Democracia em Portugal?: OLIVENÇA, ELVAS E BADAJOZ

04-07-2011
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Pessoalmente, nada tenho contra ou a favor de cada uma destas localidades. Mas, como cidadão, procuro compreender as posições antagónicas que chegam ao meu conhecimento. O grupo do Amigos de Olivença, movido por um patriotismo tradicional e respeito pela História, está interessado na sua reintegração no território português, mesmo que essa solução possa não agradar aos respectivos habitantes.Pelo lado oposto, quanto à região de Elvas, existem pessoas que consideram grande insensatez terem de pagar impostos a Portugal e serem apoiados por Badajoz quanto a maternidades e outros serviços de saúde, aquisição de combustíveis e outros produto de consumo e de equipamento, no mercado local. Se beneficiam de tais apoios em Espanha, fica gravemente afectado o sentimento de nacionalidade desta população raiana, principalmente quando os seu filhos e netos nascem além fronteira, sendo levada a considerar mais lógico e coerente pagar ali os seus impostos. É assim difícil de digerir esta contradição entre a vontade do retorno de Olivença e, por outro lado, a entrega informal de Elvas e sua região a Espanha (Badajoz).Para ler mais clique aquiEmbora todos estejamos integrados na EU, na verdade, nem todos estão verdadeiramente integrados na modernidade e na excelência dos serviços, devido a diferenças de eficácia e competência dos governantes, ao longo das últimas décadas.Estava a magicar nestas reflexões quando deparei com as notícias referentes ao interesse da nossa juventude em aprender espanhol e em ir estudar para Salamanca e a Estremadura. O Diário de Notícias refere este fenómeno, e vai ao ponto de dizer que o ensino de espanhol triplica.Segundo estas notícias, a procura do castelhano disparou nas escolas públicas do Alentejo e já atinge números considerados "surpreendentes" pelos próprios professores. No total, existem 2477 alunos a estudarem espanhol, repartidos por 280 turmas, quando em 2004 não iam além dos 786 estudantes e 48 turmas, segundo dados revelados pela Direcção Regional de Educação. Ou seja, o ensino de espanhol triplicou em dois anos.O distrito de Portalegre lidera este ranking regional, funcionando 124 turmas frequentadas por 1191 alunos, contra os 867 do ano passado, sendo curioso que nas escolas do distrito de Beja é onde se regista o maior aumento. As 217 matrículas de 2005/2006 subiram para as 657 no corrente ano lectivo, estando a funcionar 43 turmas. Évora acompanha a tendência, tendo 629 alunos de castelhano, quando há um ano tinha 427.Os antepassados devem a estar a dar voltas no túmulo. A linha que separa os dois países já foi tão forte que um dos mais famosos combatentes da independência nacional, Nuno Álvares Pereira, orgulhava-se de andar por aquelas bandas com o título de "fronteiro--mor". E, do outro lado, uma das regiões que confinam com o nosso Alentejo tem por nome Extremadura, que quer dizer isso mesmo, fronteira, coisa que afasta, não junta. Também Deuladeu Martins. João Pinto Ribeiro e os conjurados de 1640, João I e Nuno Álvares Pereira, Salazar e o eu ponderado distanciamento da Guerra Civil de Espanha como é historiado por Iva Delgado filha do general sem medo, são factos históricos atirados para o esquecimento, perante estas alterações de sentimentos e comportamentos. Hoje não é necessária Aljubarrota ou Atoleiros, pois os objectivos têm estado a ser conquistados sem violência e com o desinteresse de muitos. Que dizer do nosso ministro que se confessa iberista? E do ministro da Saúde que manda as alentejanas parir em Badajoz?A sociedade está totalmente alterada e não são poucos os garotos de 12 e 13 anos que disseram ao DN que planificam os seus estudos tendo em conta que há Lisboa e Coimbra, mas também as universidades da Extremadura e de Salamanca. E, aliás, acham que estas lhes irão dar mais jeito.


Pessoalmente, nada tenho contra ou a favor de cada uma destas localidades. Mas, como cidadão, procuro compreender as posições antagónicas que chegam ao meu conhecimento. O grupo do Amigos de Olivença, movido por um patriotismo tradicional e respeito pela História, está interessado na sua reintegração no território português, mesmo que essa solução possa não agradar aos respectivos habitantes.Pelo lado oposto, quanto à região de Elvas, existem pessoas que consideram grande insensatez terem de pagar impostos a Portugal e serem apoiados por Badajoz quanto a maternidades e outros serviços de saúde, aquisição de combustíveis e outros produto de consumo e de equipamento, no mercado local. Se beneficiam de tais apoios em Espanha, fica gravemente afectado o sentimento de nacionalidade desta população raiana, principalmente quando os seu filhos e netos nascem além fronteira, sendo levada a considerar mais lógico e coerente pagar ali os seus impostos. É assim difícil de digerir esta contradição entre a vontade do retorno de Olivença e, por outro lado, a entrega informal de Elvas e sua região a Espanha (Badajoz).Para ler mais clique aquiEmbora todos estejamos integrados na EU, na verdade, nem todos estão verdadeiramente integrados na modernidade e na excelência dos serviços, devido a diferenças de eficácia e competência dos governantes, ao longo das últimas décadas.Estava a magicar nestas reflexões quando deparei com as notícias referentes ao interesse da nossa juventude em aprender espanhol e em ir estudar para Salamanca e a Estremadura. O Diário de Notícias refere este fenómeno, e vai ao ponto de dizer que o ensino de espanhol triplica.Segundo estas notícias, a procura do castelhano disparou nas escolas públicas do Alentejo e já atinge números considerados "surpreendentes" pelos próprios professores. No total, existem 2477 alunos a estudarem espanhol, repartidos por 280 turmas, quando em 2004 não iam além dos 786 estudantes e 48 turmas, segundo dados revelados pela Direcção Regional de Educação. Ou seja, o ensino de espanhol triplicou em dois anos.O distrito de Portalegre lidera este ranking regional, funcionando 124 turmas frequentadas por 1191 alunos, contra os 867 do ano passado, sendo curioso que nas escolas do distrito de Beja é onde se regista o maior aumento. As 217 matrículas de 2005/2006 subiram para as 657 no corrente ano lectivo, estando a funcionar 43 turmas. Évora acompanha a tendência, tendo 629 alunos de castelhano, quando há um ano tinha 427.Os antepassados devem a estar a dar voltas no túmulo. A linha que separa os dois países já foi tão forte que um dos mais famosos combatentes da independência nacional, Nuno Álvares Pereira, orgulhava-se de andar por aquelas bandas com o título de "fronteiro--mor". E, do outro lado, uma das regiões que confinam com o nosso Alentejo tem por nome Extremadura, que quer dizer isso mesmo, fronteira, coisa que afasta, não junta. Também Deuladeu Martins. João Pinto Ribeiro e os conjurados de 1640, João I e Nuno Álvares Pereira, Salazar e o eu ponderado distanciamento da Guerra Civil de Espanha como é historiado por Iva Delgado filha do general sem medo, são factos históricos atirados para o esquecimento, perante estas alterações de sentimentos e comportamentos. Hoje não é necessária Aljubarrota ou Atoleiros, pois os objectivos têm estado a ser conquistados sem violência e com o desinteresse de muitos. Que dizer do nosso ministro que se confessa iberista? E do ministro da Saúde que manda as alentejanas parir em Badajoz?A sociedade está totalmente alterada e não são poucos os garotos de 12 e 13 anos que disseram ao DN que planificam os seus estudos tendo em conta que há Lisboa e Coimbra, mas também as universidades da Extremadura e de Salamanca. E, aliás, acham que estas lhes irão dar mais jeito.

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