas que são, também, pais. Todos esses profissionais, à semelhança de muitos outros trabalhadores, têm estado sujeitos a cortes salariais, ao aumento da precariedade ou a despedimentos absolutamente cegos, com reflexos evidentes no poder económico que detinham e consequências obviamente negativas na vida escolar dos filhos: impossibilidade de comprar material, dificuldade em pagar os transportes ou alimentação deficiente são alguns sinais fáceis de identificar.

Como se tudo isso não bastasse, Nuno Crato resolveu apimentar um pouco mais a sua actuação desastrosa, ao injectar mais caos no sistema, deixando escolas, pais e alunos na incerteza quanto à abertura de turmas.

Não nos preocupemos com Nuno Crato: a sua recompensa chegará. O resto é xadrez e os alunos são peões.

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